Certa manhã, pela primeira vez, Anabel estava um pouco atrasada. Este foi um fato inacreditável, ela nunca se atrasou e nunca se ausentou. Anabel foi muito rígida neste assunto, por causa da bolsa de estudos. Não porque fosse proibida ou porque fosse retirada por um dia estar atrasada, ela simplesmente queria evitar qualquer repreensão, o que no futuro poderia prejudicar sua bolsa de estudos ou seu histórico.Bem, Anabel estava um pouco atrasada. Não só isso, ela parecia mal. Ela parecia um pouco pálida, um pouco desgrenhada, muito quieta e indiferente. Ela parecia doente, mas a todos que lhe perguntavam, ela respondeu que estava bem.No meio da manhã, fomos para a aula, felizmente foi um dos assuntos que compartilhamos. Anabel estava sentada ao meu lado, na primeira fila. Sim! Nas aulas que tive com ela, sentei-me na frente, ao lado dela.Anabel não parava de se mexer em seu assento. Ela parecia inquieta, abaixava a cabeça de vez em quando, olhava para o relógio e suspirava. Ela
Estávamos nos aproximando de sua casa, Anabel começou a me dar indicações sobre quais ruas tomar. A verdade é que a garota vivia um pouco longe da universidade, ela provavelmente teve que se levantar bem cedo para chegar ao campus tão cedo.Também notei que a área onde ela morava estava bastante lotada, havia muita gente na rua, andando, fazendo compras nas pequenas lojas ou apenas sentada na frente das casas conversando. A maioria das casas e edifícios eram pequenos, uma área humilde e movimentada, porque todo tipo de música vinha de todos os lugares.Chegamos à porta de sua casa. Uma pequena casa com uma construção muito parecida com as propriedades vizinhas, pintada na cor verde-água, com um pequeño alpendre adornado com várias plantas bem conservadas.Assim que parei o carro, Anabel observou os arredores e como todas as pessoas observavam o veículo desconhecido com curiosidade. Também notei a curiosidade, mas essa não era minha principal preocupação agora.Desliguei o motor d
Comi uma xícara de sopa comigo. Eu havia pedido a Jossie, a senhora que me ajuda na manutenção do apartamento, que me ajudasse a prepará-la. Mas agora, a sopa já estava fria, graças ao tempo que eu tinha me perdido na região.Mas finalmente consegui, com meus nervos à flor da pele, parei em frente à casa de Anabel.Sim, eu estava muito nervoso, especialmente porque eu podia sentir a reação dela, ela obviamente ficaria com raiva; no entanto, eu não me importava, minha necessidade de vê-la era maior. Então, saí do carro, com o meu copo de sopa na mão.Não havia necessidade de bater à porta, pois a Sra. Lucia, mãe de Anabel, já vinha com um sorriso no rosto. Ela veio até a porta, assim que me reconheceu através do portão de entrada.- Leonardo! Que surpresa agradável…” Ela continuava dizendo enquanto abria o portão, sempre sorrindo. – Que simpático da sua parte nos visitar.- Como você está, Sra. Lucia? – Não pude deixar de retribuir o sorriso dela, parece ser uma qualidade que Ana
A Sra. Lucia levantou-se de repente e aproximou-se de sua filha.-Ana! Filha, o que você está fazendo de pé, você deveria estar descansando, vamos, deite-se.Ela praticamente empurrou Anabel para dentro da sala. Eu, ainda nervosa, pulei de pé. Não consegui ver nada, a porta do quarto já estava fechada. Esperei impaciente e desconfortável por um minuto, no máximo, mas me pareceu uma eternidade.Sem poder ajudá-los, escutei um pouco a conversa deles. Não era que eu estivesse escutando, nem nada, a sala estava fechada, então era inevitável ouvi-los, desde que eles não falassem em sussurros.- Mamãe, o que está acontecendo? O que o Leo está fazendo aquí?- Ele veio visitá-la, filha. Pelo menos ele está preocupado.- Feno, mamãe! Não comece, por favor. Eu te disse, eu expliquei, eu pedi que ele não viesse. – Anabel pareceu-me um pouco perturbada.- Não importa, ele ainda pode vir aquí para perguntar.- Para quê? Sim, nós conversamos ao telefone o tempo todo. Além disso, eu posso
