POV: MAEVE
Sentada no parapeito da janela, eu me perdia nas páginas do meu livro quando avistei Rigan passando sorrateiro perto do canteiro de flores. Vestido com um capuz negro e roupas escuras, sua atitude me deixou intrigada.
— Ele está desobedecendo de novo. — Suspirei, uma mistura de preocupação e incômodo refletida no meu tom. — O irmãozinho nunca aprende!
"Para onde será que ele vai?" Dale perguntou, a animação evidente em sua voz. "Será que é alguma aventura secreta?"
— Talvez... Devêssemos segui-lo para garantir que não se machuque. — Conspirei, mordendo os lábios nervosa. Joguei o casaco sobre os ombros e, imitando a furtividade de Rigan, saí silenciosamente.
Rigan caminhava em direção à floresta. A escuridão envolvia o ambie
POV: MAEVE— Vamos logo com isso. Se houver mais deles, precisaremos das armas especiais! — ordenou a mulher, impaciente.Fui jogada no porta-malas do carro como se fosse um saco de batatas, amordaçada e presa como uma vira-lata qualquer. Algemas de prata foram colocadas em meus punhos e tornozelos, e a corda banhada a prata continuava apertada ao redor do meu corpo. Soluçava, meu choro abafado pela mordaça, encolhida e apavorada.Fechei os olhos, suplicando pelo elo:— Mamãe, papai... Socorro! — Nenhuma resposta veio. — Rigan... Irmãozinho, estou com medo... por favor, me ajude."Ren, nos proteja," bradou Dale, arfando de dor. Sentia seu sofrimento devido à prata; nossa carne queimava como brasa, a dor era insuportável.O carro começou a se mover, cada solavanco intensificando a dor. O a
POV: MAEVE— O que você fez? Edgar, vamos... Edgar, reaja! — gritou a mulher desesperada, vendo seu comparsa caído. A arma do Dom parecia ter destravado novamente e agora estava apontada para a cabeça dela.— Meu tempo é precioso, vá direto ao ponto! — ordenou o Dom, impaciente. — Tirem esta amordaça da garota, não somos monstros.O capanga obedeceu, removendo a mordaça enquanto a mulher chorava sobre o corpo inerte no chão. Assim que fiquei livre, gritei:— Me soltem, não sou posse de ninguém! — arfava de dor, tentando lutar. — Eu quero minha mamãe...Choraminguei de medo, enquanto o Dom se agachava na minha frente, um sorriso sombrio curvando seus lábios:— E quem é sua mamãe, Lobinha? Para que eu possa ligar para e
POV: RIGANSelene me guiava por becos escuros e sujos, passagens estreitas que serpenteavam pela cidade até um ponto próximo ao centro clínico. De fora, o local parecia abandonado, com suas janelas quebradas e paredes cobertas de grafite. No entanto, o forte odor humano que emanava de dentro denunciava a presença de muitas pessoas, entre elas alguns Lupinos e Maeve.— Há muito sangue e cadáveres aqui! — rosnei nervosamente, tentando aguçar meus sentidos para detectar qualquer sinal de minha irmã. Mas não consegui captar nada além de um grunhido distante de medo que ecoava pelos corredores.“Dale e Maeve estão apavorados, vamos acabar com esses desgraçados!” bradou Ren ferozmente dentro de mim, estendendo minhas garras e presas, pronto para invadir o lugar.— Não pense nisso, Lobo — adverti
POV: CALLIEEstes conflitos e guerras se estendiam além do necessário. Após destruir o Deus obscuro, achei que o obstáculo mais difícil havia sido superado. Contudo, na sala de reunião do conselho, percebi que nossa luta estava apenas começando.Alguns líderes humanos e o conselho de bruxas participavam da reunião via televisor, discutindo a possível aliança e paz. Eram um bando de víboras tentando se sobressair sobre as outras espécies. O embate seguia intenso, com dedos apontados e acusações de erros e conflitos. O sequestro das crianças era o ponto alto da discussão acirrada:— É estranho insinuar, presidente, visto que nenhuma criança de sua espécie desapareceu! — ponderou Constantine, com o queixo erguido.— Suas alegações são incorr
POV: CALLIEChegamos ao quarto, Aaron me deitou na cama com cuidado. Suas mãos percorriam meu corpo, despertando cada nervo com um toque firme e ao mesmo tempo carinhoso. Seus olhos brilhavam com desejo, e eu sentia meu coração acelerar.Ele começou a despir-me lentamente, os dedos deslizando pelo tecido, removendo cada peça de roupa com precisão e carinho. Cada toque era uma promessa de prazer, cada carícia, uma declaração de amor. Seus lábios encontraram os meus, e nos perdemos em um beijo profundo e apaixonado.A temperatura no quarto parecia aumentar à medida que nossos corpos se uniam em perfeita harmonia. Aaron era ao mesmo tempo suave e selvagem, mostrando sua força e ternura em igual medida. Ele conhecia cada parte do meu corpo, cada ponto que me fazia suspirar e gemer de prazer.— Adoro o seu cheiro, Lobinha —
POV: RIGAN— Merda. — Rosnei, voltando-me para Selene, que sorria com diversão.— Não gosta de mentir para a mamãe? — Provocou ela, com um brilho malicioso nos olhos.— Acho que não apertei seu pescoço o suficiente! — Rosnei, irritado, avançando em sua direção com passos decididos.— Está bem, está bem, já entendi... Sem brincadeiras. — Selene ergueu as mãos em rendição, seu sorriso desaparecendo. — Vamos colocar o plano em ação?Ela puxou a pequena mochila que estava em suas costas, trazendo-a para frente e abrindo o zíper. Dentro havia uma coleção de armas de defesa, incluindo algemas lupinas, que impediam a mutação.— Anda sempre com isso? — Semicerrei os olhos
POV: MAEVE— Responda, Davion, o que faz aqui? — gritou o homem, sua voz fria e ameaçadora. O corpo do jovem menino estremeceu sutilmente, traindo seu medo.— Eu... — Balbuciei, atraindo a atenção tanto de Davion quanto do homem chamado Dom. — Estava gritando por socorro, ele entrou e jogou a garrafa de água em mim para me calar.O menino arregalou os olhos, surpreso com minha resposta. Ele não esperava que eu tentasse protegê-lo.— Isso é verdade? — indagou o mafioso, parando ao lado de Davion e pousando as mãos sobre seus ombros, apertando-os com força.— Sim, papai... Não queria que ela o incomodasse! — respondeu Davion, erguendo os olhos para encarar o pai. Foi então que percebi as várias marcas sobre o corpo do garoto. Ele estava descalço, e seus
POV: RIGANDespertei dentro de uma cela fria e úmida, com correntes pesadas segurando meus pulsos e tornozelos. As algemas de prata eram apertadas, causando uma dor constante. Diante de mim, do outro lado das grades enferrujadas, estava Selene, me encarando firme, seus olhos revelando uma mistura de medo e resignação. Desviei meu olhar para além dela e vi a silhueta do homem sombrio. A única coisa visível dele era a ponta vermelha de um cigarro aceso, que iluminava brevemente seu rosto sinistro quando ele inalava.Ele exalou a fumaça lentamente, o odor pungente de tabaco preenchendo o ar enquanto ele se aproximava. Vestido em um terno caro, suas mãos estavam relaxadas nos bolsos, o que contrastava com a tensão palpável no ambiente. Seus passos eram deliberadamente lentos, como se quisesse saborear cada momento de nossa interação.— Então,