JONH*Uma corrida na minha vida foi iniciada naquele momento, não havia mais tempo a ser perdido, e as semanas seguintes foram bem intensas.Eu fui pro Rio de Janeiro, procurei por um corretor comercial e acionei também os meus advogados pra irem até o Brasil me ajudar com a questão da documentação, por último eu consegui encontrar uma casa pra alugar pois eu estava de saco cheio de hotéis.Em um mês, estava tudo encaminhado pra abrir a nova agência, mas a ideia era investir em sonhos, eu não queria contratar modelos já conhecidas, eu queria encontrar garotas lindas que possuíam o sonho de se tornarem modelos e que tinham potencial pra isso.Como eu estava sozinho, usando a minha influência pra facilitar tudo, eu consegui boas recomendações pra começar a contratar pessoas pra me ajudar, a Flávia estava me fazendo bastante falta, mas eu tive que aprender a controlar as questões da minha própria empresa pois durante muitos anos eu me escorei na Flávia pra tudo, era hora de amadurecer c
Eu assisti ao desfile que foi impecável e no final, a organizadora do evento finalmente me apresentou ao público.A cara de muitos ali foi impagável, afinal ter uma agência internacional em território brasileiro era a oportunidade de muitas mulheres que sonhavam com uma vida nas passarelas, eu estava dando oportunidade pra elas.Eu peguei o microfone e fui falar dos meus planos sobre aquele novo ciclo, mas os flash dos repórteres eram constantes e eu fiquei com a minha visão turva, mas ao olhar pro lado, na tentativa de voltar a ter uma visão clara do público, eu vi a última pessoa que eu estava esperando ver naquele momento e naquele local, a Ingrid estava parada olhando pra mim, com um vestido rosé longo e um semblante assustado, enquanto outra mulher a puxava pelo pulso, por um instante eu achei que a outra mulher fosse a Hana, os cabelos eram parecidos, mas os quadris estava um pouco mais largos e eu tive uma leve impressão de ver uma barriguinha como se ela estivesse grávida, mas
Quando eles saíram e a porta bateu, a Hana se assustou e olhou pra trás com os olhos vermelhos.Eu olhei pra barriga dela e era tão pequena, e eu só percebi porque ela não tinha nenhum pouco de barriga antes.Eu tentei me aproximar dela, mas ela me impediu.Hana: Não se aproxime.— Quem é o pai?Hana: Isso não é da sua conta.Ela gritou e as lágrimas começaram a cair dos olhos dela.Eu não sabia se eu avançava contra a vontade dela e tentava acalmá-la, ou se eu esperava o tempo dela me mantendo longe, mas eu precisava de respostas.— Você está com quantos meses? Você teve relações sexuais com o Klaus sem preservativo?Ela começou a balançar a cabeça em negativa como se não tivesse acreditando que eu estava perguntando aquilo.— Hana, eu preciso de respostas.Hana: E eu preciso que você me deixe ir embora, se eu soubesse que você estava por trás desse evento, eu jamais teria vindo, tudo o que eu quero de você é distância, Cárter.— Mas eu não, eu não quero você distante, e você só vai
HANA*Eu já estava acostumada com mudanças, elas já não me assustavam mais, o que me assustava era a possibilidade de colocar uma criança no mundo com o mesmo sangue que o Cárter e com o tempo ele descobrir e tentar me tomar ela.A Ingrid ficou mais impactada do que eu, mas virou uma tia altamente protetora e babona e a criança não tinha nem o tamanho de um grão de feijão direito.No mesmo dia que descobrimos sobre a gravidez ela marcou uma consulta com uma obstetra pro dia seguinte, afinal nós precisávamos acompanhar tudo dali em diante.Apesar de ser somente um pontinho pequeno, eu me senti emocionada, a Ingrid quase morre desidratada de tanto chorar, mas aquele ser humano tão pequeno traria muitas alegrias pra gente.Quando chegamos em casa depois da consulta, tivemos que conversar sobre como seria a nossa vida dali em diante, pois tudo mudaria com a chegada daquela criança.Ingrid: Eu tive pensando que essa vida de modelo é muito intensa Hana, e você vai precisar da minha ajuda e
