— Tenho certeza que já o conheces— Unirian pegou nas mãos de Dante o puxando para longe delas. — Onde vai, ainda agora acabamos de nos ver, podemos tomar um café antes — falou sua tia. — O que a senhora quer pedir para tirar seu irmão precioso da cadeia? Não cabe a mim fazer isso— falou ela, já irritada. — Calma, só queremos conversar, não precisa ficar na defensiva, sabemos que sua mãe morreu, e sentimos muito, afinal somos família— falou a Natália. Dante olhou para as duas, sabia que não tinham nada de bom, mas apenas preferiu observar e calar. Os quatro foram para um restaurante, mas não sentaram na mesma mesa, as três estavam juntas, mas Dante foi para a mesa ao lado, Unirian não tinha vontade nenhuma de estar aí, mas se viu obrigada pela sua educação e consideração que ainda lhe restava. Mesmo que ainda não tivesse tão visível era óbvio a mudança, Natália conhecia aquelas mudanças. — Você está diferente— falou ela, querendo puxar assuntos que não lhe cabiam. — Fala
Em seu apartamento, Liza começou a destruir tudo, sua raiva era inconsolável, descobrir que não passou de um fantoche nas mãos de Dante era humilhante demais. E Com Magda não foi diferente, então ela resolveu procurar por Liza, que com o apartamento todo revirado, atendeu a porta, Magda parada, olhou o estado do local e mesmo assim passou por ela. Ela nunca tinha entendido porquê Dante tinha ficado com uma mulher tão baixa como Liza, que comparada da com ela, era ninguém. — Vai embora — falou ela raivosa. — Não sem antes me ouviu, aposto que estás assim porque descobriu que também foi um fantoche nas mãos dele— Magda se sentou no sofá e cruzou as pernas. Com seu clássico grau de superioridade. — Não quero saber o que tem a dizer, a vida de Dante não me interessa mais, e não quero voltar a falar dele. — Eu entendo o que sentes, já passei por isso. Liza ficou em silêncio, só queria que ela saísse da sua casa. — Queres se vingar daquele idiota? Liza fingiu não en
No dia do evento, Dante saiu para resolver algumas coisas da empresa já que estava muito ausente. Um carro veio pegar Unirian que tinha acabado de acordar e ainda estava de pijama. — O carro está pronto senhora Marchesi— falou a empregada. — Pronto para quê? — A senhora vai passar o dia todo em um Spa, o senhor Marchesi já preparou tudo. — Vou me preparar lá? — Sim senhora! — E o Dante? — O senhor Marchesi vai encontrar a senhora no evento. Ela suspirou, achou uma volta danada. — Os ricos são sempre assim— perguntou ela para a empregada. Que achou sua patroa engraçada. — Sim senhora — respondeu sorrindo da rabugice dela. Unirian se trocou, colocou um vestido mais a vontade e um tênis branco, prendeu o cabelo com um prendedor dourado que era de sua mãe. Ao chegar no local, ficou surpresa com a grandeza, era um hotel chique, que nem ela sabia que existia. “Talvez fosse apenas para ricos”pensou. Um grupo de empregados veio ter com elas, os seus seguranças estavam
O vestido preto, de corte dramático, abraçava suas curvas com a ousadia elegante de quem conhece o próprio poder. A fenda vertiginosa revelava uma perna longa e esculpida, que deslizava degrau por degrau como se o chão tivesse sido feito para se curvar à sua presença. O corset estruturado, adornado com rendas e detalhes finos, realçava o busto com firmeza e luxo — e deixava em destaque a discreta e promissora curva da barriga, seu segredo mais precioso. Mas nada chamava mais atenção do que ela mesma. O cabelo loiro caía em ondas clássicas, moldadas com perfeição, como ouro polido banhado em luz suave. Cada passo fazia suas madeixas se moverem com um brilho sutil, como se o mundo tivesse dado pause só para admirá-la. Mas que, ainda assim, ele desejava com uma fome que beirava o sagrado. Quando ela chegou ao último degrau, o olhar dele queimava. Paixão. Obsessão. Um desejo silencioso de se ajoelhar ou de arrastá-la para seus braços e esquecer o mundo. Ela parou à frente dele. Sem
