POV: AARONCallie estremeceu com o sussurro em seu ouvido, arrepiando-se com cada palavra. Mordendo os lábios, um hábito que cultivava quando se sentia nervosa, ela ergueu o queixo em minha direção com a linha da boca formando um sorriso travesso.— Como disse, rei Lycan, você faz muitas promessas! — Provocou ela audaciosa, um lado que vinha mostrando após perder a memória, me questionava se a loba cega sempre seria assim se não tivesse os traumas em sua vida.— Você anda brincando muito com fogo, lobinha. — Rosnei sensual, mordendo a ponta de seu queixo, meu lobo aprovando seu jeito desafiador. — Mas depois foge quando quero cumprir minhas promessas.Ela deslizou as mãos por meus ombros, apalpando com suaves apertos pelo caminho até enrolar em meu pescoço, ficando na ponta dos pés, puxou-me para frente alcançando meu ouvido enquanto eu enlaçava sua cintura.— Não fugiria se você me aceitasse completamente! — Respondeu ela firme, suspirando lentamente em minha orelha, se afastando. —
POV: CALLIE— Não é um ritual simples — respondeu ele firme. — É a nossa união diante de todos, uma prova de nossa força e devoção. A lua de sangue é um evento raro e poderoso, e ao unirmos nossos sangues, estamos selando nosso destino juntos, mostrando à alcateia que somos um só.— Alfa... Como pode estar considerando um ritual tão importante se ainda tem dúvidas sobre a paternidade? — rosnei em relutância, tateando em volta, tentando fugir do domínio que ele tinha sobre mim, quando fui puxada novamente, girando o corpo e colando em seu peito. — E quer fazer isso na frente de todos?— É um ritual costumeiro para nós lobos, Callie. Todos os alfas precisam fazer. Eles não vão estar literalmente olhando, rogarão à Deusa em oração e bênção, em cânticos para a Lua. — Aaron ressoava mais compassivo. — Seu problema é ficar nua em frente à alcateia ou o medo de te rejeitarem?— Os dois! — confessei, relaxando o corpo quando seus braços me envolveram em um abraço caloroso.— Eles morrerão se
POV: AARONUm belo e singelo sorriso se formou nos lábios de Callie, seus soluços cessaram, enquanto eu secava as últimas lágrimas que insistiam em rolar por sua linda face, deixando a pela antes pálida, com suave rubor avermelhado.— Está bem. — Comentou ela mais tranquila. — Você disse que faltava meses para o evento Luna de sangue, preciso estar forte até lá... Além do mais, precisamos saber de quanto tempo estarei de gestação!— É, precisamos ver isto com o médico, irei chama-lo! — Reforcei, antes que pudesse me afastar, ela segurou minhas mãos sobre seu rosto. — O que foi lobinha?— Gosto do companheiro que está sendo agora. — Sussurrou ela um pouco tímida.— Hunf, vou lembra-la disto quando se enfurecer de novo comigo. — Roçando o nariz ao seu, a beijo docement
Yulli arqueou uma sobrancelha, um sorriso enigmático se formando em seus lábios.— Ele tem um espírito indomável, isso é claro. — Ela disse, pensativa. — Mas é essa mesma qualidade que pode ser polida e direcionada. E Callie, com o treinamento certo, pode se tornar a Luna que esta alcateia precisa. A cegueira dela não define sua força, apenas a maneira como ela a manifesta.— As visões pararam... — Comentei, suspirando. — Acredito que seja pela relutância em aceitarmos o elo destinado.— Achei que tivessem alinhado isto, qual o impasse? — A feiticeira me olhou com curiosidade, avaliando-me antes de revirar os olhos. — Você tem dúvidas sobre o bebê? Como consegue ser tão tolo?— E você não tem? — Rosnei em respostas chamando a atenção dos lobos em volta que se encolheram
POV: CALLIEDeslizava os dedos sobre as elevações que contornavam as letras, percorrendo cada palavra em braile. Uma voz ressoava em minha mente, como se alguém me conduzisse a aprender.— Apalpe as letras, sinta seus sentidos... em breve fará sentido. Vou te ajudar. — dizia a voz feminina em minha lembrança. Não havia um rosto ou um formato, apenas aquela doce e carinhosa voz amiga.— Toc toc. — ressoou Yulli da porta. — Divagando ou lendo?— Um pouco dos dois. — sorri sutilmente. — Com minha memória fragmentada, é difícil saber. Sinto que já fiz isso com alguém, uma mulher...— Soube pelos empregados que havia uma servente pessoal a você que te auxiliava com os estudos. Ela não era bruxa, mas sabia braile. — explicou a feiticeira, entoando uma
— Ele é um traidor! — rosnou o Lycan, iniciando uma feroz batalha contra os vampiros. O confronto foi violento, e os vampiros caíam um a um.A bruxa e o Lycan estavam à beira da morte quando, no centro do ritual, uma criatura se ergueu. Sua essência maligna e fria expandia-se, preenchendo o ambiente com um poder sombrio e avassalador.— Precisamos selá-lo! — exclamou a bruxa, segurando as mãos do Lycan. Num gesto terno e desesperado, ele a beijou suavemente.— Eu te amo! — disse a bruxa, lágrimas escorrendo por seu rosto.— Eu também te amo! — respondeu o lobisomem, suas palavras carregadas de emoção. Uma explosão de poder clareou o ambiente, e Yulli e eu fechamos os olhos, sendo repentinamente trazidas de volta ao quarto.Caí de joelhos no chã
POV: AARON— Kemilly, não espera que eu confie em sua vontade repentina em ajudar a loba cega, não é mesmo? — Rosnei cravando as garras arrastando em um rangido rasgando a mesa. — Pareço um líder idiota?— De forma alguma, rei Lycan, mas não menti sobre meus sentimentos e devoção a você. — Ela deu um passo a frente hesitante. — Quero que seja feliz, porque o amo, se Callie é a loba que consegue este feito...Seus punhos se fecharam, o cheiro hostil emanou da loba a minha frente, em reluta com as próprias palavras. Suspirando, ela ergueu o queixo em minha direção:— Não é fácil para minha loba aceitar que não seremos sua Luna! — Confessou Kemilly, desviando o olhar abaixando a cabeça em seguida. — Mas respeitaremos sua decisão e escolha.— Excelente! — Ex
POV: AARONFiquei parado avaliando seu semblante pesado, triste e tensionado. Acariciando sua sobrancelhas, brincando com o desenho dos pelos, contornando o olhos, esfregando seus cílios longos e negros que realçava seu olhar, no momento, opaco pelo velcro da cegueira!Desci por seu nariz de forma carinhosa, até os lábios carnudos trêmulos, suspirei, com um sorriso torto com a clareza que se chocou em minha mente:— Nada que eu souber fará com que eu a odeie! — murmurei, puxando-a pela nuca e colando nossos lábios em um beijo ansioso, prazeroso e intenso.Seu corpo começou a relaxar à medida que eu aprofundava o beijo, explorando cada canto de sua boca com fervor. Minhas mãos deslizavam por suas costas, segurando-a firmemente contra mim. Mordisquei seus lábios suavemente antes de sugar sua língua para dentro da minha boca, absorvendo todo o desejo