Laure Lavigne estava parada ao lado de sua cama, vendo a si mesma deitada, inconsciente, mas não estava surpresa ou com medo. Sentia-se protegida e via o anjo mais belo lhe guardando.
— Eu lhe prometo que seu bebê e você estarão a salvo, Laure. — Rafaela disse, tocando a cabeça de Laure e sorrindo com doçura.— Eu sei. Confio em você. — Laure disse.Rafaela se virou devagar e a encarou.— Precisamos conversar. Tem algumas coisas que você precisa entender. — Rafaela disse.Laure aquiesceu. •─────✧─────•Uriel foi até onde Kayla estava pintando, mas, não sem antes, assumir a sua forma feminina, já que Kayla fazia tanta questão assim de vê-lo como uma garota. Sim, ele queria agradá-la e estava disposto a tudo só para fazê-la sorrir. Se aproximou devagar dela e observou sua pintura. Reconheceu o monte Azazel e sentiu ódio só de se lembrar daquele ser asqueroso.
Kayla encarou Auriel depois que os dois se beijaram e quis recuar, mas o arcanjo a segurou, deixando claro o seu desespero.— Agora, sou eu quem te peço, não me deixe? Por favor?— Auriel disse.— Isso é errado, mesmo parecendo certo. — Kayla disse, se sentindo culpada. — O amor é… Errado? — Ela encarou Auriel.— Parece que sim, ao menos, esse. — Auriel virou o rosto.— Errado de várias formas… — Kayla disse, virando o rosto, também. — Somos mulheres… Somos uma mortal e um anjo. Não vejo uma versão onde isso acabe bem. Não quero te perder, mas também não quero te destruir… Porque esse amor nos destruirá.— Eu sei. — Auriel disse, chorando e encarou Kayla.— O que fazemos? — Kayla inquiriu, encostando sua testa na do arcanjo. — Há uma forma de te esquecer?— Quem dera. — Auriel disse.— Mas acho que há uma forma de estarmos juntos sem pecarmos. — Kayla disse.Auriel a encarou, interessada.— Auriel… Uriel… Juro amar somente você enquanto viver e não
Auriel levou Kayla a todas as lojas japonesas que tanto amava, deixando-a comprar o que quisesse e as duas foram até um café temático.— Jura que esse é o seu lugar favorito no mundo todo? — Kayla disse, rindo, enquanto observava as garçonetes fantasiadas como colegiais fofas, com orelhas de gatinho.— Eu queria que o mundo todo fosse expressivo como o Japão. — Auriel disse. Ela, inclusive, estava vestida como uma Lolita. — Acho que esse é o único lugar onde posso ser eu mesma, sem julgamentos. Quando estou com meus irmãos, normalmente, tenho de ser sério.— Ah, nem tanto. Juro que você consegue ser engraçado, às vezes. — Falou Kayla.— Caramba! O Miguel vai me matar porque acha que te raptei. — Auriel fez uma careta e riu. — Em circunstâncias normais, ele já teria enviado um exército atrá
Amitiel foi escoltada por dois caídos até a sala de Azazel, e não gostou da recepção.— Me soltem! Como ousam?— Ah, soltem ela! — Azazel estalou os dedos, entediada, e os caídos obedeceram, saindo em seguida. Azazel se levantou e foi até onde Amitiel estava e agarrou seu queixo com força, e sorriu. — Eu já soube que você traiu Lilith por Baraquiel! Deveria matar você por ficar do lado dos meus inimigos, mas como Lilith, também é minha inimiga… Vou deixar passar, mas, só dessa vez. — Azazel soltou o queixo de Amitiel e se afastou. — Você é bem vinda como sempre, mas, saiba que se me trair… — Azazel riu. — Não vai querer me ter como inimiga, vai?— Não. — Amitiel disse.— Ótimo. — Azazel voltou para o sofá e pegou seu copo de uísque, o encarando, estática.— Algum problema? — Perguntou Amitiel se aproximando.Azazel demorou a responder:— A presença de Malka… Eu sinto, está mais forte, mas, não sei de onde vem. — Azazel tomou a bebida em um gole e atirou o copo n
