─ Por que você estava rindo? – Eu consegui finalmente perguntar. Ele esticou a mão e enxugou as lágrimas do meu rosto
─ Porque você me contagiou com o seu riso descontrolado. É impossível vê-la rindo e não rir também. Do mesmo modo que eu não posso vê-la sofrer sem sofrer junto. E você? Por que estava rindo?
─ Eu estava rindo da sua capacidade de falar mal de si mesmo. Você não precisa de ninguém pra fazê-lo. – Ele me puxa para si e encosta sua testa na minha – eu preciso que você acredite em cada palavra que eu disse.
─ Eu acredito. – Seus lábios cobrem os meus em um beijo urgente, desesperado. Jake força sua língua na minha boca e eu a chupo arrancando dele gemidos. Ele me empurra para baixo no imenso sofá e rasteja sobre mim. Através do tecido fino do vestido de festa eu sinto sua ereção sendo pressionada contra a minha virilha. Eu me vejo inconscientemente abrindo as pernas para facilitar o seu acesso e erguendo meus quadris de encontro ao seu membro duro para senti-lo pressionar naquele doce lugar. Eu estou sem fôlego, mas resisto em parar o beijo até que ele toma a decisão por mim
─ Precisamos conversar sobre as outras coisas que a deixaram com raiva – Eu não quero que ele pare. Eu quero que ele me leve e me faça esquecer qualquer coisa que tenha acontecido esta noite. Honestamente eu acho que apenas sua língua na minha boca e seu pau pressionando sobre o meu clitóris já me fez esquecer tudo. Por que diabos ele tem que trazer isso à tona agora?
─ Por favor, não pare. Seja o que for, não me parece mais tão importante agora. Eu quero você.
─ Eu também quero você, baby. Muito. Mas precisamos falar sobre isso. Você não pode simplesmente colocar isso de lado. Em algum momento isto ressurgirá e eu prefiro resolver isso logo.
─ O que há para ser resolvido.
─ Me diga você – ele volta a sentar-se e me puxa de volta a minha posição inicial. Eu fecho meus olhos momentaneamente tentando me manter calma
─ Jake, não seja um estraga prazeres. Você não pode me provocar dessa maneira e depois simplesmente me desligar. Não é assim que funciona.
Ele tem um sorriso irritante no rosto ─ Você está ligada? – Ele pergunta como se não soubesse.
─ Muito ligada.
Eu noto a pequena luta interna e, quando ele solta um suspiro impaciente, eu sei que eu perdi essa batalha
─ Eu não quero ser um estraga prazeres, como você acabou de insinuar que eu sou, apenas não acho que seja saudável para nós deixarmos as coisas que nos incomodam pra lá, pois em algum momento elas simplesmente voltarão para nos atormentar.
─ Jake, com exceção do assunto desagradável que nós acabamos de tratar, todo o resto foge da nossa alçada. Você não pode fazer nada para mudar a cabeça das pessoas e o que elas pensam sobre nós, ou melhor, sobre mim.
─ Mas isso incomoda você.
─ Sim. Isso me incomoda.
─ Eu queria poder fazer algo a respeito.
─ Você pode simplesmente preparar um pré-nupcial. Isso...
─ NÃO. Chega dessa história.
─ Mas não foi você mesmo que, há menos de um minuto, queria falar sobre isso?
Ele respira profundamente e alcança a sua cerveja na mesinha de centro. Jake toma um longo gole e ainda com a sua pequena garrafa na mão, ele se recosta no enorme sofá. Ele parece estar tentando reunir uma grande parcela de autocontrole. Depois do que parece uma eternidade, ele fala: ─ Sam eu quero falar sobre o que está te aborrecendo. Essa história de pré-nupcial é coisa antiga. Nós já resolvemos isso.
─ ISSO está me aborrecendo e, além do mais, NÓS não resolvemos nada, VOCÊ resolveu. VOCÊ foi o único a decidir sobre o pré-nupcial.
