Caos Silencioso

Narrado por Dante

Eu não a puni e deixei passar. Meus soldados me lançaram olhares confusos, mas eu não dei explicações. A verdade era que, se algum deles tivesse feito algo a ela—tocado-a, insultado-a—eu mesmo teria lidado com ele. E teria sido dez vezes pior.

Saí dali com a cabeça fervendo. Tudo em mim gritava para ir até ela, mas eu lutava contra o impulso. Mallory era como um ímã, e quanto mais eu tentava manter distância, mais forte era a atração. Ela me desafiava, me provocava, me desarmava de maneiras que nenhuma outra pessoa jamais havia feito.

Sem perceber, meus pés me levaram até ela. Quando entrei na sala, encontrei minha mãe sentada em uma poltrona, a postura rígida e o olhar fixo em Mallory, que estava no sofá, olhando pela janela.

Minha mãe observava Mallory com a intensidade de quem tentava decifrar um enigma impossível. Havia um misto de curiosidade e cautela em seu olhar, como se Mallory fosse uma fera indomável que ela precisasse entender antes de decidir como lidar
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