POV: AARON
— Kemilly, não espera que eu confie em sua vontade repentina em ajudar a loba cega, não é mesmo? — Rosnei cravando as garras arrastando em um rangido rasgando a mesa. — Pareço um líder idiota?
— De forma alguma, rei Lycan, mas não menti sobre meus sentimentos e devoção a você. — Ela deu um passo a frente hesitante. — Quero que seja feliz, porque o amo, se Callie é a loba que consegue este feito...
Seus punhos se fecharam, o cheiro hostil emanou da loba a minha frente, em reluta com as próprias palavras. Suspirando, ela ergueu o queixo em minha direção:
— Não é fácil para minha loba aceitar que não seremos sua Luna! — Confessou Kemilly, desviando o olhar abaixando a cabeça em seguida. — Mas respeitaremos sua decisão e escolha.
— Excelente! — Ex
POV: AARONFiquei parado avaliando seu semblante pesado, triste e tensionado. Acariciando sua sobrancelhas, brincando com o desenho dos pelos, contornando o olhos, esfregando seus cílios longos e negros que realçava seu olhar, no momento, opaco pelo velcro da cegueira!Desci por seu nariz de forma carinhosa, até os lábios carnudos trêmulos, suspirei, com um sorriso torto com a clareza que se chocou em minha mente:— Nada que eu souber fará com que eu a odeie! — murmurei, puxando-a pela nuca e colando nossos lábios em um beijo ansioso, prazeroso e intenso.Seu corpo começou a relaxar à medida que eu aprofundava o beijo, explorando cada canto de sua boca com fervor. Minhas mãos deslizavam por suas costas, segurando-a firmemente contra mim. Mordisquei seus lábios suavemente antes de sugar sua língua para dentro da minha boca, absorvendo todo o desejo
POV: CALLIEAaron me pousou levemente na cama, e ouvi ao fundo o crepitar da lareira, a temperatura confortável do quarto aquecendo ainda mais nossos corpos em chamas. Seu beijo se tornou dominador e possessivo, reivindicando cada palavra dita por mim. Ele explorava minha boca com fervor, saboreando cada momento.Sua boca abandonou a minha, descendo pelo meu rosto, mordendo meu queixo e chupando meu pescoço com uma intensidade que me fazia arfar. Quando ele chegou aos meus seios, senti a ponta de sua língua brincar nos bicos doloridos antes de abocanhá-los com a boca faminta, sugando-os com voracidade.— Aaron... — arfei, arqueando o corpo contra o dele, entrelaçando meus dedos em seus cabelos, puxando-o para mais perto.Ele desceu por minha barriga, sussurrando algo para nosso filho e depositando um beijo suave, um gesto de ternura que contrastava com a intensidade do momento. Senti um calor se espalhar pelo meu
POV: AARONCallie havia pegado no sono, seu corpo relaxado, começando a se sentir em casa e em segurança, assim como eu. Afaguei seus cabelos, apreciando sua beleza e pousando os olhos em sua pequena barriga volumosa. Precisava confessar que ela estava ainda mais bela em sua forma grávida.— Uma família... — As palavras brincavam em meus lábios, formando um sorriso singelo. A ideia trazia um conforto ao meu peito. — Mereço mesmo, Deusa, ser feliz nesta nova vida?Uma brisa fria adentrou o quarto, percorrendo nossos corpos em resposta, como se a Deidade sussurrasse: "Destinos merecidos."Tanto Callie quanto eu havíamos sofrido e perdido muito por culpa de Hunter e Nocturnus. Esta guerra estava longe de terminar, e eu tinha ciência disso, mas faria o possível para que o caos não chegasse a eles, a minha família. Meu lobo vi