─ Não, Sam. Definitivamente esta não é a razão. O que as pessoas pensam tem sido a verdadeira razão. Mas, sejamos realistas, a mera existência de um acordo pré-nupcial não vai mudar o que as pessoas pensam sobre você.
─ Mas eu vou me sentir melhor sabendo que eu não estou tirando nenhuma vantagem da sua fortuna.
─ Que droga! – ele fica de pé abruptamente ─ Você tem que entender de uma vez por todas que eu quero dividir tudo que eu tenho com você. Meu amor, minha vida, minha casa, a porra da minha fortuna, até os meus problemas. Não é isso que os casais que se amam fazem? Eles não dividem as suas vidas? Isso não está em discussão, Samanta. Não tem uma maneira de eu me casar com você sem que automaticamente tudo que eu possuo seja seu. ─ Jake, você não soa como um homem de negócios. Você não está tomando uma atitude sensata. Eu poderia simplesmente ir embora com o seu dinheiro como o seu pai insinuou. O mais sensato é você querer proteger o seu patrimônio. Eu vou entender isso e as pessoas vão parar de falar que eu só estou interessada no seu dinheiro.
─ Samanta, eu confio em você. O meu pai que vá curar os traumas dele e as outras pessoas que vão se foder. Você não percebe que se você for embora não é com o dinheiro que eu vou me importar. Eu tenho muito dinheiro, Samanta. Mas nada disso vale a pena se eu não tenho com quem compartilhar a minha vida. E eu não gostei de ouvir essa possibilidade de você, não pelo dinheiro, mas porque eu não posso viver sem você. – Ele volta a sentar-se ao meu lado e segura meu rosto entre as suas mãos ─ Samanta, eu quero um amor pra toda a vida e é você. Você é a mulher que eu quero para ter e manter, para amar e cuidar, na saúde e na doença, todos os dias da minha vida. É você, baby. Só você. E eu não vou me contentar com menos do que isso.
Eu não percebi que meu rosto já estava banhado por lágrimas. Jake tem o poder de me tirar do sério, mas nada se compara ao poder que ele tem de colocar meu mundo nos eixos – Eu também quero você por toda a minha vida, Jake. Eu amo tanto você.
─ Então vamos fazer isso. Não vamos esmorecer a cada desafio que surgir. Vamos nos fortalecer. Eu não quero que você se importe com o que vão falar sobre você, pois não importa o que você faça, eles vão sempre falar do mesmo modo. Eu sei o porquê de você estar comigo e eu quero que você não tenha dúvidas do meu amor por você. O que o resto do mundo pensa sobre isso não nos interessa. Tudo bem?
Eu balanço a cabeça, ainda emocionada – Eu sinto muito.
─ Não quero que se desculpe por ser sincera comigo e dizer o que a magoa e aborrece. Eu quero que você se abra comigo. Quero saber se eu fiz algo que a machucou. Eu sei que posso fazer isso muitas vezes. Por isso, precisamos falar quando isso ocorrer. Eu vou resolver esse problema com July definitivamente. Você tem a minha palavra sobre isso. E quanto ao resto, eu sinto muito que você tenha que passar por isso, mas com o tempo isso vai diminuir, as pessoas vão se acostumar e nós vamos ser notícia velha. Eu não posso mudar quem eu sou, Samanta. Eu sou essa mala sem alça e cheia de pacotes adicionais – ele sorri um pouco triste ─ Você vai ter que se acostumar com todos esses adicionais. Afinal, você será a minha esposa.
─ Sim. Eu serei – eu digo com um sorriso bobo no rosto – e você não é uma mala sem alça.
