─ Oi – eu cumprimento Jake da porta do seu escritório. Eu acabei de acordar e vi que já passa do meio-dia. Ele sorri assim que me vê e gesticula para que eu me aproxime. Eu caminho em torno da sua mesa e encosto-me a ela, ao lado da sua cadeira. Jake me puxa para que eu me sente no seu colo – Olá, baby. ─ Eu sinto muito por ter dormido tanto. Eu sequer preparei o nosso almoço. ─ Não se preocupe. Eu pedi algo do restaurante do hotel. ─ Você pensa em tudo. ─ Eu pensei que poderíamos almoçar e depois discutir algumas coisas do nosso casamento. ─ Como a data? – eu provoco. ─ Sim, Senhorita Miller. Principalmente a data. ─ Eu queria ter mais tempo para planejar tudo, Jake, mas eu também não queria me casar no inverno. Eu nunca passei um inverno em Nova York, mas sou bem-informada o suficiente para saber que é muito, muito frio. Além do mais os meus convidados vão congelar aqui – eu digo sorrindo – Por isso eu achei que dever
– Bem, como você está com pressa, eu suponho que outubro seja um bom mês, pois ainda não estaremos congelados por aqui – ele ri e eu acrescento – por falar nisso eu não deveria me casar com você antes de experimentar o inverno daqui – a cara de pânico de Jake deixa claro que foi uma péssima piada – foi uma piada, Jake. Ele imediatamente desfaz sua cara de pânico e continua o planejamento como se eu não tivesse dito nada ─ Pra mim é perfeito, isso significa que temos cerca de um mês. Mas e o dia? ─ Eu gostaria que fosse num sábado e, espere um instante – eu pego o meu iphone e acesso o calendário. Meu rosto se parte em dois – dia 12 de outubro parece uma data perfeita, pena que isso nos daria pouco menos de um mês. ─ Não teria problema. Nós conseguimos. Mas, por que 12 de outubro seria perfeito? ─ É o dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, e do descobrimento da América – eu dou de ombros – Não tem muito a ver, mas, no Brasil também é
Nós continuamos o nosso planejamento e pouco a pouco o mal-estar foi se dissipando entre nós. Eu telefonei pra Carol e tivemos um longo papo sobre o meu casamento e sobre a empresa. Ela começou efetivamente a trabalhar lá na última semana. Nos primeiros dois dias, como eu não podia ir até a GE, ela veio aqui quase todos os dias na parte da manhã e, à tarde, ela ia pra GE. Lá ela utilizou uma sala improvisada enquanto a reforma da minha antiga sala não era concluída. Mas na quinta-feira ela já se instalou na sala nova. Eu estava enfatizando pra ela o quanto é importante que ela consiga estar a par de tudo até o meu casamento. Para que eu possa ir tranquila para a minha lua de mel. Afinal tanto eu como Jake estaremos fora da empresa e em um período tão delicado, onde perdemos uma série de funcionários. Ela está empolgadíssima com o emprego novo e eu estou feliz de tê-la por perto. Eu também chamei Eve e passamos um longo tempo ao telefone discutindo algumas ideias. Ela me passou o tel
Segunda-feira, 16 de setembro de 2013─ Bom dia, família! – Kate saúda ao entrar na cozinha.─ Bom dia – Eu e Jake respondemos em uníssono─ Eu não achei que hoje você estaria de pé tão cedo hoje. – Eu digo enquanto encho uma xícara de café para ela─ Eu também pensei. Mas eu tenho um despertador humano chamado Ethan que não me deixa perder a hora. Mas, sobre ontem, foi incrível. Eu realmente me diverti bastante. – Nós tivemos um dia agitado ontem: almoçamos no hotel com Ethan e Kate e em seguida nos encontramos com a cerimonialista que vai cuidar do nosso casamento. Eu gostei muito dela e logo de cara ela captou aquilo que eu quero para o nosso grande dia. E o que é melhor, ela está se empenhando em acomodar os meus gostos com o tradicional americano. Kate parecia uma criança, empolgada com tudo e radiante com o fato dela ser uma das madrinhas, como se ela não ser fosse uma opção. Eu fiquei impressionada com a quantidade de detalhes que é necessário pensar para um casamento, mas fiqu
