(Segundo Dia do Festival)Alyssa Alyssa observava as escoriações e arranhões no rosto e corpo de Saulo que estava num sono profundo. Sentia o coração apertado, por ter que deixá-lo sozinho no hotel. — Saulo?Ele abriu os olhos devagar, as pálpebras meio caídas.— Hum, por que me acordou? Eu estava sonhando com um anjo...Alyssa revirou os olhos. Mesmo após virar um saco de pancadas, o irmão não perdia o senso de humor invejável. — E esse anjo tem nome?Ele suspirou e sorriu de leve.— Uma pessoa do passado... Deixa pra lá. — Não faz isso! Fiquei curiosa agora...Nem deu tempo de ele responder. Ao se movimentar, começou a gemer.— Oh, Saulo! Ainda está com muita dor? Vou pegar o analgésico pra você. — Só daqui a uma hora, não se preocupe tanto!— Como não? Você vai ficar sozinho no hotel. Estou pensando em conseguir um cuidador para te ajudar, pelo menos por alguns dias. o que acha?— Nem pensar, irmãzinha! Vou ficar ótimo Esqueceu que a alguns anos quebrei perna e braço
A repórter que cobria o evento, a mesma que abordou Klaus no primeiro dia do evento, vinha acompanhada por sua equipe."Por que justo no momento que tentava evitar a publicidade indesejada, foi acontecer aquela situação constrangedora entre Klaus e Phil? Ódio!"Ficou imóvel. O jeito era enfrentar o problema de frente.— Senhorita Petrakis? Você poderia nos dizer o que aconteceu aqui?Alyssa, pousou um olhar gracial sobre a moça.— Sinto muito, mas não tenho interesse em dar nenhuma entrevista. —disse, tentando se afastar. — Estou muito ocupada, então, com licença.A repórter insistiu:— Mas senhorita, é uma história interessante. Esse clima de rivalidade entre seu ex- noivo e ex-marido ainda são resquícios do que sentem por você? — A repórter arriscou, com um sorriso malicioso. Alyssa sentiu a vista escurecer de raiva. O atrevimento por parte daquela abelhuda estava passando do limite. — Não é da sua conta! — A voz saiu ameaçadora e baixa, mas com o impacto que fez a mulher se
( Passado)AlyssaHoras depois, a porta se abriu, revelando Phil, com um sorriso confiante no rosto, que morreu, assim que observou o sala sem as flores. — Alyssa? Onde estão as flores que mandei pra você?Ela se levantou com a fisionomia fechada. — Conversaremos no caminho sobre isso. — Consultou o relógio. — Estou com fome. Ele voltou a sorrir.— Perfeito! Então... — Nesse instante ele parou de falar assim que pôs os olhos em Klaus. Alyssa percebeu sua tensão. — Quem é esse?Alyssa olhou para Klaus, que estava a ponto de explodir. Seus punhos estavam cerrados, a mandíbula tensa. Mas ele se manteve em silêncio, a máscara de profissionalismo em seu rosto, escondendo a fúria que o consumia. — É o meu assistente. O nome dele é Klaus Ferranti. Naquele momento, Phil fixou os olhos em Klaus numa evidente rivalidade. Apenas acenou de leve com a cabeça. — Certo. Então vamos!Ele a pegou pela cintura, mas Alyssa se desvencilhou do contato. — Vá na frente. Preciso passar umas in
Alyssa, coração acelerado, respirando fundo, deixou lágrimas fluírem de emoção. A surpresa inicial, foi logo substituída pela paixão que estava contida pelos momentos de tensão. Mas agora, nada mais os impediria. Trêmula com a intensidade nas palavras de Klaus, sussurrou: — Eu também te amo. Mais do que imagina. Ele exibiu um sorriso lindo de acelerar mais ainda seu coração apaixonado. — Oh, princesa... Você é tudo o que eu sempre quis.Ele a carregou em seus braços, distribuindo beijos curtos em seu rosto úmido pelas lágrimas. Sentou-a na mesa, encaixando-a entre suas pernas. Suspiraram ante o contato entre seus sexos sedentos de paixão. Um beijo explosivo, audacioso e que os consumia em prazer, tragava-os para um mar de delícias que só eles conseguiam explorar.As mãos inquietas deslizavam por cada curva, cada canto do corpo do outro, intensificando o fogo que ardia entre eles. O beijo terminou, não por falta de desejo, mas pela necessidade de ar. Ambos ofegantes,
