Unirian se limpava quando Dante ainda olhava para ela, aquilo o deixou com um fogo, que só ela podia apagar. “Teus lábios molhados estão chamando por mim, eu consigo sentir, na tua boca eu encontro todo um memorando, teu corpo pra mim é um pedaço de mal caminho, adoraria lê-lo como um livro que escrevi, eu amo teu corpo de frente ou de trás pra mim tanto faz, eu quero esse corpo junto ao meu, com estrias ou quaisquer sinais tu és gostosa demais” pensou. Enquanto via secar o cabelo com a toalha. Ricci e Petrov tiveram que fazer uma viagem para Rússia, avisaram a Dante que tinham algumas coisas para resolver por lá. Mas esse não foi o motivo da viagem, os dois queriam entender o que estava acontecendo com seu Chefe. — Vocês não estavam sabendo disso? — pergunta Sokolov. Ricci e Petrov estavam em sua casa. — Desde quando ele está com essa obsessão por ela? — perguntou Petrov. Ricci apenas ouvia a conversa dos dois, surpreso com que acabará de ouvir. — A cicatriz—
Unirian já estava com 12 semana de gravidez, suas barriga já começou a ficar visível em vestido apertados. Naquela manhã, Dante acordou primeiro que ela, Unirian desceu das escadas ainda de pijama. — Bom dia— falou ele. Vendo ela descer animada. — Bom dia, está me cheirando bolinhos de canela, onde estão? — perguntou, varrendo a mesa com os olhos. A empregada surgiu com um prato cheio deles, que Dante preparou especialmente para ela. — Nossa! O cheiro está maravilhoso, o sabor deve estar ainda mais delicioso— falou animada. — E estão. Prova— falou ele. Desde que eles começaram com as aulas de yoga ficaram mais próximos, e as vezes Dante ia para o hospital ter aulas de preparação para paternidade, onde Dante trocava fraldas e dava biberões em bonecos. Unirian achava aquilo engraçado, principalmente por que ele não tinha jeito nenhum, mas inesperadamente sabia cozinhar muito bem. Nas últimas duas semanas, eles se aproximaram bastante tanto que Unirian e ele fazi
Ela olhou para ele, que parecia se divertir vendo o poder da reação dela ao seu toque. “Não me olhe assim. Eu não sou boa pra você.” Pensou ela. Eles entraram no elevador sem dizer uma palavra um para o outro. Atrás dela, ele sentia o cheiro do seu cabelo. Olhava ela de cima admirando. Dante sempre foi silencioso. Nunca fazia barulho não importava qual era o seu alvo. Mas quando se tratava dela, o seu interior inteiro, ficava turbulento. Quando chegaram no último andar do shopping, Unirian olhou para ele. — Não precisa andar comigo, eu vou sozinha— disse ela. — Você não vai andar sozinha por aí, tem muitos malucos a solta— Dante não se referia a pessoas normais, mas não queria assustar ela. — Eu estou bem, vivo aqui desde que nasci, tenho certeza que consigo lidar com malucos— disse ela sorrindo. Dante estava cético em realizar o seu pedido. — Você vai chamar muita atenção, és um homem bastante influente, não quero dar nas vistas, percebes? — Sim mas… — Mas nada, v
— Tenho certeza que já o conheces— Unirian pegou nas mãos de Dante o puxando para longe delas. — Onde vai, ainda agora acabamos de nos ver, podemos tomar um café antes — falou sua tia. — O que a senhora quer pedir para tirar seu irmão precioso da cadeia? Não cabe a mim fazer isso— falou ela, já irritada. — Calma, só queremos conversar, não precisa ficar na defensiva, sabemos que sua mãe morreu, e sentimos muito, afinal somos família— falou a Natália. Dante olhou para as duas, sabia que não tinham nada de bom, mas apenas preferiu observar e calar. Os quatro foram para um restaurante, mas não sentaram na mesma mesa, as três estavam juntas, mas Dante foi para a mesa ao lado, Unirian não tinha vontade nenhuma de estar aí, mas se viu obrigada pela sua educação e consideração que ainda lhe restava. Mesmo que ainda não tivesse tão visível era óbvio a mudança, Natália conhecia aquelas mudanças. — Você está diferente— falou ela, querendo puxar assuntos que não lhe cabiam. — Fala
