POV: CALLIE— Não é um ritual simples — respondeu ele firme. — É a nossa união diante de todos, uma prova de nossa força e devoção. A lua de sangue é um evento raro e poderoso, e ao unirmos nossos sangues, estamos selando nosso destino juntos, mostrando à alcateia que somos um só.— Alfa... Como pode estar considerando um ritual tão importante se ainda tem dúvidas sobre a paternidade? — rosnei em relutância, tateando em volta, tentando fugir do domínio que ele tinha sobre mim, quando fui puxada novamente, girando o corpo e colando em seu peito. — E quer fazer isso na frente de todos?— É um ritual costumeiro para nós lobos, Callie. Todos os alfas precisam fazer. Eles não vão estar literalmente olhando, rogarão à Deusa em oração e bênção, em cânticos para a Lua. — Aaron ressoava mais compassivo. — Seu problema é ficar nua em frente à alcateia ou o medo de te rejeitarem?— Os dois! — confessei, relaxando o corpo quando seus braços me envolveram em um abraço caloroso.— Eles morrerão se
POV: AARONUm belo e singelo sorriso se formou nos lábios de Callie, seus soluços cessaram, enquanto eu secava as últimas lágrimas que insistiam em rolar por sua linda face, deixando a pela antes pálida, com suave rubor avermelhado.— Está bem. — Comentou ela mais tranquila. — Você disse que faltava meses para o evento Luna de sangue, preciso estar forte até lá... Além do mais, precisamos saber de quanto tempo estarei de gestação!— É, precisamos ver isto com o médico, irei chama-lo! — Reforcei, antes que pudesse me afastar, ela segurou minhas mãos sobre seu rosto. — O que foi lobinha?— Gosto do companheiro que está sendo agora. — Sussurrou ela um pouco tímida.— Hunf, vou lembra-la disto quando se enfurecer de novo comigo. — Roçando o nariz ao seu, a beijo docement
Yulli arqueou uma sobrancelha, um sorriso enigmático se formando em seus lábios.— Ele tem um espírito indomável, isso é claro. — Ela disse, pensativa. — Mas é essa mesma qualidade que pode ser polida e direcionada. E Callie, com o treinamento certo, pode se tornar a Luna que esta alcateia precisa. A cegueira dela não define sua força, apenas a maneira como ela a manifesta.— As visões pararam... — Comentei, suspirando. — Acredito que seja pela relutância em aceitarmos o elo destinado.— Achei que tivessem alinhado isto, qual o impasse? — A feiticeira me olhou com curiosidade, avaliando-me antes de revirar os olhos. — Você tem dúvidas sobre o bebê? Como consegue ser tão tolo?— E você não tem? — Rosnei em respostas chamando a atenção dos lobos em volta que se encolheram
POV: CALLIEDeslizava os dedos sobre as elevações que contornavam as letras, percorrendo cada palavra em braile. Uma voz ressoava em minha mente, como se alguém me conduzisse a aprender.— Apalpe as letras, sinta seus sentidos... em breve fará sentido. Vou te ajudar. — dizia a voz feminina em minha lembrança. Não havia um rosto ou um formato, apenas aquela doce e carinhosa voz amiga.— Toc toc. — ressoou Yulli da porta. — Divagando ou lendo?— Um pouco dos dois. — sorri sutilmente. — Com minha memória fragmentada, é difícil saber. Sinto que já fiz isso com alguém, uma mulher...— Soube pelos empregados que havia uma servente pessoal a você que te auxiliava com os estudos. Ela não era bruxa, mas sabia braile. — explicou a feiticeira, entoando uma
— Ele é um traidor! — rosnou o Lycan, iniciando uma feroz batalha contra os vampiros. O confronto foi violento, e os vampiros caíam um a um.A bruxa e o Lycan estavam à beira da morte quando, no centro do ritual, uma criatura se ergueu. Sua essência maligna e fria expandia-se, preenchendo o ambiente com um poder sombrio e avassalador.— Precisamos selá-lo! — exclamou a bruxa, segurando as mãos do Lycan. Num gesto terno e desesperado, ele a beijou suavemente.— Eu te amo! — disse a bruxa, lágrimas escorrendo por seu rosto.— Eu também te amo! — respondeu o lobisomem, suas palavras carregadas de emoção. Uma explosão de poder clareou o ambiente, e Yulli e eu fechamos os olhos, sendo repentinamente trazidas de volta ao quarto.Caí de joelhos no chã
POV: AARON— Kemilly, não espera que eu confie em sua vontade repentina em ajudar a loba cega, não é mesmo? — Rosnei cravando as garras arrastando em um rangido rasgando a mesa. — Pareço um líder idiota?— De forma alguma, rei Lycan, mas não menti sobre meus sentimentos e devoção a você. — Ela deu um passo a frente hesitante. — Quero que seja feliz, porque o amo, se Callie é a loba que consegue este feito...Seus punhos se fecharam, o cheiro hostil emanou da loba a minha frente, em reluta com as próprias palavras. Suspirando, ela ergueu o queixo em minha direção:— Não é fácil para minha loba aceitar que não seremos sua Luna! — Confessou Kemilly, desviando o olhar abaixando a cabeça em seguida. — Mas respeitaremos sua decisão e escolha.— Excelente! — Ex
POV: AARONFiquei parado avaliando seu semblante pesado, triste e tensionado. Acariciando sua sobrancelhas, brincando com o desenho dos pelos, contornando o olhos, esfregando seus cílios longos e negros que realçava seu olhar, no momento, opaco pelo velcro da cegueira!Desci por seu nariz de forma carinhosa, até os lábios carnudos trêmulos, suspirei, com um sorriso torto com a clareza que se chocou em minha mente:— Nada que eu souber fará com que eu a odeie! — murmurei, puxando-a pela nuca e colando nossos lábios em um beijo ansioso, prazeroso e intenso.Seu corpo começou a relaxar à medida que eu aprofundava o beijo, explorando cada canto de sua boca com fervor. Minhas mãos deslizavam por suas costas, segurando-a firmemente contra mim. Mordisquei seus lábios suavemente antes de sugar sua língua para dentro da minha boca, absorvendo todo o desejo
POV: CALLIEAaron me pousou levemente na cama, e ouvi ao fundo o crepitar da lareira, a temperatura confortável do quarto aquecendo ainda mais nossos corpos em chamas. Seu beijo se tornou dominador e possessivo, reivindicando cada palavra dita por mim. Ele explorava minha boca com fervor, saboreando cada momento.Sua boca abandonou a minha, descendo pelo meu rosto, mordendo meu queixo e chupando meu pescoço com uma intensidade que me fazia arfar. Quando ele chegou aos meus seios, senti a ponta de sua língua brincar nos bicos doloridos antes de abocanhá-los com a boca faminta, sugando-os com voracidade.— Aaron... — arfei, arqueando o corpo contra o dele, entrelaçando meus dedos em seus cabelos, puxando-o para mais perto.Ele desceu por minha barriga, sussurrando algo para nosso filho e depositando um beijo suave, um gesto de ternura que contrastava com a intensidade do momento. Senti um calor se espalhar pelo meu