_Jammes? - alguém chama do lado de fora nós nos olhamos confusos. - sou eu, Clivelent... Vocês estão feridos?
_Não. - Jammes responde ao mesmo tempo que eu digo sim.
_Eu vou entrar e ver como estão. - o homem diz.
_Não!!! - gritamos juntos. - espera um pouco. - o homem ao meu lado completa. - Nosso resgate chegou princesa.
Toda vez que Jammes me chamava de princesa havia uma ironia palpável na sua voz, não dessa vez. E isso me deixou ainda mais estranha. O que tinha acontecido? O que mudou?
Jammes se veste rápido e logo está se arrastando para sair. Ouço ele falando com mais alguém. Ao que parece tem pelo menos mais três homens do lado de fora. Me visto, junto nossas coisas nas mochilas e as empurro para fora antes de sair.
Um homem me ajuda a sair e levantar, ele sorri simpático. É um homem de mais ou menos cinquenta anos, parece um índio, por isso acredito que provavelmente tem mais. Ele me oferece uma garrafa térmica com
Chegamos no hotel e os homens se espalharam, Jammes deu algumas ordens e saiu assim que eu entrei. A doce senhora Ross estava aflita esperando no Hall de entrada._Graças a Deus! - ela diz ao me ver - Você está bem? Está com fome? - ela dispara enquanto seus olhos procuram algo de errado comigo._Quero um banho, depois comer. Me sinto tão suja e... Fedida! - Nana sorri._Não está fedendo coizissíma nenhuma! - Venha, vou preparar um banho para você.No meu quarto ela prepara a banheira e toalhas limpas e cheirosas, me aquece por dentro todo esse carinho e cuidado. Ela me ajuda a tirar a roupa e as leva dizendo que irá lava-las. Sozinha no banheiro entro na banheira feliz por ter tanta água quentinha.A porta do banheiro se abre, estou ocupada de mais com meus olhos fechados para me preocupar com o que Nana está fazendo. Ela espalha sais de banho ou qualquer coisa do tipo na água, posso ouvir o b
Jammes Cooper_Se case com uma mulher que queira cuidar de você meu filho, mesmo que ela saiba que pode o fazer sozinho. - meu pai diz quando conto a ele que pretendo pedir Melany em casamento. Meu velho nunca gostou da mulher, nunca se importou em demostrar o contrário. Esse foi um dos poucos conselhos amorosos que recebi do meu pai. Enquanto olho para Luanna é impossível não fazer as comparações."Tinha levado um tiro de raspão no ombro, uma parte da pele se soltou, estava bem feio. Eu estava sentado tentando tirar a camisa suada depois de tirar o colete. Melany entrou no meu quarto e riu de mim._Você está bem fodido cara! Acho que deveria ir ao ambulatório, talvez uns pontos ajudem a parecer menos feio._Você deveria estar me cobrindo soldado. - digo com um tom de brincadeira, no fundo nós dois sabemos que eu poderia ter
Eu não consegui me sentar porque Jammes me puxou para seu colo, foi quase impossível não corar, mesmo tentando agir normalmente._Então senhorita... - o senhor com traços indigenas pergunta._Mansur - o caçador responde._Luanna - digo olhando para Jammes de soslaio e lançando um sorriso desafiando ele a dizer o contrário. - gosto de ser chamada pelo meu primeiro nome._Você é onde? - o velho índio pergunta._Brasil. - respondo simplesmente. - O senhor é?_Longe... - o velho responde antes de lançar um olhar analisador ao homem atrás de mim. - Desculpe, meu nome é Harik eu sou nativo dessas terras, nasci aqui e nunca saí dessas terras._Você parece um índio, tipo Pocahontas. - acho graça das minhas próprias divagações._Um nativo. - Jammes concorda e explica ao mesmo tempo._Quantos anos tem? - o tio Cooper pergunta._Charles... - o homem de gelo pede e eu acho graça._Vinte. Pode não parecer m
Tem quatro longos dias que eu não recebo uma visita de Jammes ou um olhar que não seja o duro. Não consigo entender esse homem, ele é bem bi-polar. Primeiro age como um cara apaixonado e agora simplesmente some. Sem contar que ontem ele apareceu com o côco virado, até com Nana ele reclamou!Vai entender...Eu o vi chorando no colo de Nana como uma criança na madrugada. Eu me escondi como uma espiã e fui atrás dos sons de lamúria que cortavam o silêncio do hotel, agi como uma criminosa. Confesso que me senti mal vendo-o daquela forma, é bem estressante ver alguém sofrer e não poder fazer nada.Mesmo longe eu percebi que o tecido da calça da senhora Ross estava molhado pelas lágrimas do homem. O que quer que tenha acontecido foi bem marcante na vida dele, a ferida ainda está aberta e sangrando.Não é da minha conta o que aconteceu com Jammes, então porque me sinto estranha? Olhando para ele ago
