No verão do nono ano, ela disse:- Rafael, vamos namorar, você vai cuidar de mim.O jovem com a camisa branca virou a cabeça, olhou para ela com aqueles olhos brilhantes e cintilantes, não disse uma palavra. Ele se virou para ir embora, mas ela correu atrás dele, agarrou sua mão por trás:- Pão-duro, sou fácil de cuidar. Não consegue cuidar de mim?A resposta do rapaz, até hoje, Jane se lembra.Ele disse:- Não é que eu não consiga cuidar de você, é que você não é a pessoa certa.Depois de dizer aquilo, ele se virou, deixando ela segurar sua mão, conduzindo-a para fora da escola.Jane lembra-se, ela olhou para as mãos entrelaçadas naquele momento, o que ela estava pensando?...Lembrou-se.Naquela época, ela pensou: "Se eu não sou a pessoa certa, Rafael, por que você não solta minha mão?"Ela o abraçou calorosamente pelo braço, grudando nele, com um sorriso brilhante:- Rafael, se eu não sou a pessoa certa, então, neste mundo, não há a pessoa certa....- Jane? Jane? - Xavier a chamou
Uma sensação arrepiante percorreu o coração de Jane, e naquele exato momento, ela sentiu que estava cada vez mais difícil compreender o rapaz que estava à sua frente, que às vezes parecia tão inocente, e em outras, desdenhava o mundo.Ela pensou que poderia deixá-lo irritado com as suas palavras.Mas, para sua surpresa, ela se sentiu ainda mais desconfortável.Sem se preocupar com as consequências, ela disse a Xavier:- Sr. Xavier, aquele beijo não foi de graça, você precisa pagar.Ela pensou... Que aquilo deveria ser suficiente.Enquanto pensava naquilo, viu Xavier soltar uma das mãos e procurar algo em seu bolso. Quando a estendeu de novo, tinha algo na palma da mão:- Aqui.Jane ficou atordoada. Nunca tinha encontrado alguém como Xavier antes.Ela olhou em choque para as notas na mão de Xavier, sem saber como responder.- Ele... Ele realmente me pagou assim....Ela pensou que ao mostrar sua face feia diante dele, ao se descrever de tal maneira, ele se assustaria e iria embora.- Jan
Um som estridente de freios preencheu o ar, o motorista esticou a cabeça para fora, furioso:- Você está louca? Se quer morrer, o rio está logo ali na frente!- Desculpe, me desculpe...Jane rapidamente se desculpou, aliviada por dentro. Graças à habilidade de frear rapidamente do motorista, ela sofreu apenas ferimentos leves.Xavier olhou friamente para o motorista:- Você sabe falar? A culpa é sua se atropelar alguém!Xavier era feroz, fazendo o motorista hesitar, ele resmungou:- Casal brigando, briguem em casa, não no meio da rua, seus loucos.Com isso, ele deu partida no carro e saiu.Xavier, embora agressivo, sabia que a culpa não era totalmente do motorista. Ele olhou para Jane, que não caiu muito forte, mas certamente estava ferida.Ele corre rapidamente em direção a Jane.- Jane, não se mova, vou te levar para o hospital.- Fique longe de mim!Jane, sentou no chão, começou a parecer mais calma.No meio de uma forte chuva, com lama por toda parte, ela levantou a cabeça através
Jane realmente nunca tinha encontrado alguém como Xavier!- O que está esperando? Sobe aí.Sob a grande árvore, o rapaz de camisa branca, estava ali igual ontem, só que com uma bicicleta a mais....- Pare de sonhar acordada, suba aí.- Por que você voltou?No rosto de Xavier, surgiu um sorriso brilhante:- Por que eu não voltaria?Não que ele não pudesse voltar, ela simplesmente não esperava que, depois de ontem, ele ainda apareceria em sua frente.Xavier era alto, com um pé no chão e o outro no pedal, esticou um braço e puxou a mulher para o seu lado, empurrando-a para o banco traseiro.Jane estava prestes a se levantar.- Não se mexa, se você cair, eu não vou te ajudar.Enquanto falava, pedalava, levando Jane para a frente.Jane, que estava prestes a se levantar, foi pega de surpresa quando a bicicleta começou a se mover. Sob a força da inércia, ela se sentou novamente no banco traseiro, esticando a mão instintivamente e agarrando fortemente a cintura de Xavier à sua frente.O que e
