—Ann! —A voz de Harvey penetrou no ar frio do rio, trazendo consigo um alívio que suavizou sua determinação.Ela olhou para cima e o viu ali, firme como um carvalho, com aquele sorriso que desarmava todas as suas defesas.—Harvey... —ela chamou, seu nome saindo em um sussurro enquanto ele diminuía a distância entre eles.Os braços dele se estenderam, removendo o fardo pesado de seus ombros e, antes que ela pudesse protestar, ele a levantou no ar. Anna se agarrou a ele, rindo com o coração leve, sem peso, literal e metaforicamente.—Senti muito sua falta.Suas palavras eram uma carícia quente em seu ouvido.—E eu você —ela se agarrou ao pescoço dele, sentindo o mundo desaparecer naquele abraço.Mas então, Harvey ficou tenso, vendo o leve rubor em sua bochecha, sua expressão mudou de alegria para preocupação.—O que aconteceu com você aqui? —Os dedos dele traçaram gentilmente o contorno da marca na bochecha dela.—Não é nada, não se preocupe. —Ela desviou o olhar, incapaz de segurar o d
—Harvey —sussurrou, seus lábios encontrando os de Ann com uma urgência que obliterou o mundo ao seu redor.Foi a sensação mais extraordinária que ele já havia experimentado em sua vida.Ela se rendeu àquele beijo, e todos os pensamentos racionais se dissolveram na paixão que ele despertava nela.—Harvey... Faça com que eu seja sua —murmurou Anna entre beijos, seu corpo pulsando com uma necessidade insaciável, algo que nunca havia sentido antes e que a fazia sentir como se estivesse no próprio céu.—Tem certeza? —A voz de Harvey era rouca, tingida de um desejo igualmente poderoso.—Sim —murmurou ela sem hesitação, como se fosse sua confirmação, a chave para sua contenção.Ele a levantou em seus braços como se fosse leve como o ar e caminhou com ela, depositando-a cuidadosamente na margem macia do rio, onde o murmúrio da água se misturava com os batimentos cardíacos acelerados e os gemidos que saíam da boca de Anna.Harvey começou uma lenta peregrinação com os lábios, desde as delicadas
—Onde diabos você estava? Onde está aquele homem com quem você estava se divertindo? —reprendeu a líder dos ômegas ao vê-la.A voz da mulher era como um chicote, cortante e cruel; Anna ainda estava se vestindo quando chegou ao lado dela.—Eu... eu não sei do que você está falando —gaguejou Anna. Seu coração batia forte na garganta enquanto tentava apressadamente abotonar a blusa.Mas Alaina não acreditava nela, muito menos ouvia qualquer justificativa. As veias de seu pescoço se contraíam a cada palavra cuspida na direção da jovem.—Mentirosa! Sua vadia! —gritou.Anna sentiu o peso das acusações como pedras.—Eu não sou uma vadia, você está errada, eu... —intentó justificarse, pero la mujer emitió un gruñido y, de repente, le dio una fuerte bofetada en la cara.—Você vai pagar por isso, não vai se sair bem —disse Alaina, ameaçadora, prometendo a Anna um futuro cheio de infortúnios.Enquanto falavam, la mujer fez un gesto y dos hombres aparecieron. Eles faziam parte dos três que haviam
Harvey deixou para trás o lugar onde havia deixado Ann, com um profundo pesar no coração. Ele queria ter ficado com ela, confrontado seus agressores e protegido-a do mal.Não pôde deixar de evocar a imagem da bochecha dela avermelhada pelo golpe que havia recebido, embora ela tivesse negado. Ele não era tolo para não notar, e o incomodava o fato de que ela estivesse passando por essa injustiça.No entanto, achou melhor falar com sua mãe, pois ela precisava ajudá-lo a tirar sua parceira e futura Luna de lá.Quando alcançou seus amigos, seus rostos refletiam uma mistura de diversão e curiosidade com seu retorno repentino.—Harvey, onde está sua donzela? —brincou Ian ao vê-lo chegar sozinho.—Você praticamente nos trocou por ela e nem sequer a apresentou —protestou Leonardo, com um sorriso malicioso no rosto.—Ela ficou em sua mochila —murmurou Harvey, esquivando-se dos olhares curiosos. O peso da separação esmagava seu peito.—O que ela significa para você? Já a deixou? Ou ela é apenas
