Clark Collins Entrei no restaurante com o coração acelerado, animado para fazer uma surpresa para a Victoria. Eliza e eu havíamos combinado que eu apareceria de surpresa, e estava ansioso para ver o sorriso dela. Mas, ao entrar, parei por um segundo quando vi quem estava sentado com elas. Victoria e Eliza estavam na mesa com Heitor e Hiago. Não pude deixar de sentir um aperto no peito ao ver os dois ali, especialmente Heitor, que eu sabia ser uma parte complicada do passado de Victoria. Era notável como Victoria ficou surpresa ao me ver. Seus olhos se arregalaram por um instante antes de suavizarem, e eu pude perceber que ela ainda estava processando a situação. Eliza me viu primeiro, se levantou e me cumprimentou com um sorriso animado. — Clark! Que bom que você chegou. Senta com a gente, pede algo também — disse ela, tentando manter a leveza, mas logo senti a tensão no ar. — Ah, só para esclarecer, Heitor e Hiago apareceram por coincidência. Não estávamos esperando. An
Clark collins Chegamos à editora , o sol já se pondo e tingindo o céu com tons de laranja e rosa. Victoria caminhava ao meu lado, seu sorriso discreto e olhar brilhante me capturavam cada vez mais. Eu sabia que a proximidade do nosso casamento a deixava ansiosa, mas aquele momento, só nós dois ali, parecia suficiente para nos fazer esquecer de tudo. Quando a porta do meu escritório se fechou atrás de nós, o silêncio tomou conta, e o desejo que vinha crescendo entre nós durante todo o dia se tornou insuportável. Cada gesto dela parecia um convite, cada palavra carregada de promessas que eu não podia mais ignorar. Aproximando-me, toquei seu rosto, sentindo a suavidade da pele dela sob meus dedos, e a puxei para um beijo lento, profundo. Seus lábios eram uma promessa de algo mais, e eu estava pronto para cumprir. —Clark!— ela murmurou, interrompendo o beijo, seu olhar preso ao meu. —Nós... estamos na sua editora. —Exatamente!—Respondi, com um sorriso malicioso. —E estamos sozinhos a
Victoria Hayes Horas depois, já estávamos em casa, nossas noite eram com jantares em famílias e após todos dormirem, eu precisei sair para buscar algo no quarto da Eliza. A noite estava quieta, o único som era o tic-tac do relógio na parede. Eu fui até o quarto de Eliza para pegar o hidratante labial que eu havia a emprestado, o silêncio da casa me envolvia. Ao entrar no quarto, peguei o hidratante da mesa de cabeceira, mas algo me fez parar. Ouvi vozes do lado de fora, e a curiosidade me venceu. Me escondi atrás da porta entreaberta, e foi quando ouvi a voz de Heitor, grave e suave ao mesmo tempo, falando com Eliza. —Eu quero uma chance, Eliza.—ele dizia, sua voz carregada de uma sinceridade quase dolorosa. —Quero namorar você. Meu coração deu um salto no peito. Heitor? Namorar Eliza? Como isso era possível? Eu me aproximei mais, meu corpo tenso, tentando processar o que estava acontecendo. —Você sabe que sempre te amei.—Eliza disse, sua voz trêmula. —Desde que te conheci anos
Victoria Hayes Ao chegar à cozinha, a visão que encontrei assim que sai fez meu sangue gelar. Laura estava lá, com os olhos arregalados e vermelhos de tanto chorar, segurando uma arma. Ela parecia completamente fora de controle, sua respiração ofegante, seu corpo tenso. Assim que me viu, seus olhos brilharam de fúria. —Eu não vou deixar você se casar com ele.—ela disse, sua voz cortante e fria, enquanto apontava a arma diretamente para mim. Meus pés se cravaram no chão, meu coração batendo tão forte que eu sentia como se fosse sair do peito. Um dos seguranças se aproximou rapidamente, tentando acalmar a situação. —Senhorita, por favor, entregue a arma.—disse o segurança, com uma calma que eu não conseguia entender. Mas Laura não estava disposta a ceder. Ela me encarava com uma intensidade que eu nunca tinha visto antes em alguém. Seus olhos, antes apenas tristes, agora estavam cheios de ódio. —Você tirou o único homem que eu amo de mim.— ela disse, sua voz falhando levemente.