Ele, repentinamente, me empurra contra o sofá e volta a ficar em cima de mim. Seus lábios estão mais uma vez me degustando e nosso beijo se prolonga me deixando quase sem fôlego. Seu membro volta a me pressionar contra o sofá. Nós continuamos de onde paramos e Jake puxa meu vestido pra cima, acumulando o tecido fino em volta da minha cintura. Ele se afasta um pouco para me observar e puxa o ar entre os dentes quando seus dedos me tocam através da renda da minha calcinha.─ Como você está molhada. – Ele desliza a calcinha pelas minhas pernas. Em seguida, enterra seu rosto no vértice entre as minhas coxas. Quando sua língua desliza pela minha fenda eu solto um gemido lascivo e abro um pouco mais as pernas para dar-lhe acesso. Jake abocanha meu clitóris, chupando veementemente enquanto sua mão desliza pelo meu corpo até alcançar a alça do meu vestido de festa. Ele escorregou uma alça e depois outra e puxou a parte superior do vestido para baixo, deixando meus seios à mostra. Ele continua
Sábado, 14 de setembro de 2013Eu acordo cedo, embora tenha motivos de sobra para estar cansada, tendo em vista as atividades do dia anterior. Primeiro a festa, algumas taças de champanhe e depois o melhor da noite que foi fazer amor com Jake. Mas, apesar de tudo eu estou desperta. Normalmente, quando eu acordo muito cedo, eu consigo voltar a dormir, porém isso não acontece hoje. Eu assisto Jake dormir por um tempo, ele parece estar bastante cansado e não dá sinais de quem vai acordar logo. Então eu, cuidadosamente, saio da cama e vou até o closet. Como eu dormi apenas de calcinha e camiseta eu escolho um short, apenas no caso de dar de cara com um dos seguranças. Depois eu desço até a cozinha para preparar o nosso café da manhã.Eu decido fazer uma salada de fruta, assim podemos comer no café da manhã e depois do almoço. Eu separo algumas frutas e as corto em pequenos pedaços, me livrando de algumas sementes. Por fim eu coloco todas em uma tigela, misturo com cuidado e deixo na gelad
─ Oi – eu cumprimento Jake da porta do seu escritório. Eu acabei de acordar e vi que já passa do meio-dia. Ele sorri assim que me vê e gesticula para que eu me aproxime. Eu caminho em torno da sua mesa e encosto-me a ela, ao lado da sua cadeira. Jake me puxa para que eu me sente no seu colo – Olá, baby. ─ Eu sinto muito por ter dormido tanto. Eu sequer preparei o nosso almoço. ─ Não se preocupe. Eu pedi algo do restaurante do hotel. ─ Você pensa em tudo. ─ Eu pensei que poderíamos almoçar e depois discutir algumas coisas do nosso casamento. ─ Como a data? – eu provoco. ─ Sim, Senhorita Miller. Principalmente a data. ─ Eu queria ter mais tempo para planejar tudo, Jake, mas eu também não queria me casar no inverno. Eu nunca passei um inverno em Nova York, mas sou bem-informada o suficiente para saber que é muito, muito frio. Além do mais os meus convidados vão congelar aqui – eu digo sorrindo – Por isso eu achei que dever
– Bem, como você está com pressa, eu suponho que outubro seja um bom mês, pois ainda não estaremos congelados por aqui – ele ri e eu acrescento – por falar nisso eu não deveria me casar com você antes de experimentar o inverno daqui – a cara de pânico de Jake deixa claro que foi uma péssima piada – foi uma piada, Jake. Ele imediatamente desfaz sua cara de pânico e continua o planejamento como se eu não tivesse dito nada ─ Pra mim é perfeito, isso significa que temos cerca de um mês. Mas e o dia? ─ Eu gostaria que fosse num sábado e, espere um instante – eu pego o meu iphone e acesso o calendário. Meu rosto se parte em dois – dia 12 de outubro parece uma data perfeita, pena que isso nos daria pouco menos de um mês. ─ Não teria problema. Nós conseguimos. Mas, por que 12 de outubro seria perfeito? ─ É o dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, e do descobrimento da América – eu dou de ombros – Não tem muito a ver, mas, no Brasil também é
