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3. Aquecedor queinado

Estava tremendo de frio, nada parecia conseguir me aquecer. Mesmo com muitas roupas e cobertores. Não tive outra escolha a não ser bater na porta ao lado.

_O que foi? - ele diz meio sonolento.

_Meu quarto está muito gelado, estou morrendo de frio. Você pode me ajudar por favor. Sei que está tarde e... Me desculpa.

_Tudo bem... - ele responde meio confuso.

Fecha a porta do seu próprio quarto e vai até o meu. Ele se senta ao lado do aquecedor e verifica algumas coisas. Se levanta e sai sem me dizer nada. Algum tempo depois está de volta, tem neve no cabelo e acredito que isso seja um sinal que ele saiu da casa.

Ele abre o aparelho e troca alguma coisa.

_Vai esquentar o quarto agora. Está fazendo trinta graus negativos lá fora, seu aquecedor queimou. Eu já troquei fusível. Vai esquentar logo, logo. Precisa de mais alguma coisa?

_Não... - Respondo analisando seu rosto.

Que merda de homem bonito!

_Então boa noite senhorita.

_Boa noite...

O homem passa por mim e se vai fechando a porta ao sair.

Maluco! Lindo!

Pela manhã acordo com sintomas de um pequeno resfriado. Coriza, dor de cabeça e uma pequena sensação de cansaço. Assim que a senhora Ross me vê corre para perto.

_O que você tem criança? - ela pergunta preocupada.

_Acho que só pequei um resfriado. - Respondo. - o aquecedor do meu quarto queimou então...

_Vou falar com Jammes agora mesmo. - sua fala preocupada é engraçada.

_Não precisa, eu acordei ele ontem e ele já trocou. Obrigada.

_Que tal um café quente com chantily e panquecas? - pergunta animada.

_Tudo bem por mim... - respondo desanimada, não estou com vontade alguma de comer.

_Eu fiz ovos mexidos e muito bacon para o Jammes você pode comer um pouco, não vai ficar sem comer.

_Ok. Vamos comer. - tento demostrar animação. Me sento na mesa e começo a conversar com a simpática senhora.

Assim que o homem loiro chega eu me calo, não sei o que acontece, ele me faz perder o raciocínio. Sei que é patético, mas é bem verdade. Passo o restante do café em silêncio. Me ofereço para ajudar na limpeza e depois estou perdida sem o que fazer, ninguém para conversar e nada na porcaria da TV por satélite.

Tento ler um pouco na sala, que parece ser um espaço comum, quando há hóspedes de verdade, coloco mais lenha na fogueira. Preciso me aquecer. Mas existem somente duas toras.

Coloco meu casaco e luvas, visto as botas de neve e vou até as pilhas de madeira. Acho que estou bastante frustada com essa viagem, eu esperava mais aventuras, conhecer gente nova, quem sabe dar uns amassos no loiro com pinta de mau...

Desconto minha frustração na madeira, sei que os cortes saem errados, no em tanto continuo tentando..

_Você não deveria estar aqui fora, menos ainda partindo lenha. - Ouço a sua voz e faço de conta que não ouvi - Esse não é um trabalho para mulheres... - sua voz está cheia de diversão, me irrito ainda mais - Sabe que está ficando desigual, certo?

_Olha aqui senhor Cooper eu não sei qual é o seu problema, não entendo muito você, talvez você seja meio tantã mesmo, não sei. Mas se puder me deixar em paz, eu ficaria grata.

O safado ri. Não só ri, ele está se matando de rir, gargalhadas divertidas cruzam o ar em direção aos meus ouvidos e eu penso que talvez uma machada na cabeça loira dele não fosse de todo ruim. De repente, ele fica sério e me olha diferente. Sinto um calor subindo e juro que se ele continuar a me olhar assim eu vou agarrar ele, só que não.

_Posso te ensinar se quiser. - Jammes levanta uma sobrancelha de forma inquisidora. Se aproxima de vagar, Cooper parece um tipo de predador. Uma cobra sorrateira pronta para dar o bote.

Ele para a minha frente e essa é a primeira vez que tenho uma dimensão de nossas diferenças, ele é bem mais alto e forte. Os traços do seu rosto desenham um homem maduro, eu não consigo não me sentir uma menina birrenta.

Nossos olhos travam uma batalha, não estou disposta a recuar, espero que ele diga ou fale algo, ele não recua permanece firme como dissesse que não vai desistir, para provar seu ponto ele se aproximou mais.

Tive um pouco de medo do que esse homem poderia fazer. Ele era uma ameaça a minha sanidade e para provar o quanto era capaz de me enlouquece ele me beija. Pelo susto, tento lutar contra seu aperto em minha nuca, tento me afastar, ao mesmo tempo que quero ficar.

O loiro não permite que eu me afaste e continua a me apertar, sua língua pede passagem e eu acabo por ceder novamente. Um beijo duro cheio de posse, ele parece desesperado.

Sou mesmo uma menina idiota porque estou dissolvendo em seus braços, caminho de costas sendo guiada por ele. Estamos em algum tipo de oficina/garagem e o beijo de antes se torna algo bem mais quente.

_ Vem... - ele diz me pegando pela mão.

Eu sigo por quase dez minutos de caminhada sem que ninguém diga nada. Paramos em uma pequena cabana, ele empurra a porta e entra.

Há uma espécie de fogão de metal, uma cama e um banheiro.

_Alguns caçadores preferem a descrição. - Ele diz e fecha a porta. Acende a lareira em silêncio e se senta ao meu lado na cama e volta a beijar.

Sexo

Ele faz seu trabalho tirando minha roupa, Jammes é ágil, suas mãos são firmes e fortes, ele é bom em todo o trabalho que faz. Meu corpo recebe bem o seu. Antes que me dê conta estou seguindo rápido para um orgasmo que promete me levar as alturas.

Ele geme alto e diz coisas que não consigo entender, meu corpo inteiro treme novamente e eu me derreto inteira. Jammes continua seu trabalho em meu corpo em busca do seu próprio alívio. Ele com certeza merece encontrar a felicidade porque me deu ela de um jeito que nunca experimentei.

_Gostosa do caralho. - ele diz depois de sair de cima de mim.

Tenho dificuldade de respirar, meu corpo está muito sensível e me mexer é difícil. Vejo quando ele tira a camisinha e dá um nó, se levanta para ir ao banheiro e eu me viro na cama.

Só preciso de meia hora para descansar...

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