Harvey exalou pesadamente, observando a expectativa nos olhos das pessoas ao seu redor, aguardando suas palavras. Ele revirou os olhos enquanto respondia:—Acho que o fato de ser filho de reis faz de mim um príncipe —disse ele com uma mistura de sarcasmo e resignação.A garota à sua frente deu um sorriso divertido, como se fossem velhos amigos, e agarrou-se ao braço dele com familiaridade. Harvey franziu a testa, tentando se soltar sutilmente, mas ela apenas o segurou com mais força.—Vou levá-lo para consertar os pneus —declarou ela com determinação, como alguém que não aceita um "não" como resposta.—Não é realmente necessário... —Harvey começou, mas antes que pudesse terminar a frase, ela já havia saído do caminho com um movimento ágil e decisivo.—Bem, como posso ajudá-lo? Se é porque está desconfiado de minha identidade, vou me apresentar. Meu nome é Rania, sou filha do Alfa da matilha Moon Shadow.Harvey parou em seu caminho, virou-se sutilmente para ela e, embora seu olhar exal
O palácio estava silencioso e majestoso, envolto em luto. As bandeiras estavam hasteadas a meio mastro, e uma procissão de figuras encapuzadas passou por seus portões, com as cabeças abaixadas em sinal de respeito.Brad seguiu o sombrio fluxo de alfas que chegavam de todos os lados, juntando-se à despedida do monarca caído.—Um verdadeiro líder —alguém murmurou quando ele passou. Brad assentiu, sentindo o peso da herança em seus ombros.—Brad —a voz de Raul, o alfa da matilha Moon Shadow, quebrou o murmúrio sepulcral.Eles se conheciam desde filhotes, com seus caminhos entrelaçados por jogos e desafios passados.—Raul —Brad deu um aperto de mão firme, a formalidade do momento impedindo qualquer efusividade.—Sinto muito —disse Raul, seu tom carregando anos de batalhas e sabedoria. —Seu avô era um pilar.—Obrigado —respondeu Brad. —Agora é minha vez, e espero estar à altura de seu legado. Tenho muito a ensinar ao meu filho.—Um bom garoto, a propósito —Raul assentiu com um sorriso comp
A floresta era um borrão de cores ao seu redor, enquanto Harvey, ou melhor, King, com seu pelo escuro e olhos brilhantes, corria livre do peso de sua humanidade. Suas patas batiam na terra úmida, o musgo e as folhas sob suas patas forneciam um tapete vivo para sua corrida frenética.A conexão com seu lobo, King, estava mais forte do que nunca. Desde que se lembrava, sempre sentiu a presença dele, como se fossem um só. Agora, em sua forma lupina, essa conexão era ainda mais palpável. King falava em sua mente, alertando-o sobre os perigos que o cercavam.—Não confie em Rania, Harvey. Ela não é o que parece. Seu verdadeiro companheiro precisa de nós. Precisamos voltar para aquela matilha o mais rápido possível —King sussurrou em sua mente, sua voz soando com autoridade.—Você sabe que eu a quero, porque não confio nela, tenho medo do que ela pode provocar —perguntou Harvey em sua mente, aguçando os sentidos que se expandiam além da floresta.—É por isso que devemos ficar atentos, pois os
Harvey olhou fixamente para Raul, mantendo a compostura apesar da pressão que sentia sobre os ombros. Ele sabia que precisava ser cuidadoso com suas palavras, mas também estava determinado a defender o destino que a deusa Luna havia traçado para ele e sua companheira.—A pessoa a quem me refiro chama-se Ann —disse Harvey, com voz firme e confiante—. Ela é uma ômega que trabalha nesta matilha. Ela não é filha de nenhum alfa, mas isso não importa nem muda o fato de que ela é minha companheira, futura lua e rainha dos lobos.Raul franziu a testa, parecendo confuso com a revelação de Harvey.—Não conheço nenhuma Ann aqui —respondeu ele, com o tom de voz carregado de ceticismo—. Não há nenhum ômega trabalhando na matilha com esse nome, sinto muito... a garota pode ter mentido para você e zombado de você.Harvey cerrou os punhos, sentindo a frustração crescer dentro dele. Como era possível que Raul não soubesse quem era Ann? Será que ele estava escondendo alguma coisa? Imediatamente, as lem