Um som estranho nos surpreendeu naquele momento íntimo e terno, nos separamos e notei que Anabel estava vermelha como um tomate, o som foi ouvido mais uma vez, era o estômago de Anabel chorando por comida.Ela estava morrendo de vergonha, mas ao mesmo tempo ela estava muito grata por eu ter pensado em trazer algo para comer em primeiro lugar.Subimos no capô do meu carro e, com uma paisagem espetacular à nossa frente, fizemos um banquete. Foi melhor do que eu esperava, conversamos sobre trivialidades e rimos muito, assim como nos velhos tempos.Depois do almoço, passamos algum tempo olhando para as estrelas, competindo para ver quem conseguia reconhecer a maioria das estrelas, constelações e outras coisas. Já haviam se passado duas horas desde que chegamos e nem tínhamos notado.Parece incrível, acho que isto correu melhor do que teria corrido se eu a tivesse convidado na data que havia planejado, aqui as coisas aconteceram mais naturalmente.Anabel olhou para seu telefone, ela
-PORQUE EU TE AMO! ESTOU APAIXONADO POR VOCÊ! ESTOU LOUCO POR VOCÊ! – Eu gritei no alto dos meus pulmões, exasperado e sem fôlego.Ela estava diante de mim, a poucos metros de distância, seus olhos, cristalizados pela vontade de chorar que estava sufocando, abertos como pratos e ela ficou um pouco pálida; enquanto eu, eu não conseguia parar de olhar para ela, com minha respiração agitada. “Merda! Merda! Merda! Merda! Fiz merda!” Era só o que eu pensava, não sei por que o fazia, só saía de mim no momento, como vômito verbal, não conseguia segurá-lo, era um momento de desespero.Eu nunca teria acreditado que confessaria assim. Quando me apaixonei por ela, quando descobri que poderia ter uma chance com ela, imaginei isso de maneira diferente. Diabos! Eu até planejei isso. Reproduzi tudo de novo em minha mente e da maneira mais romântica. Não é que eu tivesse assumido que ser romântico, confessar meus sentimentos funcionaria e que ela cairia imediatamente aos meus pés, ela não é esse
Cheguei tarde na sala de aula, o que é muito comum para mim. Foi meu segundo semestre na universidade, para a carreira de psicólogo; não é exatamente a carreira que eu escolheria, mas em minha família, quase todos são médicos e meus pais possuem uma clínica, eles querem que eu trabalhe nela, mas em vez de ter que lidar com injeções, sangue, órgãos, Não! Prefiro mil vezes sentar e conversar com meus pacientes e escutá-los. Por isso… Aquí estou eu, em psicologia.Como eu estava dizendo… Estava atrasado para as aulas, como sempre. Ah sim! Esqueci de dizer que esta era a segunda semana de aulas, não apareci na primeira semana, por quê? Por que na primeira semana eles sempre fazem aquelas apresentações e apresentações bobas, em cada assunto a mesma coisa: “Bom dia, sou Leonardo Harrison, tenho dezenove anos, vivo na parte oriental da cidade, gosto de psicologia porque permite a análise do pensamento humano”. Repetindo esta frase em todos os assuntos! De jeito nenhum.Bem, bem, estou sai
Paul parecia estar se concentrando em uma leitura, mas eu percebo como ele me lançava olhares sorrateiramente. Todos os outros ainda estavam discutindo possíveis tópicos para o projeto.Eu pedi a Paul, dando-lhe a entender que a garota era minha, eu sabia que ele entenderia perfeitamente, ele sorri maliciosamente. Anabel chamou minha atenção com um pequeño toque de seu cotobelo no meu braço.-Ei! – Ela falou em um sussurro. Eu me viro e percebo como ela evita olhar para o meu rosto. - … Mmmm… Desculpe, mas… - Ela parecia muito envergonhada, parecia vermelha! “Será que ela vai se confessar tão rápido? Ela vai dizer que gostou de mim ou que me acha bonito, eu quebrei meu próprio recorde”, eu cresci e sorri internamente. – Seu nariz está sujo. – Ele finalmente conclui.Congelei por um momento, mas esta não foi uma situação que me envergonhasse facilmente, mantive minha compostura, dei-lhe um pequeño sorriso e comecei a esfregar meu nariz. Por isso, terminei o dia.-Obrigado. – Res
