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CAPÍTULO 03 - CARTER

Carter

Ontem, depois de um jantarzinho de merda e de mostrar para a minha futura noiva quem é que manda, resolvi voltar para casa, sei que terei muito trabalho com aquela menina desobediente, mas, eu vou com certeza ter muito prazer em mostrar para ela, quem está no comando.

— Jessica!

— Sim senhor.

— Quero que arrume um dos quartos de hóspede no andar de cima.

— Para quem senhor?

— Que eu saiba não lhe devo satisfação, faça o que eu mandei e tem mais, me casarei daqui um mês, não se esqueça do seu lugar, nunca deve me tratar diferente na frente da minha esposa.

 — Vai casar-se novamente, senhor?

— Sim! Por que a pergunta?

— Pensei que depois da morte de sua mulher, não fosse se casar novamente, não foi isso que sempre disse?

— Isso quem decide sou eu, não você, não esqueça o seu lugar nessa casa.

— Sim senhor.

— Agora suma da minha frente, vá fazer seu trabalho, peça para que o Hernandes venha até o meu escritório.

— Sim senhor.

Vou para o meu escritório, preciso resolver alguns assuntos sobre a nova compra, aquele velho burro, comprei dois pelo preço de um. Pelo que percebi, ele não gosta da filha, melhor ainda, então não vai ficar no meu pé quando eu fizer o que pretendo com ela, assim que seguro o copo para colocar a minha bebida, ouço uma batida na porta.

— Entre!

— Mandou me chamar, senhor?

— Sim! Quero que mande fazer uma auditoria na empresa dos Barrett, acabei de comprar. E quero que investigue tudo sobre essa família, todos eles.

— Sim senhor, eu começarei isso agora mesmo.

— Hernandes, eu irei me casar com a filha dos Barrett, então, isso precisa estar pronto antes de um mês, meus advogados já fizeram o contrato, e já foi assinado por ele, sem nem mesmo ler, e quando eu disse que pagaria um valor a mais se ele me vendesse a sua filha, ele aceitou sem questionar, pelo que percebi, ele venderia até sua mãe se eu tivesse proposto.

— E o senhor pediu sua filha como parte do pagamento?

— Sim.

— Ele aceitou fazer uma loucura dessas.

— Sim! O homem é ganancioso, só pensa nele e na puta da mulher, que para mim é horrível com o tanto de cirurgias que tem, além de muito Botox na cara.

— E o que o senhor pretende fazer com ela.

— Vou me casar, isso não basta?

— Mas o senhor não disse que não iria se casar novamente? Por que mudou de ideia?

— Mudei de ideia quando me deparei com a foto da filha dele em cima da mesa, ela é nova e muito bonita, nada mais justo que me casar com uma pessoa que pelo visto nunca foi tocada por outros homens, quer dizer, assim espero, e mesmo que tenha sido, eu serei o seu último.

— Mas senhor, não gosta da garota, porque está fazendo isso, nunca gostou de ficar com ninguém, só ficou com a Isabella por causa do pai dela, mas todos sabiam que nunca a amou, nem mesmo no velório o senhor quis ir.

— Posso ter mudado.

— Senhor, me desculpe, mas, eu não acredito nisso, convivo com o senhor a vinte anos e nunca o vi mudar, sei o jeito que trata as mulheres, eu só espero que essa menina não sofra como as outras, pelo visto ela é inocente, e o senhor está trazendo-a para o seu mudo de escuridão.

— Vai depender dela, quem sabe ela não se torne a mulher que estou procurando, que saiba aplacar esse meu desejo insano.

— Nunca dependeu delas, senhor, até hoje eu não entendo o porquê de tanta raiva, por que ainda é tão frio, já se passou tanto tempo, olha onde conseguiu chegar, não há mais necessidade de ser assim.