POV: CALLIE— Ao lar? — Indaguei, cedendo alguns passos para trás, batendo em ossos empilhados que caíram com o impacto. Em um segundo, Nocturnus estava sentado no trono, e no outro, já estava ao meu lado, amparando meu quadril com uma mão firme.— Cuidado para não se machucar, minha rainha! — Vibrou ele, seu timbre suave, mas carregado de um odor maligno impossível de camuflar. — Já que não me permite vagar por seus sonhos, eu a convidei para os meus.— Você me sequestrou, não me convidou! — Rosnei ferozmente, repelindo-o com um empurrão. Seus olhos faiscaram de diversão, acompanhados por um sorriso sombrio.— Não deveria tratar um Deus dessa forma, híbrida, a menos que não se preocupe com seu próprio bem-estar e o do filhote que cresce em seu ventre. &mdas
POV: AARONAdentrei o portal dando de cara com o Deus Obscuro agarrado ao pescoço de Callie, trazendo de forma intima para sua face grotesca.— Solte a minha Luna! — Brandei em um rugido feroz, em minha forma Lycan com as garras afiadas proeminentes, os caninos sedentos por seu sangue. — Não vou pedir de novo.— Você sempre aparece em momentos inoportunos, guerreiro da Lua. — Esnobou a deidade, apertando mais as mãos no pescoço dela, fazendo-a grunhir.— Que tal resolvermos está guerra aqui e agora? — Rosnei vibrando o poder supremo, tremendo seu reino sombrio.— E antecipar nossa diversão em seu mundo? — Ele virou seus olhos sombrios em minha direção, lançando Callie com força, a agarrei antes do impacto quando Nocturnus surgiu as minhas costas chutando-me. — Achei que tinha gostado da nossa brincadeirinha no banh
POV: ARRONLevei um tempo até a mente se habituar, franzi o cenho, sobre o olhar da Bruxa que emanava sua magia em meu corpo.— Estamos de volta? — Falei confuso, coçando as têmporas. — Onde está Callie?Ergui, cambaleando para o lado, segurando o corpo na maca sendo amparado por Yulli.— Vai com calma, grandão, você esteve inconsciente por uma semana. — Disse a feiticeira com a voz embargada. — Callie está bem.— O quê? Uma semana? — Rosnei confuso, mantendo o olhar firme em sua direção. — O que aconteceu? Onde ela está?— Se sente e vamos conversar, sua agitação não ajudará em nada. — Yulli mantinha o tom brando, como se noticiais ruins estivessem perto de vir átona.— Eu preciso vê-la! — A empurrei ameaçando andar, quando a feiticeira
POV: CALLIEAs noites eram tensas e sombrias, uma constante batalha contra os medos que habitavam minha mente. Quando finalmente conseguia pegar no sono, me via sozinha no templo, um lugar que antes fora sagrado e seguro. Fechava os portões com mãos trêmulas, o medo e a incerteza me dominando.Olhava pela fresta dos portões, aguardando um sinal de sua essência, uma presença que me trouxesse conforto. Mas ele não vinha. A cada momento de espera, a ansiedade crescia, como uma sombra que me envolvia.Foi então que, em meio àquela vigília solitária, a realização me atingiu com uma dolorosa clareza.— Ele nem sempre virá! — sussurrei, a voz entrecortada pela dor da descoberta.Desde que fomos arrastados para a terra de Nocturnus, tudo se tornou mais claro: eu não estava segura, Rigan corria perigo,
POV: AARONSaí do hospital um dia depois, ciente das responsabilidades que me aguardavam. Diversos relatórios estavam acumulados, detalhando as ações dos últimos dias. Kemilly e Keenan haviam liderado um ataque decisivo contra os lobos errantes que rondavam nossa base, limpando a área e libertando os prisioneiros que ainda não haviam sido corrompidos pela magia de Nocturnus. No entanto, Jaxon e Esmeralda haviam desaparecido misteriosamente. Keenan perdera o rastro deles em meio à densa fauna, após sofrerem ataques consecutivos da seita que servia ao Deus Obscuro. A conexão deles com Dante e o deus sombrio estava se tornando cada vez mais evidente.Longas horas de conversa com o conselho de guerra se seguiram. Discutimos novos planejamentos e estratégias, enquanto eu ingeria elixires para acelerar a recuperação do meu lobo interior, que estava mais voraz e hostil com