Capítulo VI
Uma noite de amor
Uma mensagem chegou ao meu celular as vinte e uma horas. Era Eric.
Estou no estábulo, venha devagar para não assustar os cavalos.
Não houve jeito. Assim que consegui sair de casa com todo cuidado com o barulho da porta e cheguei ao estábulo, alguns cavalos fizeram barulho. Eles não me conheciam. Avistei Eric fazendo um aceno para que eu fizesse silêncio, com o dedo na frente dos lábios. Escondi-me da luz que se acendeu no quarto da minha mãe. Ele se aproximou de mim.
- A luz acendeu?
- Sim.
- Precisamos sair logo daqui. - Ele olhava ao redor, procurando uma maneira de passarmos sem ser vistos - Seu pai vai buscar uma espingarda e vai vir ver o que está acontecendo. Vamos logo.
Eric segurou a minha mão e começou a me puxar para trás do e
Atenção, capítulo com hot intenso! Para maiores! Obrigada a quem chegou até aqui, deixe um comentário, eu vou adorar responder! Beijinhos
Capítulo VII O que os olhos veem, o coração sente Os dias se passaram e eu não via a hora de ver Eric novamente. Nós nos falávamos pelo celular todos os dias e ele me contava os avanços com as negociações da sua terra. Eu também fiz um enorme progresso com Mirella, organizando uma escola improvisada no terreno dos pais dela. Era um pouco longe da fazenda mas aquele projeto pessoal era algo que vinha do coração e que eu daria o meu melhor para levar adiante. Fui algumas vezes ao centro da cidade comprar livros para organizar uma pequena biblioteca para as crianças. Assim que entrei na livraria meus olhos brilharam de lágrimas ao ver tantos livros dispostos nas estantes sem que aquelas crianças tivessem acesso a eles. Elas não tinham conhecimento e muito menos dinheiro para adquirir um. Machado de Assis, Clarice Lispector, Jorge Amado entre tantos outros da nossa Lite
Capítulo VIII O que os olhos veem, o coração sente Acordei nos braços de Eric, dentro da caminhonete. Senti um pano úmido sobre minha testa e bochecha e sua voz se fazia cada vez mais alta em meus ouvidos. - Alice? Alice? A luz do Sol pela janela do carro me cegava a visão. Pisquei várias vezes e finalmente voltei meu olhar a ele. Lembrei do que me fizera apagar. - Ah você voltou, pensei que ia ter que te levar ao hospital e depois como explicar isso a todo mundo? O horror tomou conta de mim novamente. A hipótese de ser irmã dele e termos transado aquelas duas vezes me horrorizava. Levantei a cabeça e o corpo, muito mal. - Eu... - Tentei me expressar - Não sei o que fazer. Ele bufou e se ajeitou no banco traseiro. - Com relação a que? A n
Capítulo IXO que os olhos não veem, o coração não sentePisquei os olhos algumas vezes. Era tudo verdade. Eu não estava em um pesadelo, ou pelo menos, não dormindo. O corpo estava pesado do sofrimento da mente. Dizem que o estresse cansa mais do que uma faxina e é bem verdade. Eu parecia doente, me sentia exausta. Levantei-me da cama para ir tomar café e ver se meu pai já tinha assassinado Breno. Vesti um vestido floral rosado e prendi os cabelos em um rabo de cavalo, calcei sandálias de dedo. Ao sair do quarto, vi que a porta de Breno já estava aberta. Que pesadelo, onde ele poderia estar? A porta do quarto da minha mãe também estava aberta e para minha surpresa ela arrumava sua cama, ali sozinha. Ela me viu e parou o que fazia
Capítulo X A cavalhada Era domingo de manhã. A Cavalhada ia começar. Eu sabia que a cidade devia estar lotada de turistas de outros Estados e de outras cidades vizinhas por isso optei por não levar os livros até Mirella. A estrada estaria cheia. Os vestidos que minha mãe tinha costurado para minha irmã e eu eram lindos. O meu vestido era rosa antigo estilo vitoriano com rendas no decote e uma saia com três babados de renda. Eu parecia uma senhorita do século passado. Minha mãe não tinha conhecimento para saber como seriam os vestidos daquela época então costurou dois vestidos iguais, mas de cores diferentes, os quais ela tinha pesquisado na internet. Eram lindos mesmo assim. Ana Maria já estava lá com Beatriz, experimentando. - Mãe! A senhora esqueceu que eu estou com esse barrigão! - Ela ria. Nós nos olhamos, as três, rindo. Ana Maria teve q
Capítulo XIA dor da amante trágicaSegunda-feira. Amanheceu o dia sem que eu conseguisse pregar o olho. Estava exausta de passar a noite pensando no que tinha acontecido. Rezava para não estar no meu período fértil. Assim que meus pais saíram para a Cavalhada, depois de me perturbarem muito para ir, decidi levar os livros para a biblioteca no terreno de Mirella. Quando estava chegando, recebi notificação no celular.Você não veio por quê? Alice, eu tentei fugir do que sentimos, mas é impossível, vamos ter que encarar isso como adultos que somos agora.
Capítulo XIIGuerra de coraçõesEu estava preparando minhas malas para ir para Goiânia fazer o teste de DNA. Meu pai entrou no quarto junto com minha mãe. Eles discutiam.- Mas porque ela precisa ir? - Retrucava ele.- Porque ela quer mudar documentos para voltar a viver aqui, Gerson, comprar uma casa em Pirenópolis, perto dos irmãos.- E porque você não pode fazer isso daqui, filha? - Ele parecia muito triste.- Ô meu pai, eu vou voltar em menos de três dias. Toma conta do meu quarto para mim, não deixa a Ana Maria entrar, pegar meus vestidos!Eu desconversava enquanto terminava e olhei para minha mãe, Ela me compreendia muito bem, mas eu senti que estava apreensiva.- Ela nem vem aqui, ela vai ter o bebê e você não vai estar
Capítulo XIIIGoiâniaA tarde foi exatamente daquela maneira, conforme o combinado. Nós dois estávamos cansados e nos deitamos em seu quarto para ver um filme. Eu me deitei em seu peito e adormeci, sentindo aquele perfume delicioso dele. Ao acordar já era noite e ele não estava sob minha cabeça. Olhei em volta e o vi na sacada do quarto olhando Goiânia. Ele estava sem camisa e de calça jeans. Fui até ele devagar e ao ouvir algum pouco barulho dos meus pés no carpete, ele se virou ficando de lado para me ver.- Dormiu bem? Vai perder o sono a noite.- É... teu peito é bom de dormir, igual o do meu pai.Ele sorriu e me estendeu a mão para olhar a cidade.- Hum, não acho boa ideia, tenho medo de altura.Olhava lá para baixo com medo
Capítulo XIVA FênixAna Maria deu à luz a um menino, Bernardo. Era a coisa mais linda do mundo. As bochechinhas rosadas e gordinhas davam vontade de apertar. Rapidamente aflorou em mim uma vontade doida de ter um daqueles. O grande problema é que eu não tinha um marido, nem sequer um namorado. Fiquei com Beatriz, minha sobrinha por dois dias até Ana se recuperar e sair do hospital. Nós tomávamos sorvete na varanda quando Eric chegou. O caubói veio caminhando até nós de chapéu, sorrindo com entusiasmo.- Essa é a Beatriz?- Sou, tio.- Ah! Como se fala, amorzinho? - Eu disse.- Oi, moço, eu sou a Beatriz - Ela respondeuNós rimos. Eric se agachou e estendeu a mão para ela dar um tapinha.- Isso, garota! - Ele me olhou - S