Jack já estava sabendo de tudo o que aconteceu na festa, não foi convidado mais tinha informação, por amigos, ou informantes. no porão úmido e sujo onde Jacira estava, faziam semanas, Jack abusava dela vezes sem conta, e como se não bastasse a agredia. Tudo o que ela mais queria era que Dante e Jack morressem. Não suportava mais que essas duas pessoas que tanto mal lhe fizeram continuassem vivas. — Eu vi aquela pianista, nossa ela é linda— falou ele para Jacira, que estava cheia de machucados e borrões. — E depois, eu não quero saber dela, não tem nada de especial.— Não me parece, ontem num evento— Jack contava de forma desajeitada, sentando na cadeira com os pés na mesa, comendo uma maçã— ele decapitou a Liza a frente de mais de 100 pessoas, e queimou a filha do primeiro ministro em ácido— Jack gargalhou, parecendo engraçado para ele.— O que isso tem a ver comigo? — Jacira não não tinha nada a perder. — Se Dante finalmente mostrou ao mundo quem ele realmente é, essa mulher dev
Dante estava na sala com Unirian, a casa estava silenciosa, os dois estavam no sofá e ele ao seu lado passando a mão na sua barriga, Dante inclinou-se para falar com seu filho. — Pequeno V, a sua chegada vai ser o meu maior troféu, confesso que me pegou um pouco de surpresa. Mas ainda assim estou muito feliz. — Pequeno V? V de Victor? Ou Vilão— falou ela brincando. Dante sorriu, ela fez a mesma coisa de quando os dois se conheceram. “Acertou outra vez” pensou ele. — Vais descobrir em breve. — Meu amor, não seja como o seu pai, por favor, não ande por aí sequestrando garotas de 22 grávidas por inseminação artificial que a ex-namorada planejou. “Se realmente soubesses, que não foi nesse momento que entrou na minha vida, será que me entenderias” pensou. — Olha, quando o amor chegar, você vai saber, os Marchesi têm um sangue forte, e sei que contigo não será diferente. Mesmo que sua mãe seja sagrada— Dante falava com o seu filha na barriga de Unirian. — Sagrada? O que você
Ela ainda estava ali, encostada na parede fria do box, com a água escorrendo como se tentasse apagar o fogo entre eles — em vão. Dante não suportava mais apenas olhar. O calor que o queimava por dentro... era insuportável. Sem dizer uma palavra, ele moveu a maçaneta do box e entrou. A água começou a escorrer sobre seu corpo também, fazendo o tecido da calça colar na pele. Ele não ligou. Tudo o que via era ELA. Ela o encarou, com os olhos arregalados e o coração disparado. Ele estava tão perto agora. Podia sentir a respiração dele se misturar com a dela. O vapor preenchia o ar, envolvendo os dois em uma bolha de calor, desejo e perigo. — Dante... — ela sussurrou, a voz embargada, mas sem afastá-lo. As mãos dele se ergueram devagar... até os dedos tocarem a curva de seu rosto, passando pela mandíbula, pelo pescoço molhado. Desceram por seus ombros, traçando a linha dos braços até os pulsos. Ela estremeceu inteira. E então ele a encostou na parede com o próprio corpo. O peito co
Unirian surgiu no topo da escadaria da mansão exatamente quando Dante terminava de ajustar os punhos da camisa. O tempo parou por dois segundos. O vestido preto longo deslizava sobre suas curvas, deixando a barriga suavemente delineada. A parte das costas praticamente nua, as alças finas, o decote generoso… tudo nela dizia: “eu estou consciente de quem sou.” E Dante… bem, ele era um homem tentando se manter civilizado num mundo onde ela era a única coisa capaz de quebrá-lo por dentro. Ele estreitou os olhos e se aproximou lentamente, o olhar descendo por cada centímetro dela. — Você vai assim pra empresa comigo? Ela ergueu uma sobrancelha, com um sorrisinho provocante. — Por quê? Tem algo errado? — Errado? — Ele se aproximou o suficiente para que o perfume dela o atingisse. “Você quer que eu mate um sócio só porque ele olhou demais?”pensou. — Você está… Ela sorriu, deslizando os dedos pela gravata dele, arrumando-a com doçura. — Você que me convidou, Dante. Eu só aceitei
Dante mal tocava na comida. A mão repousava sobre a mesa, os dedos às vezes encontrando os dela de forma instintiva. Ele não precisava mostrar autoridade ali, ele era a autoridade. Durante uma proposta mais agressiva de expansão internacional, um dos sócios sugeriu um “acordo menos ortodoxo” com uma das concorrentes russas. Foi nesse momento que Unirian, serena, olhou para o homem: — Quer propor um acordo com quem tentou sequestrar a equipe de segurança da sede de Berlim mês passado? O silêncio foi absoluto. O sócio engoliu em seco. — Eu… não sabia que a senhora… — Não sou sua senhora. Mas sou mais bem informada do que parece. Dante sorriu. Lento. Letal. — Ela não está aqui só para comer, senhores. Ela está aqui para ouvir… e lembrar. E se for preciso, decidir. Depois disso, ninguém ousou questioná-la novamente. E quando o almoço terminou, todos apertaram a mão de Dante com respeito… mas olharam Unirian com temor. Não pelo que ela dissera — mas pelo que ela representava.
