POV: KEENAN
— Merda, o que faremos? Não podemos levá-la para a alcateia, tio Keenan — exclamou Rigan, a preocupação evidente na sua voz carregada de culpa. — Quase a matei!
— Ela tem feridas de magia, Rigan, olhe — apontei para os ferimentos brilhando com um brilho estranho e sinistro. — Yulli já estava ferida quando você a encontrou. Notou algo em volta?
— Lembro de sentir o odor de sangue e ferida... Droga, ela estava em perigo e eu a ataquei — ele passou as mãos pelos cabelos, o rosto contorcido em desespero. — Para onde estamos indo?
— Yulli tem um esconderijo nas proximidades. Como acha que ela o visitava escondida e te ensinava magia? — rosnei, enquanto corria, o som de nossos passos ecoando pelo terreno irregular. Finalmente, alcançamos o ponto da fenda na cortina de trepadeiras. Pronunci
POV: RIGANA chuva se tornava cada vez mais intensa, suas gotas pesadas e incessantes castigando a terra e rompendo as frágeis barragens do rio que circundava a floresta próxima à cidade de Duskwood. O caminho que antes cortava a floresta e levava à cidade agora estava completamente intransitável, transformado em um turbilhão impetuoso e perigoso. Suspirei profundamente, resignado, e comecei a fazer o caminho de volta para a alcateia, cuidadosamente escondendo a pequena mochila cheia de medicamentos que havia preparado para Yulli. Os cuidados anteriores tinham sido apenas preventivos!Ao retornar à casa, fui direto para o escritório. A luz suave do monitor piscava na escuridão, chamando minha atenção para uma nova notificação de e-mail. No entanto, ao abrir o e-mail, notei algo peculiar: não havia um nome de remetente, apenas arquivos anexados com a descri&cc
POV: MAEVE— Você ainda está aí? — perguntei, encolhida sob a coberta após outro relâmpago seguido de um estrondoso trovão.“Também não gosto de chuvas,” respondeu minha loba, ronronando baixinho. “São muito barulhentas.”— Eu também não gosto, fico com medo — murmurei, abraçando os joelhos enquanto outro estrondo sacudia a noite. Tremi, sentindo o frio e a apreensão me envolverem.“Não precisa ter medo, estou ao seu lado,” disse Dale com uma voz animada, tentando me acalmar. “Somos feras corajosas.”— Fale por você — ri, um pouco envergonhada. — Gostaria de ser mais corajosa como a mamãe e o papai... Até Rigan é valente, e eu? Me escondo embaixo das cobertas!&ld
POV: MAEVE— Ele é o pior torturador da alcateia, mocinha. Não poupa ninguém — provocou tio Keenan, escondendo uma risada.— E então? — Rigan ergueu uma sobrancelha, seu olhar severo me perfurando.— Eu... achei que você tinha partido sem se despedir... — abaixei os olhos, mordendo o interior da bochecha.— Bem, vou indo. Parece que este é um assunto de irmãos — disse o Alfa Keenan, ameaçando se afastar. Antes de sair pelo corredor, ele parou. — Garoto, sei que é teimoso. Ligue o rastreador.Rigan rosnou em resposta, assentindo sem desgrudar os olhos dos meus.— Onde pensa que vai? Papai disse que não podíamos sair da alcateia tão cedo — suspirei, encarando-o. — Vai embora de novo, não vai?&m
POV: RIGAN— Nossa amizade é importante, Any. Não era um bom dia. — Respondi, tentando manter a calma na voz.“Escandalosa e irritante, posso resolver isto com apenas um corte em sua garganta,” rosnou Ren, hostil, em minha mente.— Agora não, Ren! — Retruquei mentalmente, tentando silenciá-lo. — Compreendo que te chateei, não foi a minha intenção, mas apreciaria muito se pudesse parar de fazer cena.— Fazer cena, é sério isto? — Any se aproximou com os olhos mergulhados em fúria, apontando o dedo no meu peito de forma agressiva. — Você se acha demais só porque é filho do Alfa, não é mesmo? Não precisa levar em consideração os sentimentos de ninguém porque sempre sai impune.Seu olhar de raiva podia queimar minha pele, ignorei, me ma
POV: RIGAN— Aparentemente, eu não tenho a postura de um Beta e o envergonho com minha nerdice — respondeu ele, torcendo a boca em desgosto. Darian me avaliou com um olhar sagaz. — Sei que sou incrível, mas não veio me visitar só para matar a saudade. O que precisa?— Gosto do seu lado inteligente! — provoquei, mexendo na bagunça ao nosso redor.— Pelo jeito, sou o único da alcateia que você gosta — suspirou Darian. — Deixe-me adivinhar, você pretende sair em suas aventuras escondidas e precisa de itens de proteção sem que saibam que você é um lobão fodão?— Por aí... Seu pai tem razão, seu linguajar não é de um Beta. Como pretende me aconselhar desse jeito? — ergui os olhos e encontrei os dele.— Eu diria: 'Não se
POV: RIGANAproveitei a oportunidade para me recompor e analisar a situação. A mulher que havia interferido era alta e esguia, com olhos penetrantes que pareciam ver através de mim. Seu semblante era sério, mas havia uma leveza em sua postura que sugeria uma confiança inabalável.— Desculpe pela recepção calorosa. Edgar às vezes exagera na proteção — disse ela, lançando um olhar severo para o grandalhão. — Meu nome é Lydia. E você é...?— Rigan — respondi, mantendo a voz firme. — Estou aqui para encontrar um amigo. Só quero entrar e resolver algumas coisas.— Entendo — disse Lydia, suavizando um pouco a expressão. — Você pode entrar, mas saiba que estaremos de olho em você.— Agradeço — respondi, dand
POV: MAEVESentada no parapeito da janela, eu me perdia nas páginas do meu livro quando avistei Rigan passando sorrateiro perto do canteiro de flores. Vestido com um capuz negro e roupas escuras, sua atitude me deixou intrigada.— Ele está desobedecendo de novo. — Suspirei, uma mistura de preocupação e incômodo refletida no meu tom. — O irmãozinho nunca aprende!"Para onde será que ele vai?" Dale perguntou, a animação evidente em sua voz. "Será que é alguma aventura secreta?"— Talvez... Devêssemos segui-lo para garantir que não se machuque. — Conspirei, mordendo os lábios nervosa. Joguei o casaco sobre os ombros e, imitando a furtividade de Rigan, saí silenciosamente.Rigan caminhava em direção à floresta. A escuridão envolvia o ambie
POV: MAEVE— Vamos logo com isso. Se houver mais deles, precisaremos das armas especiais! — ordenou a mulher, impaciente.Fui jogada no porta-malas do carro como se fosse um saco de batatas, amordaçada e presa como uma vira-lata qualquer. Algemas de prata foram colocadas em meus punhos e tornozelos, e a corda banhada a prata continuava apertada ao redor do meu corpo. Soluçava, meu choro abafado pela mordaça, encolhida e apavorada.Fechei os olhos, suplicando pelo elo:— Mamãe, papai... Socorro! — Nenhuma resposta veio. — Rigan... Irmãozinho, estou com medo... por favor, me ajude."Ren, nos proteja," bradou Dale, arfando de dor. Sentia seu sofrimento devido à prata; nossa carne queimava como brasa, a dor era insuportável.O carro começou a se mover, cada solavanco intensificando a dor. O a