— Jamais vou esquecer. Sabe o que tive que passar, tudo que me fizeram não tem como esquecer, tem uma parte do meu corpo que ainda guarda as marcas deixadas por eles, então não me peça para fazer isso, agora saia, vá fazer o que te mandei.

— Sim senhor, só não se esqueça de que ela não tem culpa do seu passado, eu também sofri, e consegui esquecer, para me tornar um ser humano melhor não pude carregar a dor que me fizeram para sempre, se eu consegui o senhor também consegue.

— Infelizmente não consigo. Todas as noites quando vou dormir, ainda sinto tudo, a escuridão toma o meu ser.

— Se está assim, senhor, deveria ter procurado um especialista, ele com certeza vai poder ajudá-lo a arrancar tudo o que guarda dentro de si.

— Duvido muito disso, está impregnado dentro do meu ser, para que alguém jamais consiga tirar.

— O senhor é quem sabe, mas, já estou com muita pena dessa menina, ela não sabe com quem vai se casar.

— Tenho certeza de que logo vai descobrir, hoje mesmo já mostrei que não sou qualquer homem, não serei manipulado por nenhuma mulher e não será ela quem vai conseguir isso.

— O que o senhor fez?

— Bati nela na frente de seu pai, que não fez nada para impedir, tanto ele, como a mulher não ousariam, já que depende de mim.

— Como um pai deixa qualquer homem bater em sua filha, sem se importar?

— Como te disse, ele é ganancioso, só pensa em dinheiro, não ia me afrontar, sabendo que poderia perder tudo.

— Tendo eles como pais, ela não precisa de inimigos, pois tem dois dentro de casa.

— Não me importo, a partir do momento em que ela entrar nessa casa, será do meu jeito, sem pai e mãe para ajudá-la, agora saia e vá trabalhar.

— Sim senhor.

 Depois que eu saí daquele inferno, a única pessoa que me apoiou foi Hernandes, ele sempre esteve comigo, mesmo nos momentos mais difíceis que passei, lá estava ele, sempre me ajudando como podia, não poderia deixá-lo continuar lá, por isso, assim que consegui a minha primeira empresa, eu fui buscá-lo, isso não agradou muito o chefe, mas como deixei claro que não pretendia voltar, a quantia que lhe entrei foi o suficiente, ele revolveu aceitar perder mais um.

Viro o copo que está em minha mão de uma vez só, o líquido desce queimando pela minha garganta, pego a minha carteira e o celular, arrumo meu terno e saio da sala, assim que chego no lado de fora, o meu motorista já está me esperando, mando que ele siga para a empresa.

Quando o carro para na frente da Drawbank Financ, não me canso de admirar esse prédio.

Eu mandei construí-lo para tornar o meu sonho possível, essa minha financiadora compra empresas falidas, arruma e depois vende com o lucro duas vezes maior, desço do carro e quando passo pela porta giratória, todos me olham, porque eu sempre subo pelo elevador reservado para mim, mas, gosto de passar aqui para ver a cara de todos.

Sigo até o elevador, e quando as portas se abrem, só escuto os burburinhos deles, me viro e os encaro, sei muito bem o que todos pensam de mim, acham que eu consegui erguer o meu império porque sou filho de um pai rico. Eles nem imaginam o que passei para chegar onde estou, acham que sou como eles, um bando de abrutes. Quando o elevador para no meu andar e as portas se abrem, a visão que tenho da janela a minha frente é deslumbrante, consigo visualizar a maior parte da Austrália.

— Bom dia senhor — diz Carla minha secretária.

— Bom dia, me traga um café e a minha agenda.

— Sim senhor, eu já estou indo. Assim que entro vou logo tirando o meu paletó e a minha gravata, preciso tirar o estresse de ontem e a Carla, será a puta da vez, ela entra toda sem graça com o meu café nas mãos.

— Feche a porta — falo e ela sabe que não estou para brincadeira.