Seriel fez suas asas desaparecerem e não esperou um convite para se juntar aos outros.— Não precisam ter medo de mim, meninas. Ao contrário do que dizem, preto é a cor mais quente. — Seriel disse, sorrindo e parou atrás de Uriel. — Nosso querido Uriel se veste de vermelho no céu. Sim… Vermelho, a cor da paixão. Mas não quer dizer nada. — Seriel se afastou de Uriel e se sentou no lugar que Lisariel preparara para ela. — Talvez, azul, seja a cor da paixão. — Seriel encarou Gabriel e ele desviou o olhar, visivelmente irritado.— Seja bem vinda Seriel! — Disse Raquel.— Obrigada. Parece que você foi a única pessoa que realmente ficou feliz com a minha chegada, Baraquiel. — Seriel disse e encarou Lucrezia a ponto de deixá-la desconfortável.Miguel apertou a mão de Lucrezia. Seriel riu e se voltou ao seu prato, apanhando seus talheres.— Com licença… — Kayla disse a Seriel. — Mas que tipo de anjo você é? Perdoe minha ignorância, mas existem muitos anjos.— Eu puno os an
Seriel manteve as humanas ocupadas nas semanas seguintes com muitas aulas sobre a história dos anjos, suas classificações, como identificá-los e afastar os ruins. Quando sentiu que as garotas estavam prontas para uma aula prática, propôs uma simulação e pediu que os arcanjos e suas protegidas combinassem entre si uma estratégia de ataque e defesa.— Essa, nós já vencemos, com certeza! — Uriel disse a Beverly.— Desde quando isso é uma competição? — Perguntou Beverly.— Ah, esse não é espírito, Bev! — Uriel disse. — Vamos? Se anime? Você está com o melhor, por isso, já venceu!— Que nada… Nós é que vamos ganhar! — Analice disse, agarrando o braço de Raquel.— Desejo sorte a vocês, mas o primeiro lugar é meu. — Gabriel disse aos outros.— Olhe esses caras, Miguel? — Lucrezia disse, rindo.— Amadores. — Miguel disse.— Depois que a pessoa é atingida por um raio, não sabe o motivo. — Uriel disse.— Vamos começar logo? — Seriel disse e gesticulou para que Anali
Lucrezia despertou e viu Miguel, parado em frente à janela, observando o pôr do sol.— Ai, minha cabeça. O que houve? — Ela perguntou, se sentando.Miguel se virou, encarando-a.— Eu estive pensando e… Acho que devemos voltar para a casa. — Ele disse.— Quando você diz “casa”, está falando da minha família? A mesma que acha que sou maluca? Não, mesmo! — Lucrezia disse.— Você não deve guardar rancor de sua família, é errado, e, também, injusto porque eles não conhecem a verdade. — Miguel disse se aproximando.— Você só fala isso porque não conhece os meus pais. Eles não vão aceitar que eu tenha um filho sem pai. — Lucrezia virou o rosto. — Eu não preciso deles.— Bem, acho que está na hora de eles me conhecerem, então.
|Oimiakon, Leste da Sibéria (Rússia):Seriel não pode conter-se e riu da cara emburrada de Uriel. Ele estava de mau humor por estar em um dos lugares mais frios do mundo, onde não havia nada que pudesse entretê-lo como em Paris ou em Tóquio, quando os dois estiveram em missões especiais como aquela. Uriel adorava ir às compras depois de cumprir seu trabalho, mas, seria impossível naquele lugar. Não, que não houvesse lojas, mas, elas, com certeza, não venderiam nada que o agradasse.— Por que não a Romênia ou o Egito? — Uriel disse. — Não entendo porque esses caídos amam tanto os lugares mais remotos. Aposto que os que estão presos na Antártica estão felizes.— Soube que Amitiel mantinha uma base no Japão. — Seriel disse.— Sim, e o sortudo do Jofiel foi para lá. — Uriel v
Uriel suspeitou que Seriel estava tramando algo contra ele porque já fazia algumas semanas que os dois estavam seguindo os rastros dos Caídos, mas nunca chegavam a base principal onde encontrariam Azazel, e sempre que Uriel procurava um tempo para ficar a sós e contatar Kayla, Seriel dava um jeito de interrompê-lo. Cansado, Uriel decidiu confrontá-la.— Eu não sei se você se lembra, mas tenho que proteger a Kayla, portanto, não posso demorar a voltar para o deserto.— Não se preocupe com a humana, ela está em segurança.— Falou Seriel.— Lisariel não é forte o bastante para protegê-la, caso o deserto sofra uma invasão. — Uriel disse.— Eu sei. Por isso, pedi a Metatron que enviasse Salatiel para tomar conta dela. — Falou Seriel.— Ele não estava protegendo outra humana? — Uriel disse.— S