_O que aquele engomadinho de merda queria com você? - Jammes fala comigo pela primeira vez em três dias e parece que seu tom é de total desagrado. Gostei disso!_Ele me chamou pra sair... - chupa essa bonitão! Tenho vontade de cair na gargalhada quando ele solta um rosnado baixo mostrando o quanto está incomodado com essa situação. - Está com ciúmes? - faço o meu melhor para lhe dar um olhar inocente._Com certeza não senhorita Mansur. Acho até que você deveria tentar, vocês se dariam bem princesa. - Sarcasmo, hum? Adoro! Se ele pensa que esse comentário vai me fazer desanimar da tarefa de tirá-lo do sério se enganou._Exatamente por isso que eu aceitei. - pisco pra ele com um sorriso arteiro.Dois podem jogar esse jogo querido!Jammes me olha com os olhos cerrados, como se procurasse encontrar um traço da minha mentira. Morro de dó, eu sou
Chegamos no hotel no início da madrugada. Eu estava um pouco leve de mais, a coragem me faltando em números consideráveis. Engraçado, que todos que bebem parecem ganhar coragem, eu a perco. É meio ridículo que eu só pense em dormir, quando bebo um pouco mais.Jammes tranca as portas em silêncio, eu sigo para o quarto calada. Tiro minhas roupas devagar, a tarefa parece mais difícil do que jamais foi, desisto de vestir um pijama, entro em meio aos cobertores, tudo que eu quero é dormir...Acordo pela manhã um tanto confusa. Sinto os braços de Jammes ao meu redor, seu corpo colado ao meu, quente e aconchegante. Não lembro de ter transado com ele... Logo eu que nunca acreditei em amnésia alcoólica.Me desvencilho dele e me levanto, enquanto escovo os dentes e encho a banheira, me forço a lembrar se rolou ou não alguma coisa ontem. Eu estou de sutiã e calcinha, me lembro que fui eu mesma que tirei minhas roupas... Eu me deitei soz
O trabalho no hotel consistia em tampar as janelas como fizemos nas cabanas. Jammes cobriu o telhado. Isso demorou o dia todo até a noite. Jantamos todos juntos, inclusive os homens que ajudaram a "proteger"o hotel.Todos dormiram em suítes espalhadas pelo hotel. Eu pensei que Jammes não fosse me fazer uma visita. Me assustei quando o vi saindo de toalha do meu banheiro. É muita folga! Ele me olhou e sorriu como se soubesse o que eu estava pensando._Não vai tomar banho?_O que está fazendo no meu quarto e no banheiro de novo!? - Pergunto tentando soar irritada._ Tecnicamente o quarto é meu... - ele dá ombros e tira a toalha. Tento desviar os olhos da parte que antes estava coberta. - Pode olhar, é de graça. - ele sorri, sei que está me provocando - Pode tocar, pode chupar... Pode usar como quiser! - ele completa._ Tecnicamente eu paguei pelo quarto e o banheiro... - reclamo.
Terminei de arrumar minhas coisas no pequeno roupeiro da cabana, respirei fundo vendo Jammes entrar no banheiro. Um frio estranho seguido de um arrepio percorreu meu corpo. Isso se parece com férias de casal. Um tipo de programa a dois. Só falta o champanhe!_Acho que ficou bem legal aqui... Precisava mesmo de alguns ajustes. - o homem diz e eu me limito a acenar. - Eu coloquei umas costelas para assar... Nana deixou um pouco de comida pronta... Tem torta de mirtilo e morango. Também deixei algumas frutas frescas no cesto... - ele fala parecendo perdido.Que ótimo! Pelo visto eu não sou única que está se sentindo mal com tudo isso._Você... - ele me olha enquanto bato na calça afastando um pó imaginário - eu trouxe algum vinho se quiser... - Vinho!? Jammes percebeu meu espanto porque franziu as sobrancelhas - Não quero te embriagar! É que não teremos muito o que fazer até a tempestade passar...
Último capítulo