Nós continuamos o nosso planejamento e pouco a pouco o mal-estar foi se dissipando entre nós. Eu telefonei pra Carol e tivemos um longo papo sobre o meu casamento e sobre a empresa. Ela começou efetivamente a trabalhar lá na última semana. Nos primeiros dois dias, como eu não podia ir até a GE, ela veio aqui quase todos os dias na parte da manhã e, à tarde, ela ia pra GE. Lá ela utilizou uma sala improvisada enquanto a reforma da minha antiga sala não era concluída. Mas na quinta-feira ela já se instalou na sala nova. Eu estava enfatizando pra ela o quanto é importante que ela consiga estar a par de tudo até o meu casamento. Para que eu possa ir tranquila para a minha lua de mel. Afinal tanto eu como Jake estaremos fora da empresa e em um período tão delicado, onde perdemos uma série de funcionários. Ela está empolgadíssima com o emprego novo e eu estou feliz de tê-la por perto. Eu também chamei Eve e passamos um longo tempo ao telefone discutindo algumas ideias. Ela me passou o tel
Segunda-feira, 16 de setembro de 2013─ Bom dia, família! – Kate saúda ao entrar na cozinha.─ Bom dia – Eu e Jake respondemos em uníssono─ Eu não achei que hoje você estaria de pé tão cedo hoje. – Eu digo enquanto encho uma xícara de café para ela─ Eu também pensei. Mas eu tenho um despertador humano chamado Ethan que não me deixa perder a hora. Mas, sobre ontem, foi incrível. Eu realmente me diverti bastante. – Nós tivemos um dia agitado ontem: almoçamos no hotel com Ethan e Kate e em seguida nos encontramos com a cerimonialista que vai cuidar do nosso casamento. Eu gostei muito dela e logo de cara ela captou aquilo que eu quero para o nosso grande dia. E o que é melhor, ela está se empenhando em acomodar os meus gostos com o tradicional americano. Kate parecia uma criança, empolgada com tudo e radiante com o fato dela ser uma das madrinhas, como se ela não ser fosse uma opção. Eu fiquei impressionada com a quantidade de detalhes que é necessário pensar para um casamento, mas fiqu
Quando ele sai, fechando a porta atrás de si, eu me sento na minha mesa e chamo minha assistente – Por favor, Nicole, chame Carol aqui e agende uma reunião com a equipe na parte da tarde na grande sala. Eu quero apresentar Carol oficialmente e comunicar algumas mudanças. Eu também gostaria que você trouxesse os relatórios da semana anterior para que eu os analise, assim como os documentos que eu preciso assinar. Poucos minutos depois Carol está na minha sala e nós trabalhamos por duas horas. Eu pedi a Nicole que agendasse uma reunião com Harold no final da tarde para que ambos discutam algumas coisas a respeito do novo contrato com a GE. ─ Você já tem planos para o almoço? – eu pergunto a Carol.─ Agora eu tenho. Onde você gostaria de ir?─ Bem, tem um restaurante aqui perto. Eu não tenho saído muito por conta de tudo que aconteceu. Talvez consigamos escapa
Eu olho pra Carol e ela tem um sorriso perverso no rosto ─ Faça uma cara de culpada, pelo menos – eu sussurro pra ela.─ Eu? Eu não fiz nada. Fui apenas usada.─ Traidora – eu brinco e assim que eu me acomodo no branco traseiro do carro.Dylan fecha a porta e se senta no banco do motorista. Jordan se senta ao seu lado e me oferece seu telefone. ─ O Sr. Grenn está na linha. Ele quer falar com a senhorita.Eu pego o aparelho e hesito um pouco antes de falar – Jake.─ Samanta, você quer me matar? – ele dá uma ênfase ao meu nome e eu posso ter uma ideia do quão aborrecido ele está.─ Jake, eu apenas fui almoçar com a minha amiga.─ Eu não estou proibindo você de ver a sua amiga. Mas você não podia escapar da segurança desse jeito.─ Você sabe que eu não gosto de andar com dois armários me persegu