O som agradável dos instrumentos foi interrompido, após o líquido perigoso caiu ao chão, revelando uma leve fumaça, Os homens de Dante ficaram em alerta, e a volta deles. Unirian estava assusta. Não sabia o que era mais o seu coração estava acelerado. E ele sentiu. O momento mágico dela foi interrompido com o que quer que fosse aquilo, e Dante estava possesso. Seus olhos foram direcionados para o ministro que conversava com outros convidados quando tudo isso aconteceu, o homem olhou para Dante que por reflexo estava em uma posição protegida por cima de Unirian. — Tragam quem fez isso até mim — falou ele raivoso. Em seus olhos saiam Fogo, sua respiração em vez de ar, era fumaça. Dante tirou o seu paletó e colocou sobre Unirian, ela não viu o que era, e nem ele deixou ver para ela não ficar assustada. — Olha para mim— seus olhar estava tranquilo sobre ela. — O que foi aquilo — ao contrário dela que estava assustada. — Não foi nada, era apenas uma partida boba. —
Petrov torceu o pescoço e começou a limpar toda a bagunça que ele tinha feito. Eles eram tão profissional que fizeram tudo nem menos de 10 minutos. Ninguém se mexia ou respirava alto demais, o medo corria pelas veias. A descoberta de hoje a noite foi há do século, haveriam rumores, mas nada mais que isso. Faria parte das lendas de Dante Marchesi, que nunca tinham provas. Seria como se mais de 100 pessoas tivessem sonhado a mesma coisa. Depois de tudo pronto. Ricci disse em voz alta. — Podem continuar a festa, pois de certeza que vocês nada viram— falou ele de forma alegre, levantando os braços como se tivesse em uma festa animada. Todos estavam atordoados, ninguém mais tinha motivo algum para festejar coisa alguma. Todo mundo murmurava alguma cosia. Mas para eles era sem importância. Magda foi levada ao hospital, de forma a que ninguém visse. Os ferimentos eram graves e ela precisaria ficar ligada aos tubos de oxigênio. No quarto presidencial do hotel, D
Dormir ao lado dela foi um esforço imenso, acordar e não fazê-la dele era tortura, ela não fazia a noção do poder que tinha sobre ela. Ele já não estava em seu estado lúcido, seu autocontrole dava erro perto dela. Logo de manhã cedo, isso era um teste dos deuses. Ela quer, deseja profundamente, mas há um muro interno — medo, insegurança, o peso da gravidez, e o simbolismo de ainda ser virgem. Ao mesmo tempo, ele a quer de um jeito quase primitivo, mas a ama num nível tão devastador que não ousa tocá-la sem certeza. — Me tira a virgindade — ela disse, com a voz firme demais para o que tremia por dentro. Dante paralisou. A expressão dele era um misto de choque e desejo cru. Ele piscou devagar, como se tentasse entender se aquilo era real… ou se ela estava brincando com o pouco de sanidade que ainda restava nele. — O que disse? — a voz dele saiu mais grave, mais rouca. Quase um aviso. — Faz amor comigo. As palavras pairaram no ar como uma sentença irreversível. Ela estava a 14 s
Entre um equilíbrio perfeito entre delicadeza e tensão bruta, entre o controle quase impossível de um homem profundamente apaixonado e a entrega de uma mulher que nunca foi tocada, mas carrega o corpo em transformação e o coração em chamas. O beijo foi profundo, lento, repleto de promessas não ditas. Mas ela queria mais. E ele... não sabia mais como fingir que não sentia. — Me deixa sentir... só um pouco — ela murmurou contra os lábios dele. Aquela súplica sussurrada o atingiu como um soco no peito. Ela não estava pedindo por um ato completo — não ainda. Ela queria ser tocada. Sentida. Desejada. E Dante já estava ali, queimando por dentro. As mãos dele desceram, com calma quase insana, até a curva dos quadris dela. Cada toque era um sismo. Cada suspiro que ela soltava, uma corrente elétrica no corpo dele. — Me avisa se eu passar do limite — ele murmurou, a voz mais grave do que ela já ouvira. Ela assentiu, os olhos verdes brilhando. O peito arfava sob o vestido leve q