POV: RIGAN
— Aparentemente, eu não tenho a postura de um Beta e o envergonho com minha nerdice — respondeu ele, torcendo a boca em desgosto. Darian me avaliou com um olhar sagaz. — Sei que sou incrível, mas não veio me visitar só para matar a saudade. O que precisa?
— Gosto do seu lado inteligente! — provoquei, mexendo na bagunça ao nosso redor.
— Pelo jeito, sou o único da alcateia que você gosta — suspirou Darian. — Deixe-me adivinhar, você pretende sair em suas aventuras escondidas e precisa de itens de proteção sem que saibam que você é um lobão fodão?
— Por aí... Seu pai tem razão, seu linguajar não é de um Beta. Como pretende me aconselhar desse jeito? — ergui os olhos e encontrei os dele.
— Eu diria: 'Não se
POV: RIGANAproveitei a oportunidade para me recompor e analisar a situação. A mulher que havia interferido era alta e esguia, com olhos penetrantes que pareciam ver através de mim. Seu semblante era sério, mas havia uma leveza em sua postura que sugeria uma confiança inabalável.— Desculpe pela recepção calorosa. Edgar às vezes exagera na proteção — disse ela, lançando um olhar severo para o grandalhão. — Meu nome é Lydia. E você é...?— Rigan — respondi, mantendo a voz firme. — Estou aqui para encontrar um amigo. Só quero entrar e resolver algumas coisas.— Entendo — disse Lydia, suavizando um pouco a expressão. — Você pode entrar, mas saiba que estaremos de olho em você.— Agradeço — respondi, dand
POV: MAEVESentada no parapeito da janela, eu me perdia nas páginas do meu livro quando avistei Rigan passando sorrateiro perto do canteiro de flores. Vestido com um capuz negro e roupas escuras, sua atitude me deixou intrigada.— Ele está desobedecendo de novo. — Suspirei, uma mistura de preocupação e incômodo refletida no meu tom. — O irmãozinho nunca aprende!"Para onde será que ele vai?" Dale perguntou, a animação evidente em sua voz. "Será que é alguma aventura secreta?"— Talvez... Devêssemos segui-lo para garantir que não se machuque. — Conspirei, mordendo os lábios nervosa. Joguei o casaco sobre os ombros e, imitando a furtividade de Rigan, saí silenciosamente.Rigan caminhava em direção à floresta. A escuridão envolvia o ambie
POV: MAEVE— Vamos logo com isso. Se houver mais deles, precisaremos das armas especiais! — ordenou a mulher, impaciente.Fui jogada no porta-malas do carro como se fosse um saco de batatas, amordaçada e presa como uma vira-lata qualquer. Algemas de prata foram colocadas em meus punhos e tornozelos, e a corda banhada a prata continuava apertada ao redor do meu corpo. Soluçava, meu choro abafado pela mordaça, encolhida e apavorada.Fechei os olhos, suplicando pelo elo:— Mamãe, papai... Socorro! — Nenhuma resposta veio. — Rigan... Irmãozinho, estou com medo... por favor, me ajude."Ren, nos proteja," bradou Dale, arfando de dor. Sentia seu sofrimento devido à prata; nossa carne queimava como brasa, a dor era insuportável.O carro começou a se mover, cada solavanco intensificando a dor. O a
POV: MAEVE— O que você fez? Edgar, vamos... Edgar, reaja! — gritou a mulher desesperada, vendo seu comparsa caído. A arma do Dom parecia ter destravado novamente e agora estava apontada para a cabeça dela.— Meu tempo é precioso, vá direto ao ponto! — ordenou o Dom, impaciente. — Tirem esta amordaça da garota, não somos monstros.O capanga obedeceu, removendo a mordaça enquanto a mulher chorava sobre o corpo inerte no chão. Assim que fiquei livre, gritei:— Me soltem, não sou posse de ninguém! — arfava de dor, tentando lutar. — Eu quero minha mamãe...Choraminguei de medo, enquanto o Dom se agachava na minha frente, um sorriso sombrio curvando seus lábios:— E quem é sua mamãe, Lobinha? Para que eu possa ligar para e
POV: RIGANSelene me guiava por becos escuros e sujos, passagens estreitas que serpenteavam pela cidade até um ponto próximo ao centro clínico. De fora, o local parecia abandonado, com suas janelas quebradas e paredes cobertas de grafite. No entanto, o forte odor humano que emanava de dentro denunciava a presença de muitas pessoas, entre elas alguns Lupinos e Maeve.— Há muito sangue e cadáveres aqui! — rosnei nervosamente, tentando aguçar meus sentidos para detectar qualquer sinal de minha irmã. Mas não consegui captar nada além de um grunhido distante de medo que ecoava pelos corredores.“Dale e Maeve estão apavorados, vamos acabar com esses desgraçados!” bradou Ren ferozmente dentro de mim, estendendo minhas garras e presas, pronto para invadir o lugar.— Não pense nisso, Lobo — adverti
POV: CALLIEEstes conflitos e guerras se estendiam além do necessário. Após destruir o Deus obscuro, achei que o obstáculo mais difícil havia sido superado. Contudo, na sala de reunião do conselho, percebi que nossa luta estava apenas começando.Alguns líderes humanos e o conselho de bruxas participavam da reunião via televisor, discutindo a possível aliança e paz. Eram um bando de víboras tentando se sobressair sobre as outras espécies. O embate seguia intenso, com dedos apontados e acusações de erros e conflitos. O sequestro das crianças era o ponto alto da discussão acirrada:— É estranho insinuar, presidente, visto que nenhuma criança de sua espécie desapareceu! — ponderou Constantine, com o queixo erguido.— Suas alegações são incorr
POV: CALLIEChegamos ao quarto, Aaron me deitou na cama com cuidado. Suas mãos percorriam meu corpo, despertando cada nervo com um toque firme e ao mesmo tempo carinhoso. Seus olhos brilhavam com desejo, e eu sentia meu coração acelerar.Ele começou a despir-me lentamente, os dedos deslizando pelo tecido, removendo cada peça de roupa com precisão e carinho. Cada toque era uma promessa de prazer, cada carícia, uma declaração de amor. Seus lábios encontraram os meus, e nos perdemos em um beijo profundo e apaixonado.A temperatura no quarto parecia aumentar à medida que nossos corpos se uniam em perfeita harmonia. Aaron era ao mesmo tempo suave e selvagem, mostrando sua força e ternura em igual medida. Ele conhecia cada parte do meu corpo, cada ponto que me fazia suspirar e gemer de prazer.— Adoro o seu cheiro, Lobinha —
POV: RIGAN— Merda. — Rosnei, voltando-me para Selene, que sorria com diversão.— Não gosta de mentir para a mamãe? — Provocou ela, com um brilho malicioso nos olhos.— Acho que não apertei seu pescoço o suficiente! — Rosnei, irritado, avançando em sua direção com passos decididos.— Está bem, está bem, já entendi... Sem brincadeiras. — Selene ergueu as mãos em rendição, seu sorriso desaparecendo. — Vamos colocar o plano em ação?Ela puxou a pequena mochila que estava em suas costas, trazendo-a para frente e abrindo o zíper. Dentro havia uma coleção de armas de defesa, incluindo algemas lupinas, que impediam a mutação.— Anda sempre com isso? — Semicerrei os olhos