Gemeu excitada, tão perto de sua pele que seu cheiro me enjoava. Levantei-me, afastando-me e avaliando sua bunda, que não se comparava à bela visão do corpo de Callie. Meu lobo rugiu em reprovação quando uma ventania intensa assolou a porta, abrindo-a com tudo. O ar gelado estremeceu Kemilly, que estava molhada em sua intimidade, ansiosa para ser tomada.— Não se perca do seu destino... Alfa supremo... — Sussurrou a deidade.— Vista-se! — Rosnei resignado, colocando a calça.— Alfa? Fiz algo de errado? — Ela se virou, colocando a mão sobre o peito esquerdo, confusa. — Não me deseja mais?— Seu cheiro me irrita! — Brandi, torcendo o nariz.Kemilly correu, parando à minha frente e abrindo os braços, tampando minha passagem, desesperada.— Te irrita? O que isso quer dizer? Como posso me tornar sua Luna se meu cheiro não o agrada? — Seus olhos encheram-se de lágrimas, com um bico trêmulo, em uma tentativa patética por atenção.— Exatamente, querida... — Coloquei as mãos nos bolsos e comec
POV: CALLIEFiquei presa em seu ambiente, o cheiro do alfa permeava por todo o cômodo, enlouquecendo minha loba. Massageei os pulsos feridos, notando uma melhora considerável. Nicoly veio trazer uma refeição e um livro em braille, ensinando-me a contornar as letras de forma básica. Era estranho, mas tive a sensação de que aquilo já havia sido feito em algum momento da minha vida, sem conseguir recordar.— Vou trazer bolo e chá para a senhora, continue treinando. — Disse ela, afastando-se.Farejei ao redor quando os pelos da nuca se arrepiaram e minha loba rosnou em alerta. Saltei em modo de defesa:— Quem está aí? — Rosnei, ameaçadora.— Seus instintos são formidáveis, Callie... Impressionante! — Uma voz feminina respondeu.— Quem é você e o que faz aqui? — Mantive a postura, mesmo desejando correr e me esconder, com receio de mais dores.— Parece que aos poucos sua coragem está sendo lapidada, isso é ótimo. — Ouvi sua risada melódica, o cheiro fresco da terra depois da chuva misturad
POV: AARONPor mais que tentasse negar, as palavras de Callie arrepiaram a minha espinha como um presságio sinistro. Meu lobo rugia em minha mente, confirmando suas palavras: algo terrível estava prestes a acontecer na minha alcateia, a primeira que ergui depois do ataque de Hunter, quando um de seus seguidores assumiu como um falso Alfa.Era ridícula a falta de força e liderança desse impostor, mas nenhum lobo ousava desafiá-lo, temendo a fúria e a retaliação de Hunter, maldito!— Nicoly, envie as fotos para o centro de comando da minha frota. — Rosnei em sua direção, fazendo-a sair correndo. — Callie? Quando eu voltar, quero respostas. Como você sabe o que vai acontecer?— Eu... — Mordendo os lábios, ela secou os olhos nervosa. — Não sei como te explicar.— É melhor pensar em um jeito, pois parece que você não é cega e vem me manipulando com seus jogos! — Brandei, encarando-a de cima, irritado. — Você não vai gostar da minha ira se cair sobre você, lobinha.Um tremor percorreu o cor
Tirei as garras de uma lateral da costela, atravessando por trás de sua nuca até o pescoço, puxando o outro lobo que estava embaixo.— Acho que ele daria um bom fantoche. — Gesticulei com as mãos abrindo e fechando através do corpo do lobo sem vida.— Você é um monstro! — Rugiu o alfa branco, saltando para trás. — Nunca terá nosso respeito como alfa supremo.— Acham que é o respeito que busco? — Gargalhei sombrio. — Eu vou livrar as alcateias de vermes como vocês, vou esmagá-los como os insetos que são. — Rugi, terminando de rasgar a garganta do lobo e arrancando a cabeça, caminhando a passos lentos na direção do inimigo. — Sabe este seu olhar de pavor? Este odor de medo, pronto para se mijar todo? É isso que busco... Quero vê-los implorarem por suas vidas inúteis!— Onde estão as bruxas? — Ele gritou em desespero, procurando em volta seus seguidores caídos.— Suas prisioneiras? — Lambi as garras ensanguentadas, olhando para trás e vendo as bruxas passarem as mãos no pescoço, vindo em