Vou até o sofá e me sento, a chamo, aponto para a minha calça, o meu pau esta duro, preciso gozar logo.

— Venha e me chupe.

Ela se ajoelha na minha frente, abre a minha calça e assim que faz isso o meu pau salta para fora, ela então o segura com suas mãos e me olha, sei muito bem que ela gosta disso.

— É para me chupar e não ficar me olhando, caralho.

Prendo seu cabelo entre minhas mãos e direciono sua cabeça até sentir sua boca envolvê-lo até certo ponto, não satisfeito, empurro até sentir que o meu pau está todo dentro de sua boca. Segurando firme, comando seus movimentos com força e ele entra até o talo, vejo-a tentar tirar, mas, eu não deixo. Quanto mais ela tenta, mais eu acelero e mais força eu coloco, quanto sinto que vou gozar, seguro firme, jogo minha cabeça para trás e entredentes, digo.

— Engula a minha porra toda, sua puta, não quero uma gota fora, ouviu? — volvo minha cabeça em sua direção e ela só balança a cabeça presa em minha mão.

— Saia, vá se arrumar lá fora.

— Mas senhor alguém pode me ver assim.

— Você acha que ninguém sabe o que você faz dentro da minha sala, acha que todos pensam que está realmente trabalhando, suma da minha frente agora, traga outro café esse já está frio e não demore.

— Sim... Sim senhor.

Assim que ela sai da sala, sigo então para o banheiro, quando saio, vejo meu café em cima da mesa, meu dia só está começando. Começo a trabalhar analisando os pedidos de financiamentos de outras empresas, quando o telefone toca.

— Fala Carla!

— Senhor, tem um homem na linha que diz que precisa falar com o senhor com urgência.

— De quem se trata?

— Ele não disse o nome, mas, falou que são amigos de longa data.

— Passe a ligação.

— Sanders, precisamos conversar.

— Reconheci a voz assim que atendi, não temos nada para conversar.

— Precisamos de sua ajuda, não pode virar as contas para quem te ajudou quando mais precisou.

— Eu sei muito bem o preço que paguei pela ajuda que me deram, não tenho nada mais com vocês, e nunca mais me ligue, esqueça que eu existo assim como eu já esqueci que vocês existem.

— Um dia iremos acertar as nossas contas, você vai se arrepender por isso.

— Não esqueça que eu não tenho medo de você, se está onde está foi porque eu o coloquei.

 — Você não tem ideia de como as coisas mudaram esses anos todos, não sabe com quem está lidando agora, mas farei uma visitinha muito em breve, assim vai poder ver por si mesmo quem eu sou agora.

— Pelo contrário, quem não sabe é você, então para o seu bem, nunca mais me procure ou apareça na minha frente.

Desligo o telefone na cara dele, sem dar chance de ele continuar falando, mas que merda, ligo para Hernandes, para que ele consiga mais seguranças para a minha casa e para mim, eu sei que essa ameaça tem fundamento, ele nunca foi homem de falar e não fazer. Assim que desligo, jogo tudo que está em cima da mesa no chão, tento respirar fundo, essa merda não pode voltar nunca mais, meu passado está enterrado e tem que ficar assim, pego as minhas coisas e saio.

— Carla, eu vou embora, qualquer coisa ligue para o Hernandes que ele resolve.

— Sim senhor.

Chego à garagem e o motorista está dormindo dentro do carro, entro e bato a porta com força.

— Não lhe pago para dormir no serviço.

— Desculpe senhor, não irá acontecer novamente.

— Assim espero, vamos para casa.

— Sim senhor.

O caminho é feito em trinta minutos, assim que ele para o carro, eu desço e vou direto para o meu quarto, e assim que entro começo a quebrar tudo.

“Que merda, caralho, nunca vou me livrar disso, inferno, tudo por culpa daquela m*****a, eu vou te achar nem que eu tenha que ir ao inferno para isso, se não morreu eu irei te matar.”

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