Eu sei que eu deveria ter me segurado. Sei que não era o melhor assunto. Eu sei que não era o melhor assunto. Mas senti a necessidade de fazê-lo, especialmente depois de ouvir a curta conversa que ela teve com sua mãe.- E… Seu namorado, ele já veio vê-la? – Ela deu um pequeño suspiro, apertou um pouco os punhos e hesitou, falando sem me olhar na cara.- Não, eu lhe pedi para não vir, sabe, por causa da contagiosidade.- Sim, mas imagino que ele esteja muito vigilante… Ele debe estar muito preocupado.- Certo, certo, obviamente. – Parecia um pouco nervoso, envergonhado? Suas bochechas e orelhas foram enxaguadas. Senti-me um pouco culpado ao vê-la daquela maneira. – Conversamos um pouco. Mas, sabe, ele tem muito trabalho, trabalha em uma empresa muito importante e… - Baixei meu olhar por um momento, olhei para cima e fixei o olhar nos meus olhos. – Ele tenta estar comigo em todo o tempo livre que tem.- Sim, eu posso imaginar. Debe ser muito difícil.- Às vezes é. – Ele suspira
Eu me despedi da Jossie na quinta-feira à tarde, com carinho e gratidão, pois meus pais chegariam no sábado para me buscar e eu não a veria antes de voltar das minhas férias.Não haviam passado duas horas desde que Jossie partiu, quando a solidão começou a me atingir.Estava começando a escurecer, eu estava assistindo um filme de ação e estava chovendo lá fora. Eu recebi uma mensagem.-Como você está indo? – Anabel.-Ei, Bel! Aquí, triste e solitária. – Não pense que nossas mensagens eram assim, tão secas, usamos muitos emoticons e adesivos, não vejo a utilidade de colocá-los aquí ou descrevê-los, você acha?-O quê? Por quê? O que aconteceu? – Ele respondeu imediatamente.-Jossie não poderá vir amanhã e meus pais só chegam no sábado, então eu tenho que ficar sozinho.-Debe ser horrível, especialmente porque você está doente. – Assim que li a mensagem, uma idéia veio até mim.-Sim, eu realmente preciso de uma enfermeira, ou pelo menos de alguém que me faça companhia.-G
Conversamos muito, um pouco sobre tudo, nada de importante. Depois sugeri assistir a alguns filmes, pedi algumas pizzas e refrigerantes, ela fez algumas pipocas e quando tudo estava no lugar, nos instalamos juntos no meu sofá.Assistimos “Os Jogos da Fome”, achei que era uma boa escolha porque tem alguma ação e algum romance. Um bom complemento para nós dois. Estávamos comendo e fazendo comentários. Não é um filme que eu adoro, mas foi muito divertido vê-lo com ela.O filme terminou. Anabel olhou para seu telefone, acho que ela respondeu mais algumas mensagens enquanto eu ainda estava no sofá, fingindo assistir aos créditos. Depois ela voltou para sentar-se.-Vamos assistir a próxima? – perguntou ela, pois já estava procurando o filme no menu. Mais uma vez, ela parecia nervosa. Eu olhei para a hora, já eram quatro da tarde. Ela parecia perceber o porquê, acrescentou ela. – Ainda é cedo.Ela interpretou o filme e imediatamente se levantou para ir ao banheiro. Após alguns minutos e
Por alguns segundos, pela primeira vez, desde que nos beijamos no jogo da garrafa, ela olhou para meus lábios, olhou para eles e depois voltou para meus olhos. Ela sabia o que iria acontecer. Eu sabia o que iria acontecer.Lentamente, aproximei meu rosto dela, minha pulsação acelerada e não me importei com sua possível reação. Por um lado, eu sabia que era errado, era óbvio que o álcool a havia afetado, mas seria possível que o álcool pudesse trazer à tona seus verdadeiros sentimentos? Sim, para mim, era uma possibilidade.Eu estava a segundos de beijá-la, de lhe dar um beijo de verdade. Não um para um jogo bobo envolto em súplicas. Era minha primeira chance real, mesmo se eu estivesse bêbado. O som do filme estava no fundo, não havia mais nada naquele espaço a não ser ela e eu, todo o resto era um borrão, efêmero.Alguns segundos a menos.Cada vez mais perto.BRRRRRRRRRRRRRRRRRRR.Um som alto me assustou.-Você consegue vê-lo? Diante de você, eu posso fazê-lo. – As palavras d