Durante o caminho, os dois adultos se distraiam conversando entre si, com Simon tomando cuidado com a estrada que subia as montanhas e se desdobrava em curvas longas e sinuosas. A paisagem era bem natural, com muitas florestas verdejantes e fazendas pequenas. Eles falavam sobre um assunto qualquer sobre programas de TV, enquanto Dante ouvia suas músicas no MP3 e Abel se maravilhava com a paisagem que via através do vidro do carro.
Ao avistar um enorme lago, ele cutuca o ombro do ruivo.
— Dante. Dante olha — ele puxa o fone do MP3 do outro e diz — Dante!
— O que...? O que foi?
— Olha. Estamos quase chegando — ele aponta para o lago grande e majestoso, que parecia ficar cada vez maior à medida que percorriam as montanhas — É lindo, não é?
— É sim, é muito lega
– O-Obrigado, senhora Barbosa. P-Pode me chamar só de Abel, é mais fácil hehe – ele ri baixo e corresponde ao gesto carinhoso – É um prazer conhece-la também! – ele fica se sentindo muito bem em ser tão bem recebido na casa dos pais de Rodrigo, e logo o mesmo se aproxima da mãe para lhe perguntar algo.– Mãe, onde está o papai?– Ah! Ele foi na cidade comprar coisas para o almoço, logo ele estará aqui. Enquanto isso, vamos guardando suas coisas. Entrem, entrem! – chamou empolgada e os rapazes logo a seguem.Eles então pegam suas malas e mochilas, as levando para dentro do chalé, que tinha um estilo irlandês muito adorável e com toques natalinos como uma chaminé, pisos e paredes de madeira polida e uma decoração com estatuetas de gnomos e anjinhos. Na cidade de Penedo era normal as casas terem um es
"Sorte que a porta está trancada". Pensou Rodrigo maliciosamente.Os dois estavam ficando excitados, o que era evidente no volume extra em suas calças. Simon não perdeu tempo, e foi até o zíper da calça de Rodrigo para a abrir lentamente. Isso chamou a atenção do loiro, que apenas continuou com os beijos doces, os excitando ainda mais. Rodrigo repetia a ação de seu amante, abrindo o zíper da calça jeans dele e, com ambas as calças abertas, ambos foram introduzindo suas mãos nas cuecas um do outro.Calma e gentilmente, seguravam suas ereções com cuidado, sem desviar os olhares. Isso lhes dava confiança para seguir com suas investidas sedutoras e sem parar de se beijarem com estrema paixão. Uma masturbação lenta e gostosa se inicia entre eles, sentindo o calor de seus corpos ganhando for&c
E com Abel também.– Simon... – chamou Dante.– Sim?– Será que depois do almoço... Eu e o Abel podíamos dar uma volta na cidade?– Na cidade? Mas a essa hora as ruas devem estar lotadas, tem certeza?– Eu já fui lá várias vezes. Não se preocupa, nós só vamos ficar de bobeira lá – era obvio que era mentira. Eles iriam, na verdade, para um lugar secreto que só o ruivo conhecia naquela cidade, mas não falaria isso ao irmão, pois, obviamente, ele não permitiria – Então? Pode ser?– Humm... Acho que tudo bem. Rodrigo?– Por mim tudo bem também. Deixe os meninos se divertirem um pouco. Mas lembrem-se que vocês têm que voltar antes do
Nos dois dias que se passaram, Dante e Abel estavam passando por uma situação muito tênue. Por um lado, estavam felizes com a presença um do outro, querendo ter um contato mais próximo e aproveitar daquilo que sua amizade lhes fornecia. Mas, por outro lado, estavam mergulhados em duvidas crescentes sobre seus sentimentos, enchendo-os receio pelo que poderiam acontecer, e, ao mesmo tempo, desejando muitos mais um do outro.Para os dois adolescentes, perder aquela felicidade não era mais uma opção.Ambos precisavam um do outro em suas vidas.Tantas coisas aprendidas. Tantas coisas a se compartilharem e tanto pelo que dividir. Eles haviam encontrado um no outro o que precisavam para serem completos. Um laço forte que surgira em tão pouco tempo, e que não poderia ser quebrado.Mas, admitir o que realmente senti
– Ah... Está bem.Abel sorriu, e ficou a pensar naquela conversa incessantemente.Ele segue o amigo até o chalé da família Barbosa, em silencio. Durante o caminho todo, eles não trocaram uma palavra sobre o assunto de antes, preferindo falar de outras coisas ou apenas andando sem dizer nada. O jovem de cabelos bicolores se perguntava no que tinha acabado de acontecer, no que aquilo podia significar.E no que viria a acontecer.***No dia seguinte, na hora do almoço, todos se reuniram na cozinha para almoçarem juntos e curtirem uma última volta na cidade. Era a véspera do retorno para São Paulo.Desde a noite passada, Dante parecia estranhamente distante de Abel. Era educado, trocava algumas palavras de vez em quando, mas não parecia querer conversar sobre a
No instante em que ia virar a página de seu livro, ouve-se o som da porta do quarto se abrindo. Dela, aparece Dante com o olhar mais perdido que Abel já vira em toda a sua vida. O mesmo havia saído a uma hora atrás para respirar fundo do lado de fora da casa, mas, ao entrar de repente no recinto, Abelardo ficou com uma sensação estranha.– Dante? Oi cara... Está tudo bem?– Tudo...Abel se endireita na cama, ficando sentado e vendo como o amigo parecia desorientado e retraído. A princípio pensou que ele estivesse apenas cansado, mas era evidente que ele continuava com a mesma distância de antes. Por instinto, ele se levanta e vai se aproximando do ruivo, querendo ver se eles estava bem mesmo.– Está tudo bem mesmo? Não aconteceu nada, não é?&ndas
Nem em um milhão de anos o jovem Gonçalves cogitaria uma opção tão absurdamente ridícula como aquela.Abandonar Dante seria o mesmo que arrancar um pedaço grande e dolorido de sua alma. Não mais pensando com a razão, e sim com o coração, ele simplesmente mandou tudo o que havia pensado e prometido a si mesmo pro inferno, lembrando daquilo aquilo que Rodrigo havia lhe dito: conquistar aquilo que queria. E Dante podia espanca-lo e xinga-lo de qualquer coisa, mas nada mudaria o que ele sentia por Dante.Então, em uma ação de extrema coragem, Abel, com o rosto vermelho e olhos fechados, vai se aproximando de Dante, um passo de cada vez. O outro não percebe, a princípio, o que o menor estava fazendo. Até que, em uma ação totalmente inesperada, Abel levanta a cabeça...E
Simon havia saído do quarto assustado, ao ouvir gritos vindo do quarto dos meninos.Ao sair pela porta, via Dante correndo apressado até a porta da frente e sair de casa noite adentro, para o meio da floresta.– Dante! – ouve-se a voz de Abel, indo atrás do ruivo.– Mas que diabos está acontecendo?! – perguntou Simon, assustado ao interceptar Abelardo – Pra onde o Dante foi?!– Eu não sei! Preciso ir atrás dele! – mas, antes que o jovem pudesse correr para a porta, ele é segurado por Simon.– Mas o que houve?! – diz Rodrigo, saindo apenas com uma toalha enrolada na cintura e com o cabelo molhado – Por que toda essa gritaria?– E-eu não posso dizer...– Abel... – tentou dizer Simon.