POV: CALLIEFiquei um tempo na cama, sentada, ponderando: se Aaron não retornasse, significava o meu fim? O que a alcateia faria comigo na ausência de seu Alfa? Voltaria a ser uma presa? O alerta em minha mente começou a soar, minha loba se agitava, rugindo para fugirmos e nos escondermos. Que a Deusa nos protegesse em meio à floresta, era melhor do que a incerteza nas garras do rei Lycan. Farejei em volta, sentindo as nuances dos cheiros. Havia apenas um lobo de guarda na porta. Tocando em volta, senti a janela se abrindo com facilidade. Inclinei o corpo, deslizando as mãos para —enxergar— se havia telhado para que pudesse subir e tentar escapar. Coloquei um pé e depois o outro apoiando no batente, segurando as laterais nervosa, meu olfato trabalhando a todo momento. De repente, a porta abriu em um estrondo, o cheiro enjoativo junto à voz fina e irritante de Kemilly ecoou de forma histérica pelo cômodo.— A sua cadela ingrata, além de latir no ouvido do nosso alfa, ainda tenta fugir
— Você está ferido! — Mesmo com dificuldades, engatinhei em sua direção, amparando as mãos em suas pernas e subindo vagarosamente até o local ferido, onde farejei instintivamente e passei a língua no local, fazendo-o estremecer e soltar um leve rosnar.— Lobinha... — Gemeu o Alfa, segurando a ponta do meu queixo com os dedos e acariciando. — Há lugares onde não se deve passar a língua em um macho, a menos que queira algo mais!— Eu... — Me afastei, quase tombando para trás, quando suas mãos fortes me ampararam pela cintura. — Não me toque! — Repeli, arfando nervosa.— Meu rei... — Gemeu Kemilly. — Mate-a, ela vem o manipulando e estava tentando escapar.— Cale-se, Kemilly! — Brandou o alfa irritado, ouvi as janelas trincarem diante de seu poder. — O que estava fazendo em meus aposentos?— Eu vim lhe servir, meu rei... Vigiar sua prisioneira... — Gaguejou nervosa a loba, choramingando. — Veja o que ela fez comigo! É desequilibrada, quando cheguei aqui, ela tentava fugir pela janela.—
POV: AARONRetornamos à alcateia, os lobos já buscavam se curar, mas meu lobo nos arrastava em sua direção, alerta, numa necessidade de protegê-la. Ao chegar ao quarto, vi o guarda rindo da cena, mas seu olhar mudou assim que notou minha presença, caindo de joelhos ao chão.— Meu rei... — Reverenciou ele.Caminhei a passos longos, puxando Kemilly para trás quando percebi que Callie a havia rendido, pronta para ceifar sua vida. Meu peito se encheu de orgulho diante da cena, um deleite que trouxe um leve sorriso aos meus lábios. Então ela não era fraca, mas adormecida pelo medo.— Já chega, lobinha! — Rosnei, chamando sua atenção, vendo-a furiosa, com dificuldades de conter sua loba.Seus braços estavam com cortes profundos, a face do lado direito sutilmente inchada, com roxos em sua pele pálida. Voltei meu olhar em chamas escuras para Kemilly, que se encontrava em uma situação pior, o rosto cortado, e em seu abdômen, a hemorragia intensa causada pela perfuração das garras da loba cega.
POV: CALLIEAaron exercia sobre mim um domínio que eu nunca havia experimentado antes; seu poder me assustava, mas ao mesmo tempo me envolvia em uma sensação de proteção singular. Seus toques eram delicados, embora suas palavras nem sempre fossem tão sensíveis quanto suas mãos.Deslizei minhas mãos por entre suas pernas, explorando a região com curiosidade, enquanto a outra mão acompanhava, tentando desvendar o que se encontrava tão rígido e volumoso entre elas. Soltei um grito surpreso quando ele me puxou para cima de seu colo e então nos virou na cama, seu corpo se acomodando entre minhas pernas.Minha pele ardia, ruborizada pela intimidade do momento. Em um movimento ágil, a mão de Aaron alcançou meus seios, e eu arfei em um grunhido manhoso e ofegante quando nossos lábios se separaram.— Responda! — rosnou o Alfa, sua ordem me fazendo tremer por inteiro.— Quero sentir algo que não seja dor... — confessei em um sussurro, quase suplicante, envolvendo meus braços em volta de seu pes