Magnus
As informações sobre Albus Cannon estavam se encaixando como um quebra-cabeça maldito, e tudo apontava para atividades ilegais envolvendo o nome. Era um pseudônimo, um fantasma criado para encobrir negócios sujos. Enquanto minha equipe começava a cruzar os dados, eu sentia o peso da responsabilidade em cada decisão que tomava. A ameaça estava longe de ser eliminada, e eu precisava descobrir quem estava atrás de Leonardo, Amber e as crianças antes que algo pior acontecesse.
Peguei o celular, passando os olhos pelas mensagens. E então, lembrei-me de Gabriela.
Eu prometi que a veria, mas o dia tinha me engolido.
"Certo, eu tenho que ir agora. Me mantenham informado de tudo que descobrirem." falei para a equipe e saí as pressas, entrando no carro e só parando assim que cheguei na frente da clínica onde seu carro ainda estava parado.
Digitei rap
MagnusGabriela ainda estava aninhada no meu peito, os soluços diminuindo, mas sua tensão ainda era palpável. Passei a mão pelos cabelos dela, tentando acalmá-la, enquanto meu coração batia acelerado, uma mistura de frustração, preocupação e algo que eu sabia que não podia ignorar."Você vai fazer suas malas," declarei, minha voz firme, mas sem elevar o tom.Ela ergueu a cabeça para me encarar, seus olhos vermelhos e arregalados. "O quê?""Você vai fazer suas malas, Gabriela," repeti, mantendo o olhar fixo no dela. "Você vai para Aspen comigo."Ela se afastou do meu peito, cruzando os braços e olhando para o lado. "Foi para isso que te chamei aqui... para te dizer que não vou para Aspen."Minha risada saiu seca, quase cortante. "Você vai sim." Me aproximei novamente, impondo minha presen&cced
AmberEstávamos há três dias em Aspen, e, pela primeira vez em semanas, o peso que carregava nos ombros parecia mais leve. A casa era aconchegante, cercada por montanhas cobertas de neve, e o ambiente calmo era exatamente o que precisávamos. Eu seguia as recomendações médicas à risca, me cuidando e descansando, e, embora os problemas em California Springs ainda pairassem sobre nós, naquele momento, tudo parecia em paz.Na sala de estar, Leonardo, Nonna Rosa, as crianças e eu estávamos reunidos em torno de uma mesinha baixa. Bella e Louis estavam no chão, concentrados, com lápis coloridos e folhas espalhadas por todos os lados, enquanto desenhavam freneticamente. A tarefa? Criar desenhos para que nós, adultos, adivinhássemos."Cabei!" Bella anunciou, segurando uma folha com o entusiasmo de quem estava apresentando uma obra-prima. Ela ergueu o papel e olhou dire
LeonardoO escritório em Aspen era uma mistura de funcionalidade e luxo, um refúgio que usávamos para reuniões importantes ou momentos como esse, em que precisávamos clarear as ideias. As prateleiras de madeira escura estavam repletas de livros e decorações cuidadosamente escolhidas, mas meu olhar estava fixo no decanter de cristal sobre a mesa.Servi dois copos de uísque, sentindo o líquido dourado escorrer pelo vidro, antes de entregar um deles a Magnus, que estava parado próximo à janela. Ele aceitou sem uma palavra, sua expressão fechada como se carregasse o peso do mundo nos ombros."Então," comecei, me sentando na poltrona de couro. "Tem alguma coisa nova sobre o tal de Albus Cannon?"Magnus deu um gole longo antes de me responder, seu olhar perdido no horizonte coberto de neve. "Ainda não. Estamos apurando, mas esse desgraçado é um fantas