No decorrer daquela semana, eu estava um pouco impaciente na universidade, estava esperando o momento de poder conversar mais uma vez com Anabel, para compensar a dor pela qual passei durante nosso primeiro encontro e para mostrar minha simpatia; mas em nenhuma outra aula coincidimos. Isso me pareceu muito estranho, geralmente você sempre entrava em conflito com outros alunos em pelo menos três matérias diferentes, é claro, se você estiver no mesmo curso e no mesmo semestre.Por que eu só comprartilhei uma matéria com ela, se ela era uma garota super preguiçosa, ou se ela estava muito ocupada e só matriculada em algumas matérias, talvez eu devesse perguntar a ela. Nos dias seguintes, eu só podia vê-la nos corredores da universidade e mesmo assim não conseguia falar com ela. Sempre que eu a via, ela estava sempre com pressa ou falando com outra pessoa… Ou pior, ela simplesmente balançava a cabeça para mim e se virava para seguir seu caminho rapidamente, deixando-me ali parado como um
O professor tinha me observado, sem que eu soubesse, até que eu senti o olhar de alguém sobre mim. Quando me dirigi à professora, ela estudou minha expressão antes de falar.-Há algum problema, Sr. Harrison? – Ela o disse em voz alta, para que todos pudessem ouvir.-Não… Não, desculpe, estou apenas um pouco atrasado em relação ao assunto. – Respondi com um olhar de cachorro, mas ao invés de ficar quente e confuso, a professora me deu um olhar desdenhoso.-Lembro que este assunto é muito longo e complexo, você debe manter sua concentração no tema escolhido! Este projeto lhe servirá como prática para o projeto que você debe realizar no final do curso e só então você poderá se formar! – Ele praticamente gritou para toda a turma. Então ele se voltou para mim. – Isso está claro para você, Sr. Harrison?-Sim… Sim. – Eu gaguejei de surpresa. Em minha vida, uma professora já havia falado comigo assim, porque, normalmente, eu encontrava uma maneira de manipulá-los, mas esta mulher, el
Eu estava nos chuveiros da universidade, tínhamos acabado de praticar para a equipe de futebol, que eu havia inscrito no último semestre, estávamos começando a praticar novamente neste semestre.Eu estava indo para o meu cacifo para me trocar. A maioria dos membros da equipe estava ocupada fazendo suas próprias coisas, alguns tomando banho, outros se vestindo, outros fazendo suas malas.Um grupo de rapazes estava conversando em uma ponta da sala, alguns sentados em um banco e outros em pé; suas palavras ecoavam pela sala e suas gargalhadas eram um rugido.Esse grupo era composto por Paul, Diego (que estavam na minha turma de projeto), Fabian, Arturo e George, meus amigos. Somos seis rapazes, todos pertencemos ao time de futebol e foi lá que nos conhecemos e nos tornamos amigos (exceto Paul, ele é meu amigo desde o colegial), já que nem todos compartilhamos a mesma carreira.Sempre saímos juntos, durante os intervalos, festas, discotecas, nos demos muito bem. Não quero me gabar, m
-Você pensou… Você pensou que estávamos dizendo isso para você? – George perguntou enquanto tentava conter suas gargalhadas.-Você conhece as regras, eu pedi por isso. – Eu resolvi com muito mais arrogância.-Sim, mas vários de nós gostamos, você sabe que primeiro discutimos quem iria conseguir. – Arturo respondeu.-Além disso, se você gosta dela, deveria ao menos conhecê-la melhor, conversar com ela. – Paul intervém. Eu olhei para ele confuso. – Ela tem um namorado! – Ele rapidamente esclareceu em um grito, me surpreendendo. Tenho que aceitá-lo, não o tinha levado em conta, não tinha pensado sobre isso.-E daí? Não é como se eu a quisesse para uma namorada. – Eu me gabei.-Você pensou que a deixamos de fora para você, mas não é necessário deixá-la de fora para o noivo! -Diego menciona sarcasticamente e surpreso.-Você mesmo já namorou inúmeras garotas que têm namorado! – Eu respondi.Paul encostou-se à parede com os braços cruzados no peito e, como se estivesse falando