Clark CollinsO som dos tiros ainda reverberava em meus ouvidos quando senti o corpo de Victoria escorregar pelos meus braços. Meu coração batia tão forte, quase explodindo de raiva e medo. O sangue dela manchava minhas mãos, a prova de que eu não tinha conseguido protegê-la.— Eliza!— gritei, minha voz ecoando pela casa. —Chama uma ambulância, agora!Eliza ligou naquele momento, mas eu mal conseguia me concentrar na Vic. Toda a minha atenção estava em Laura. Ela estava parada ali, como se não entendesse o que tinha acabado de fazer, suas mãos ainda tremendo. O segurança, finalmente, avançou e tirou a arma das mãos dela, mas meu corpo já estava se movendo por conta própria. Cada passo que eu dava em direção a Laura era cheio de raiva. Quando cheguei perto o suficiente, agarrei o pescoço dela com força. Meu aperto era firme, sentia sua pele fria contra a minha mão quente. Seus olhos, agora cheios de medo, me encaravam, mas eu não me importava. Todo o ódio que eu tinha por ela, por te
Clark CollinsQuando chegamos ao hospital, tudo se moveu rápido demais, mas ao mesmo tempo parecia em câmera lenta. Os médicos levaram Victoria direto para a emergência, e eu fui deixado para trás, observando-a desaparecer pelas portas duplas. Minha mente estava um caos, tentando processar tudo.Eu sentia que estava à beira de perder o controle completamente, mas então ouvi uma voz familiar atrás de mim.— Clark!Me virei e, para minha surpresa, lá estava Alexander, meu primo. Ele se aproximou com passos rápidos, o rosto sério. A presença dele me trouxe uma pontada de alívio, como se finalmente eu pudesse respirar um pouco.Alexander era um dos melhores cirurgiões do país, e se alguém poderia salvar a vida de Vic, era ele. Seu olhar firme encontrou o meu, e eu soube, naquele momento, que ele entendia a gravidade da situação.— Ela está em estado crítico, Clark? — Ele perguntou, sem rodeios, sempre direto ao ponto.— Sim... ela foi baleada. — Minha voz falhou, as palavras pesadas na ga
Clark CollinsHoras pareciam passar como uma eternidade enquanto eu esperava. Sentado em uma das cadeiras desconfortáveis da sala de espera, a imagem de Victoria, ferida e vulnerável, não saía da minha cabeça. Cada vez que alguém entrava ou saía da sala de cirurgia, meu coração disparava, mas ninguém vinha com notícias.Então, finalmente, vi meu primo Alexander se aproximando. Ao lado dele, minha mãe caminhava com um olhar tenso, mas havia um brilho de esperança em seus olhos. Alexander com o rosto. cansado, mas ele sorriu para mim assim que nossos olhos se encontraram.— Clark, ela está fora de perigo.— Ele disse, sem rodeios, exatamente como sempre foi. — A Victoria vai ficar bem.Aquela simples frase fez um peso sair dos meus ombros. Senti como se pudesse respirar novamente. Minha mãe, ao meu lado, soltou um suspiro de alívio e me abraçou forte.— Foi complicado! — continuou Alexander, o tom dele ficando mais sério enquanto explicava. — A bala estava alojada no pulmão, e isso pode
Victoria Hayes Quando abri os olhos, a luz suave do quarto de hospital me fez piscá-los algumas vezes até que a visão ficasse mais clara. Tudo parecia enevoado, como se estivesse acordando de um longo sonho. Aos poucos, as formas ao meu redor começaram a se definir, e o som das máquinas que monitoravam meus sinais vitais preencheu o ambiente. Então, senti algo quente e familiar segurando minha mão. Virei a cabeça lentamente e vi Clark sentado ao meu lado, os olhos cansados, mas repletos de emoção. Ao perceber que eu estava acordada, ele se levantou de imediato, o rosto se iluminando de alívio e amor. — Vic...— Sua voz saiu baixa, quase um sussurro, como se tivesse medo de quebrar aquele momento. Eu tentei sorrir, mas estava tão fraca que mal consegui mover os lábios. Mesmo assim, sabia que ele entendia. Sem dizer mais nada, Clark se aproximou de mim, os olhos presos aos meus, e me deu um beijo delicado nos lábios. Foi um toque suave, repleto de amor e carinho, como se ele estiv