PeterO silêncio em meu escritório era sufocante, mas não de um jeito calmo e reconfortante. Era o tipo de silêncio que amplifica os pensamentos sombrios, que traz à tona as falhas e os erros que eu preferia esquecer. Sentado à minha mesa, encarava a tela do computador com frustração crescente.O que antes era um fluxo constante de dinheiro entrando e saindo de contas cuidadosamente manipuladas agora estava morto. Cada tentativa de acessar os sistemas que eu dominava resultava no mesmo resultado: acesso negado.“Malditas cretinas,” murmurei entre dentes, apertando o mouse com tanta força que o plástico rangeu. “Nádia, Layla... vadias incompetentes.”Elas eram peças-chave nos meus esquemas dentro da MGroup, mas agora estavam fora de cena, presas, e meu castelo de cartas desmoronava diante dos meus olhos. Com a ausência delas, min
PeterEntrei no meu escritório com um estrondo, a porta batendo contra a parede. O som ecoou pelo espaço vazio, mas não era suficiente para aliviar a fúria que queimava dentro de mim. Meu peito subia e descia enquanto eu tentava processar o que Owen acabara de fazer. A traição. O descaramento.Aquele desgraçado me deixou sem saída.Passei as mãos pelos cabelos, puxando-os levemente, enquanto minha mente girava em um turbilhão de raiva e desespero. A venda das ações, os acessos bloqueados, as finanças travadas. Tudo estava indo para o inferno, e eu precisava agir. Precisava de uma saída.Foi então que o nome dela surgiu na minha mente.Martina.Se alguém entendia o que era jogar sujo e revidar com força, era ela. Nós tínhamos nossas diferenças – diferenças colossais – m
AmberO ar em Aspen estava fresco, com o aroma da neve recém-caída misturado ao sutil cheiro das árvores ao longe. Eu estava na sacada da casa, observando a pista de esqui abaixo, onde as pessoas deslizavam com facilidade ou tropeçavam desajeitadamente. A vista era um espetáculo de tranquilidade, mas minha mente não estava em paz.Gabriela estava ali comigo, ao meu lado, silenciosa, os braços cruzados contra o peito como se tentasse proteger algo dentro dela. Desde que chegou, ela parecia... diferente. Mais reservada, mais inquieta."Está tudo bem mesmo?" perguntei, quebrando o silêncio. Minha voz soou mais suave.Ela piscou e me olhou de lado, forç
GabrielaSubi as escadas para o quarto, meu coração ainda pesado com a conversa que tive com Amber. O silêncio da casa contrastava com o turbilhão de pensamentos que passava pela minha mente. O clima de Aspen, a neve caindo do lado de fora, tudo parecia parte de um quadro tranquilo, mas dentro de mim, as coisas estavam longe disso.Fechei a porta atrás de mim e me sentei na cama, tentando organizar minhas emoções. Passei a mão pelo rosto, sentindo o cansaço se acumular. O que eu deveria fazer? Magnus era a pessoa mais maravilhosa que já conheci, mas quanto mais ele se aproximava, mais eu sentia o peso do meu passado me esmagar.Meu celular vibrou na mesa de cabeceira. Suspirei, pegando o aparelho e vendo o nome que piscava na tela.Monalisa.Minha irmã mais nova.Respirei fundo, forçando a calma antes de atender. "Oi, Mona," t
MagnusAquelas palavras ficaram ecoando na minha cabeça como um alarme ensurdecedor."Foi um paciente."Senti meu sangue ferver instantaneamente, uma raiva visceral que parecia incendiar cada célula do meu corpo. Eu me levantei da cama, incapaz de conter a tensão que tomava conta de mim."Como assim, foi um paciente?" Minha voz saiu firme, quase cortante, mas me controlei para não explodir. Não ainda.Gabriela abaixou a cabeça por um momento, como se buscasse forças para continuar. Quando finalmente me olhou, seus olhos estavam cheios de algo que eu não via com frequência: medo."Logo que saí de casa e comecei a atuar," começou ela, a voz baixa e hesitante, "eu tive um paciente... Ele tinha uma depressão muito profunda e carregava um histórico de bullying intenso. Fiz tudo o que pude para ajudá-lo, Magnus. Tentei