Quando ele sai, fechando a porta atrás de si, eu me sento na minha mesa e chamo minha assistente – Por favor, Nicole, chame Carol aqui e agende uma reunião com a equipe na parte da tarde na grande sala. Eu quero apresentar Carol oficialmente e comunicar algumas mudanças. Eu também gostaria que você trouxesse os relatórios da semana anterior para que eu os analise, assim como os documentos que eu preciso assinar. Poucos minutos depois Carol está na minha sala e nós trabalhamos por duas horas. Eu pedi a Nicole que agendasse uma reunião com Harold no final da tarde para que ambos discutam algumas coisas a respeito do novo contrato com a GE. ─ Você já tem planos para o almoço? – eu pergunto a Carol.─ Agora eu tenho. Onde você gostaria de ir?─ Bem, tem um restaurante aqui perto. Eu não tenho saído muito por conta de tudo que aconteceu. Talvez consigamos escapa
Eu olho pra Carol e ela tem um sorriso perverso no rosto ─ Faça uma cara de culpada, pelo menos – eu sussurro pra ela.─ Eu? Eu não fiz nada. Fui apenas usada.─ Traidora – eu brinco e assim que eu me acomodo no branco traseiro do carro.Dylan fecha a porta e se senta no banco do motorista. Jordan se senta ao seu lado e me oferece seu telefone. ─ O Sr. Grenn está na linha. Ele quer falar com a senhorita.Eu pego o aparelho e hesito um pouco antes de falar – Jake.─ Samanta, você quer me matar? – ele dá uma ênfase ao meu nome e eu posso ter uma ideia do quão aborrecido ele está.─ Jake, eu apenas fui almoçar com a minha amiga.─ Eu não estou proibindo você de ver a sua amiga. Mas você não podia escapar da segurança desse jeito.─ Você sabe que eu não gosto de andar com dois armários me persegu
─ Olá, Samanta. O jantar estará pronto em meia-hora.─ Olá Bertha, eu não estou com fome agora. Eu tenho algumas coisas pra cuidar. Mais tarde eu como.─ Tudo bem, querida. Qualquer coisa é só chamar. Após um banho relaxante eu coloco uma camisa de Jake. Segurando meu notebook, eu desço para encontrar Bertha ainda na cozinha ─ Quer jantar agora?─ Não, Bertha. Eu realmente estou sem fome. Vá descansar. Jake não vem jantar em casa e, se eu tiver fome mais tarde, eu esquento a comida. Boa noite.─ Tudo bem. Boa noite – ela sai e eu me sento no balcão da cozinha com o meu computador e respondo os e-mails da minha mãe, de Bia e da cerimonialista sobre algumas escolhas para o casamento. Meu telefone vibra com uma mensagem. É de Carol.Carol: Deus! Achei que você tinha dito que Harold era um cara legal.Sam: Ele é. O que houve
CAPÍTULO 4Terça-feira, 17 de setembro de 2013Ainda está escuro lá fora. Eu vejo através da grande janela de vidro. Está quente, muito quente. Os braços e pernas de Jake estão em volta de mim como um cobertor. Ela não está mais vestindo o terno que usava quando chegou em casa. Deve ter se levantado depois que adormeci e tomado um banho. Eu tento me desvencilhar do seu abraço, mas assim que eu faço um pequeno movimento ele aperta os braços ainda mais e acorda. Eu ergo minha cabeça para encontrar seus olhos sonolentos me fitando confuso. Ele afrouxa o aperto dos seus braços e leva uma mão até o meu rosto para acariciar. Eu apenas olho e ele continua acariciando meu rosto como se não quisesse iniciar qualquer discussão. Depois do que pareceu uma eternidade ele fala: ─ Eu sinto muito – sua voz rouca, cheia de preocupação e amor.─ Eu também. Eu não devia...─ Eu não queria assustar você. Mas eu assustei, não é?─ Eu balanço a cabeça afirmativamente─ Eu estava zangado com você por fugir,