(Primeiro dia de festival- Junho 2021.)Klaus Ferranti recebia os elogios dos visitantes gregos e turistas no seu stand de degustação, satisfeito. O seu famoso vinho branco de Assyrtiko era um sucesso!A movimentação das pessoas que circulavam na praça do Fórum era intensa. Elas apreciavam com curiosidade a exposição dos produtos do décimo Festival Sabor Mediterrâneo, evento anual que dessa vez acontecia em Fira, sua terra natal, capital de Santorini. As iguarias da tradição gastronômica e o sabor dos vinhos gregos eram as atrações principais.O evento de três dias, ampliava para ele um leque de oportunidades, como participação em workshops e indicações de duas premiações: Sustentabilidade e de melhor vinho. Estar ali era um sonho acalentado por muito tempo e seus ancestrais italianos ficariam orgulhosos por tal proeza. Mesmo colocado à prova em todas as etapas do seu projeto, finalmente o seu esforço foi reconhecido e podia colher os frutos do seu árduo trabalho. Lutou brav
KlausO pensamento na belíssima mulher de olhos cor de esmeralda e riso como o som das águas tranquilas voltou sem esforço. Envolto numa nostalgia dolorosa, engoliu em seco.— Seja mais clara, Hilda, antes que eu fique paranóico.Ela riu, achando graça e olhando para os lados, chamou-o para perto de si. Sussurrou:— Os Petrakis estão participando do festival, então por curiosidade fui checar os expositores inscritos e adivinha o que descobri?Os olhos de Klaus cintilaram de esperança. Hilda balançou a cabeça positivamente, decifrando a fisionomia surpresa do amigo.— Sim, sua amada Alyssa participará do evento com um dos irmãos... Saulo. E o melhor, sem o demônio do pai dela para atrapalhar o caminho.Ele endireitou o tronco devagar. A confirmação do milagre o deixou estarrecido. A notícia mais desejada, em meio ao sucesso. O coração batia num compasso tão acelerado, que gaguejou:— A-Alyssa? Sério?— Yup! — Hilda exclamou, ao movimentar o braço para baixo, como se tivesse puxando
Alyssa Petrakis, ao chegar perto da área do Festival Sabor Mediterrâneo, ouviu o celular tocar e ignorou. Um friozinho na barriga aumentou a ansiedade que a perseguia desde que Saiu de Paris e voltou para a Grécia há dois dias.Tudo, graças ao seu irmão que usou de golpe baixo para forçá-la a vir com ele. Estalou os lábios e balançou a cabeça, reprovando-se por ter sido tão idiota. Quem mandou entrar numa aposta com um expert em games? Sem alternativa, ajeitou os óculos de sol sobre o nariz e apoiando um dos braços para fora da janela do carro, aspirou o ar da manhã agradável de junho, na atmosfera vibrante do evento. Se bem lembrava, a praça do Fórum estava tomada por stands onde produtos gastronômicos gregos estavam expostos. Imaginava a energia contagiante das pessoas, que aproveitavam as novidades da gastronomia local e se divertiam com as apresentações culturais.Mas sua presença era mais específica. Num lugar mais reservado para produtores e especialistas haveria rodadas
O Festival ocorria em polvorosa com aromas das comidas típicas pairando no ar. Os stands, representados por restaurantes de várias cidades ofereciam aos visitantes o que havia de melhor na culinária e cultura grega. Desde a moussaka, um prato de berinjela em camadas com carne moída, temperada com especiarias e coberta com molho bechamel à tsipoura, um peixe grelhado das águas mediterrâneas, como opção imperdível. Mas para Klaus, só existia Alyssa. Ela estava a poucos metros e a memória do que viveram no passado o pegou desprevenido. Lembrava nitidamente do perfume suave de frutas vermelhas no corpo curvilíneo que era incapaz de esquecer. O instinto fez o seu coração disparar, o desejo ousando se manifestar entre as pernas. Ela se apresentava palpável e tentadora. Como pôde se contentar em ficar tanto tempo sem o seu amor? Alyssa, por sua vez continuava imóvel, sentindo-se acuada como se fosse um inocente cordeiro diante do algoz. Os seus pensamentos se misturavam num vendaval d