Na semana ela foi fazer as fotos da campanha, enquanto eu fiquei deitada tentando me recuperar das crises constantes de enjôos, a minha barriga já estava aparente, não dava pra ver muito, só se olhasse muito bem, mas eu já estava vendo as mudanças no meu corpo.A Ingrid me ligou duas vezes durante o dia pra avisar que havia comprado comida do restaurante pra mim, mas quando a comida chegou eu só comi umas colheradas com medo de vomitar tudo novamente.Quando ela finalmente chegou em casa, ela estava com um sorriso enorme estampado no rosto, já eu parecia uma doente prostrada.— Que humor maravilhoso é esse? Perguntei sem força.Ingrid: Olha só o que eu consegui.— O que é isso?Ela me entregou dois envelopes e quando eu abri eu vi que se tratava de dois convites pro evento da agência.— Mentira...Como você conseguiu isso?Ingrid: Esses são os benefícios de trabalhar com grandes marcas, eu ganhei um convite e outro pra um acompanhante, no caso você.— Você cismou mesmo com essa agência
Nossos olhos se encontraram, e o meu coração pulsou rápido e forte, então eu vi ele caminhando até o segurança e eu tive que chamar a atenção da Ingrid pra sairmos logo dali.— Ingrid, ele já nos viu, vamos embora agora.Ingrid: Eu não estou acreditando nisso Hana.— Nem eu, mas precisamos ir.Finalmente ela reagiu e nós tentamos sair de lá, mas quando chegamos na entrada, quatro seguranças barrou a nossa saída e tinha mais dois atrás da gente.Segurança: Sinto muito senhoritas, mas vocês não podem sair daqui.Ingrid: Isso é um absurdo, quem vocês pensam que são? Com que direito vocês querem manter a gente aqui?Segurança: Vocês precisam me acompanhar.O outro segurança falou atrás da gente.Ingrid: Nós não vamos pra lugar nenhum, manda aquele cretino do chefe de vocês liberar a gente ou eu vou chamar a polícia.Segurança: Se vocês não forem por bem, irão por mal.— Vamos Ingrid, não vai dar pra fugir disso.Ingrid: De jeito nenhum Hana, o Carter ainda tá agindo como se fosse o seu do
JONH*As vezes estamos tão feridos e consumidos por nossos traumas, que não conseguimos enxergar um futuro diferente daquilo que vivenciamos em nossa infância e adolescência, eu aprendi que eu não deveria propagar o mal exemplo que tive do meu pai, e que eu merecia um futuro diferente.Receber um abraço da Hana depois de ter entregado o meu coração pra ela foi a coisa mais emocionante que aconteceu na minha vida, aquela garota era maluca, birrenta, orgulhosa, mas era doce, carinhosa, amável e foi isso que fez com que ela me perdoasse, mas eu precisava conhecê-la melhor, eu precisava ter momentos com ela que me permitissem mudar os pensamentos que ela alimentou sobre mim.Depois do abraço longo, eu a encarei, e fui aproximando os meus lábios dos dela até beijá-la, aquele beijo doce e macio me deixou excitado e eu tive que me afastar.Hana: O que houve?— Vamos fazer as coisas diferentes dessa vez tá bom?Ela olhou pra minha ereção e sorriu, mas acabou balançando a cabeça concordando.
Com o passar do tempo a minha mãe começou a frequentar um clube, ela ia todos os fins de semana e ela passou a se sentir melhor, a fisionomia dela mudou, o humor dela mudou e até o jeito de se vestir e agir mudou, as coisas que o meu pai fazia já não estava mais incomodando ela, e quando ele transava com outra mulher dentro da nossa casa, a minha mãe dava um jeito de sair e quando ele ia pro quarto, ela não estava lá, então ele começou a desconfiar das mudanças de comportamento dela.Certa vez ela chegou em casa no dia seguinte, e ele passou a noite inteira perambulando pela casa esperando ela, e quando ela chegou ele partiu pra cima dela e exigiu saber onde ela estava, e ela disse na cara dele que estava fazendo o mesmo que ele, " Dando pra outro homem"... Ele deu um tapa no rosto dela tão forte que fez ela sangrar, mas aquele tapa foi o suficiente pra ela se rebelar contra ele, então ela foi até a cozinha, pegou uma faca e voltou até onde ele estava, ele se assustou e perguntou o qu