Depois do almoço, Jane pensou que, o incidente teria sido esquecido.Mas, obviamente, ele não pensava assim.Uma pitada de resignação nos olhos de Jane:- Sr. Xavier, você comeu três porções fast food!- Sim, a comida rápida é muito boa....Eles discutiram sobre comida rápida.- Sr. Xavier, você poderia parar de me seguir? Sr. Xavier, como eu disse, você é rico, leve seu dinheiro para o Clube Internacional do Imperador, eu prometo que você não se decepcionará. Poderá fazer como quiser.Um sorriso encantador curvou o canto da boca de Xavier, ele falou de forma ligeira:- Tudo bem assim?Xavier começou a armar uma armadilha para ela.- Sim, você é rico, leve seu dinheiro para o Clube Internacional do Imperador, como cliente, o senhor é soberano.Xavier sorriu com um significado profundo, que Jane naquele momento não conseguia entender.- Você que disse isso, te vejo à noite.Dito isto, ele se virou e saiu empurrando sua bicicleta.Jane estava um pouco confusa, sem entender bem Xavier. L
Eles saíram do Clube Internacional do Imperador e foram comer algo na rua.No mercado noturno, Xavier levava-a pela mão, atravessando a multidão.Por todos os lados, olhares curiosos e cochichos ainda os cercavam.- Para onde vamos agora? Este caminho não nos leva de volta ao Clube Internacional do Imperador.Xavier direcionou seu Maserati para uma estrada diferente.- Você saberá quando chegarmos lá.- O combinado não foi apenas jantar?- Depois do jantar, é claro que temos que caminhar um pouco...Quem acreditou naquilo, foi ingênuo. Xavier pensava consigo internamente.O carro subiu para um viaduto, Jane ficou um pouco ansiosa:- Onde estamos indo?...No entanto, Jane percebeu que Xavier não queria falar. Por mais que ela perguntasse, ele não a responderia.Então, ela se virou para olhar a paisagem pela janela do carro.- Chegamos.Quando o carro parou, Jane arregalou os olhos...- Um parque de diversões?- Sim, eu quero me divertir, e você vem comigo.Xavier, com as mãos na cintur
Um Bentley preto parou a uma distância não muito distante, escondido na sombra das árvores durante a noite, não chamava muita atenção.No banco traseiro, Cristina falou respeitosamente:- Obrigada por me trazer para casa, Presidente Gomes. Vou sair do carro agora.Enquanto falava, ela estendeu a mão e agarrou a maçaneta da porta. Cristina usou um pouco de força, girou a maçaneta da porta e estava prestes a abri-la quando uma mão se estendeu diagonalmente, cobrindo firmemente o dorso da sua mão. Cristina ficou assustada, imediatamente virou a cabeça com surpresa.Ao lado dela, pela janela, um belo rosto estava coberto por uma camada de gelo, seus olhos sombrios fixados...Cristina seguiu instintivamente o olhar dele, e a cena que viu a deixou chocada... Jane? E... Xavier?Jane saiu do trabalho, ergueu a cabeça e viu Xavier. Jane já estava acostumada a ver aquele rosto bonito e malicioso toda vez que saía do trabalho no Clube Internacional do Imperador.Às vezes, ela ficava confusa... se
Xavier deu uma risada suave:- Suas coisas? A que o Presidente Gomes está se referindo?- Você sabe muito bem do que eu estou falando, não preciso explicitar.- Se o Presidente Gomes está se referindo a Jane... - O sorriso nos lábios de Xavier desvaneceu. - Presidente Gomes, Jane é uma pessoa, ela não pertence a ninguém.No rosto belo de Rafael, não havia emoção alguma, seus olhos fixos no oponente:- Eu te avisei, mesmo que eu não queira mais nada, isso não te dá o direito.No rosto de Xavier também brilhou um olhar agudo:- Jane é uma pessoa, ela tem seus próprios pensamentos, ela tem o direito de escolher quem ela quiser. Rafael, você não acha que você está se metendo demais? Claro, talvez o Presidente Gomes e Jane tenham um passado desconhecido. Mas passado é passado. Rafael, você mesmo disse, por que não deixa pra lá se ela não te quer mais?Ao ouvir isso, um lampejo de frieza passou pelos olhos profundos de Rafael...O que ela teria dito para Xavier?- Mesmo que, no passado, você