A casa estava silenciosa naquela noite. Unirian descansava sozinha na sala de estar, enrolada em uma manta fina, os pés descalços apoiados no tapete macio, uma das mãos pousada instintivamente sobre a barriga. Pequeno V chutava suavemente, como se respondesse à tranquilidade do ambiente. Ela sorriu. Pegou o celular para ver mensagens, nada de especial. Algumas notificações de compras, uma ou duas mensagens sem importância. Mas então... algo diferente. Um número desconhecido. Sem foto de perfil. Sem nome. Apenas uma única mensagem: “Você sabe quem ele é?” Unirian franziu o cenho. Sentiu um arrepio subir pela nuca. Com hesitação, clicou. A mensagem se expandiu, revelando um arquivo de vídeo. Por um segundo, pensou em apagar. Mas seu dedo hesitou. Algo na frase cutucou uma parte esquecida do seu instinto — algo errado, muito errado. Ela clicou. O vídeo começou sem som. Câmeras de segurança, ou talvez uma gravação feita de forma clandestina. A imagem tremia levemente, o foco
A ligação chegou às 21h12. Uma voz grave, distorcida. Fria. — Marchesi, você perdeu algo. Silêncio. — Ela está aqui. Comigo. E ainda… intocada. Por enquanto. Dante não respondeu. Não gritou. Não respirou. A única coisa que se ouviu foi o estalo do copo quebrando em sua mão. *Horas antes.* Unirian tentava desesperadamente se soltar das amarras apertadas no banco traseiro de uma van. O ar era abafado, cheirava a couro velho e gasolina. As luzes do interior piscavam. Jack Morales estava no banco da frente, rindo ao telefone, como se tudo fosse um jogo. — Você devia se orgulhar — ele disse, olhando-a pelo retrovisor. — Vai fazer história. A virgem do diabo... nas mãos do inimigo. Ela estava com as pernas amarradas, o vestido rasgado no ombro. Lutou com tudo que pôde. Arranhou. Bateu. Gritou. Mas ninguém ouviu. Ninguém chegou. A cada curva da estrada, ela sentia o medo crescer. Não por ela. Mas por aquele bebê. O filho de Dante. O pequeno V. Em algum lugar da cid
A sala estava cheia de vozes. Monitores piscavam, mapas cobriam as paredes, e os homens de Dante falavam todos ao mesmo tempo. Mas ele não ouvia nada. Estava ali, parado no meio do caos, o olhar fixo na porta, o coração batendo como um tambor desgovernado. Então... — Senhor Marchesi! Dante virou com os olhos de um animal prestes a matar. O assistente respirava com dificuldade, segurando o celular com mãos trêmulas. — Acharam ela. Num galpão velho, nas docas. Jack a moveu várias vezes… mas agora sabemos exatamente onde. E ela ainda está viva. Dante sentiu as pernas fraquejarem por um segundo. O mundo ao redor pareceu silenciar. Ele olhou para o celular como se aquilo fosse a própria salvação. Estava tremendo. Mas não disse nada. Apenas girou nos calcanhares, pegou a arma da gaveta e a chave do carro. Antes de sair, murmurou: — Preparem o helicóptero. Eu não vou perder mais um segundo. Quando chegaram ao galpão, era noite. O vento assobiava forte, e a estrutura enferrujada rang