Em seu apartamento, Liza começou a destruir tudo, sua raiva era inconsolável, descobrir que não passou de um fantoche nas mãos de Dante era humilhante demais. E Com Magda não foi diferente, então ela resolveu procurar por Liza, que com o apartamento todo revirado, atendeu a porta, Magda parada, olhou o estado do local e mesmo assim passou por ela. Ela nunca tinha entendido porquê Dante tinha ficado com uma mulher tão baixa como Liza, que comparada da com ela, era ninguém. — Vai embora — falou ela raivosa. — Não sem antes me ouviu, aposto que estás assim porque descobriu que também foi um fantoche nas mãos dele— Magda se sentou no sofá e cruzou as pernas. Com seu clássico grau de superioridade. — Não quero saber o que tem a dizer, a vida de Dante não me interessa mais, e não quero voltar a falar dele. — Eu entendo o que sentes, já passei por isso. Liza ficou em silêncio, só queria que ela saísse da sua casa. — Queres se vingar daquele idiota? Liza fingiu não en
No dia do evento, Dante saiu para resolver algumas coisas da empresa já que estava muito ausente. Um carro veio pegar Unirian que tinha acabado de acordar e ainda estava de pijama. — O carro está pronto senhora Marchesi— falou a empregada. — Pronto para quê? — A senhora vai passar o dia todo em um Spa, o senhor Marchesi já preparou tudo. — Vou me preparar lá? — Sim senhora! — E o Dante? — O senhor Marchesi vai encontrar a senhora no evento. Ela suspirou, achou uma volta danada. — Os ricos são sempre assim— perguntou ela para a empregada. Que achou sua patroa engraçada. — Sim senhora — respondeu sorrindo da rabugice dela. Unirian se trocou, colocou um vestido mais a vontade e um tênis branco, prendeu o cabelo com um prendedor dourado que era de sua mãe. Ao chegar no local, ficou surpresa com a grandeza, era um hotel chique, que nem ela sabia que existia. “Talvez fosse apenas para ricos”pensou. Um grupo de empregados veio ter com elas, os seus seguranças estavam
O vestido preto, de corte dramático, abraçava suas curvas com a ousadia elegante de quem conhece o próprio poder. A fenda vertiginosa revelava uma perna longa e esculpida, que deslizava degrau por degrau como se o chão tivesse sido feito para se curvar à sua presença. O corset estruturado, adornado com rendas e detalhes finos, realçava o busto com firmeza e luxo — e deixava em destaque a discreta e promissora curva da barriga, seu segredo mais precioso. Mas nada chamava mais atenção do que ela mesma. O cabelo loiro caía em ondas clássicas, moldadas com perfeição, como ouro polido banhado em luz suave. Cada passo fazia suas madeixas se moverem com um brilho sutil, como se o mundo tivesse dado pause só para admirá-la. Mas que, ainda assim, ele desejava com uma fome que beirava o sagrado. Quando ela chegou ao último degrau, o olhar dele queimava. Paixão. Obsessão. Um desejo silencioso de se ajoelhar ou de arrastá-la para seus braços e esquecer o mundo. Ela parou à frente dele. Sem
O som agradável dos instrumentos foi interrompido, após o líquido perigoso caiu ao chão, revelando uma leve fumaça, Os homens de Dante ficaram em alerta, e a volta deles. Unirian estava assusta. Não sabia o que era mais o seu coração estava acelerado. E ele sentiu. O momento mágico dela foi interrompido com o que quer que fosse aquilo, e Dante estava possesso. Seus olhos foram direcionados para o ministro que conversava com outros convidados quando tudo isso aconteceu, o homem olhou para Dante que por reflexo estava em uma posição protegida por cima de Unirian. — Tragam quem fez isso até mim — falou ele raivoso. Em seus olhos saiam Fogo, sua respiração em vez de ar, era fumaça. Dante tirou o seu paletó e colocou sobre Unirian, ela não viu o que era, e nem ele deixou ver para ela não ficar assustada. — Olha para mim— seus olhar estava tranquilo sobre ela. — O que foi aquilo — ao contrário dela que estava assustada. — Não foi nada, era apenas uma partida boba. —