Incidente

Estávamos dançando, toda a atmosfera tinha sido incendiada e a sala estava cheia de casais pulando alegremente para a música.

Eu não podia parar de observar Anabel, estudando cada expressão, cada movimento, procurando por algum significado. Eu queria descobrir alguma pista, uma pequena dica, de que tudo o que ela dizia à mesa para meus pais era verdade.

E, ao mesmo tempo, não podia levá-la a algum lugar sozinha, para confrontá-la e perguntar-lhe cara a cara, porque tinha medo. Eu já havia dito isso antes, não é verdade? Eu estava com medo.

Sim, eu a reconheci. Sempre a tive e foi isso que me impediu de dar o mergulho.

Milhares de vezes eu me propus confessar meus sentimentos a Anabel e milhares de vezes meu medo me paralisou.

Eu tinha medo de sua rejeição, de afetar nossa amizade, de nos distanciar, de perdê-la. Porque, apesar de tudo, naquele momento ela estava ao meu lado, como minha amiga, mas ela estava ao meu lado.

Se eu confessasse, corria o risco de levá-la para longe de
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