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CAPÍTULO 1.4

─ Por que você estava rindo? – Eu consegui finalmente perguntar. Ele esticou a mão e enxugou as lágrimas do meu rosto

─ Porque você me contagiou com o seu riso descontrolado. É impossível vê-la rindo e não rir também. Do mesmo modo que eu não posso vê-la sofrer sem sofrer junto. E você? Por que estava rindo?

─ Eu estava rindo da sua capacidade de falar mal de si mesmo. Você não precisa de ninguém pra fazê-lo. – Ele me puxa para si e encosta sua testa na minha – eu preciso que você acredite em cada palavra que eu disse.

─ Eu acredito. – Seus lábios cobrem os meus em um beijo urgente, desesperado. Jake força sua língua na minha boca e eu a chupo arrancando dele gemidos. Ele me empurra para baixo no imenso sofá e rasteja sobre mim. Através do tecido fino do vestido de festa eu sinto sua ereção sendo pressionada contra a minha virilha. Eu me vejo inconscientemente abrindo as pernas para facilitar o seu acesso e erguendo meus quadris de encontro ao seu membro duro para senti-lo pressionar naquele doce lugar. Eu estou sem fôlego, mas resisto em parar o beijo até que ele toma a decisão por mim

─ Precisamos conversar sobre as outras coisas que a deixaram com raiva – Eu não quero que ele pare. Eu quero que ele me leve e me faça esquecer qualquer coisa que tenha acontecido esta noite. Honestamente eu acho que apenas sua língua na minha boca e seu pau pressionando sobre o meu clitóris já me fez esquecer tudo. Por que diabos ele tem que trazer isso à tona agora?

─ Por favor, não pare. Seja o que for, não me parece mais tão importante agora. Eu quero você.

─ Eu também quero você, baby. Muito. Mas precisamos falar sobre isso. Você não pode simplesmente colocar isso de lado. Em algum momento isto ressurgirá e eu prefiro resolver isso logo.

─ O que há para ser resolvido.

─ Me diga você – ele volta a sentar-se e me puxa de volta a minha posição inicial. Eu fecho meus olhos momentaneamente tentando me manter calma

─ Jake, não seja um estraga prazeres. Você não pode me provocar dessa maneira e depois simplesmente me desligar. Não é assim que funciona.

Ele tem um sorriso irritante no rosto ─ Você está ligada? – Ele pergunta como se não soubesse.

─ Muito ligada.

Eu noto a pequena luta interna e, quando ele solta um suspiro impaciente, eu sei que eu perdi essa batalha

─  Eu não quero ser um estraga prazeres, como você acabou de insinuar que eu sou, apenas não acho que seja saudável para nós deixarmos as coisas que nos incomodam pra lá, pois em algum momento elas simplesmente voltarão para nos atormentar.

─ Jake, com exceção do assunto desagradável que nós acabamos de tratar, todo o resto foge da nossa alçada. Você não pode fazer nada para mudar a cabeça das pessoas e o que elas pensam sobre nós, ou melhor, sobre mim.

─ Mas isso incomoda você.

─ Sim. Isso me incomoda.

─ Eu queria poder fazer algo a respeito.

─ Você pode simplesmente preparar um pré-nupcial. Isso...

─ NÃO. Chega dessa história.

─ Mas não foi você mesmo que, há menos de um minuto, queria falar sobre isso?

Ele respira profundamente e alcança a sua cerveja na mesinha de centro. Jake toma um longo gole e ainda com a sua pequena garrafa na mão, ele se recosta no enorme sofá. Ele parece estar tentando reunir uma grande parcela de autocontrole. Depois do que parece uma eternidade, ele fala: ─ Sam eu quero falar sobre o que está te aborrecendo. Essa história de pré-nupcial é coisa antiga. Nós já resolvemos isso.

─ ISSO está me aborrecendo e, além do mais, NÓS não resolvemos nada, VOCÊ resolveu. VOCÊ foi o único a decidir sobre o pré-nupcial.

─ Não, Sam. Definitivamente esta não é a razão. O que as pessoas pensam tem sido a verdadeira razão. Mas, sejamos realistas, a mera existência de um acordo pré-nupcial não vai mudar o que as pessoas pensam sobre você.

─ Mas eu vou me sentir melhor sabendo que eu não estou tirando nenhuma vantagem da sua fortuna.

─ Que droga! – ele fica de pé abruptamente ─ Você tem que entender de uma vez por todas que eu quero dividir tudo que eu tenho com você. Meu amor, minha vida, minha casa, a porra da minha fortuna, até os meus problemas. Não é isso que os casais que se amam fazem? Eles não dividem as suas vidas? Isso não está em discussão, Samanta. Não tem uma maneira de eu me casar com você sem que automaticamente tudo que eu possuo seja seu. ─ Jake, você não soa como um homem de negócios. Você não está tomando uma atitude sensata. Eu poderia simplesmente ir embora com o seu dinheiro como o seu pai insinuou. O mais sensato é você querer proteger o seu patrimônio. Eu vou entender isso e as pessoas vão parar de falar que eu só estou interessada no seu dinheiro.

─ Samanta, eu confio em você. O meu pai que vá curar os traumas dele e as outras pessoas que vão se foder. Você não percebe que se você for embora não é com o dinheiro que eu vou me importar. Eu tenho muito dinheiro, Samanta. Mas nada disso vale a pena se eu não tenho com quem compartilhar a minha vida. E eu não gostei de ouvir essa possibilidade de você, não pelo dinheiro, mas porque eu não posso viver sem você. – Ele volta a sentar-se ao meu lado e segura meu rosto entre as suas mãos ─ Samanta, eu quero um amor pra toda a vida e é você. Você é a mulher que eu quero para ter e manter, para amar e cuidar, na saúde e na doença, todos os dias da minha vida. É você, baby. Só você. E eu não vou me contentar com menos do que isso.

Eu não percebi que meu rosto já estava banhado por lágrimas. Jake tem o poder de me tirar do sério, mas nada se compara ao poder que ele tem de colocar meu mundo nos eixos – Eu também quero você por toda a minha vida, Jake. Eu amo tanto você.

─ Então vamos fazer isso. Não vamos esmorecer a cada desafio que surgir. Vamos nos fortalecer. Eu não quero que você se importe com o que vão falar sobre você, pois não importa o que você faça, eles vão sempre falar do mesmo modo. Eu sei o porquê de você estar comigo e eu quero que você não tenha dúvidas do meu amor por você. O que o resto do mundo pensa sobre isso não nos interessa. Tudo bem?

Eu balanço a cabeça, ainda emocionada – Eu sinto muito.

─ Não quero que se desculpe por ser sincera comigo e dizer o que a magoa e aborrece. Eu quero que você se abra comigo. Quero saber se eu fiz algo que a machucou. Eu sei que posso fazer isso muitas vezes. Por isso, precisamos falar quando isso ocorrer. Eu vou resolver esse problema com July definitivamente. Você tem a minha palavra sobre isso. E quanto ao resto, eu sinto muito que você tenha que passar por isso, mas com o tempo isso vai diminuir, as pessoas vão se acostumar e nós vamos ser notícia velha. Eu não posso mudar quem eu sou, Samanta. Eu sou essa mala sem alça e cheia de pacotes adicionais – ele sorri um pouco triste ─ Você vai ter que se acostumar com todos esses adicionais. Afinal, você será a minha esposa.

─ Sim. Eu serei – eu digo com um sorriso bobo no rosto – e você não é uma mala sem alça.

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