A Sra. Lucia levantou-se de repente e aproximou-se de sua filha.-Ana! Filha, o que você está fazendo de pé, você deveria estar descansando, vamos, deite-se.Ela praticamente empurrou Anabel para dentro da sala. Eu, ainda nervosa, pulei de pé. Não consegui ver nada, a porta do quarto já estava fechada. Esperei impaciente e desconfortável por um minuto, no máximo, mas me pareceu uma eternidade.Sem poder ajudá-los, escutei um pouco a conversa deles. Não era que eu estivesse escutando, nem nada, a sala estava fechada, então era inevitável ouvi-los, desde que eles não falassem em sussurros.- Mamãe, o que está acontecendo? O que o Leo está fazendo aquí?- Ele veio visitá-la, filha. Pelo menos ele está preocupado.- Feno, mamãe! Não comece, por favor. Eu te disse, eu expliquei, eu pedi que ele não viesse. – Anabel pareceu-me um pouco perturbada.- Não importa, ele ainda pode vir aquí para perguntar.- Para quê? Sim, nós conversamos ao telefone o tempo todo. Além disso, eu posso
Eu sei que eu deveria ter me segurado. Sei que não era o melhor assunto. Eu sei que não era o melhor assunto. Mas senti a necessidade de fazê-lo, especialmente depois de ouvir a curta conversa que ela teve com sua mãe.- E… Seu namorado, ele já veio vê-la? – Ela deu um pequeño suspiro, apertou um pouco os punhos e hesitou, falando sem me olhar na cara.- Não, eu lhe pedi para não vir, sabe, por causa da contagiosidade.- Sim, mas imagino que ele esteja muito vigilante… Ele debe estar muito preocupado.- Certo, certo, obviamente. – Parecia um pouco nervoso, envergonhado? Suas bochechas e orelhas foram enxaguadas. Senti-me um pouco culpado ao vê-la daquela maneira. – Conversamos um pouco. Mas, sabe, ele tem muito trabalho, trabalha em uma empresa muito importante e… - Baixei meu olhar por um momento, olhei para cima e fixei o olhar nos meus olhos. – Ele tenta estar comigo em todo o tempo livre que tem.- Sim, eu posso imaginar. Debe ser muito difícil.- Às vezes é. – Ele suspira
Eu me despedi da Jossie na quinta-feira à tarde, com carinho e gratidão, pois meus pais chegariam no sábado para me buscar e eu não a veria antes de voltar das minhas férias.Não haviam passado duas horas desde que Jossie partiu, quando a solidão começou a me atingir.Estava começando a escurecer, eu estava assistindo um filme de ação e estava chovendo lá fora. Eu recebi uma mensagem.-Como você está indo? – Anabel.-Ei, Bel! Aquí, triste e solitária. – Não pense que nossas mensagens eram assim, tão secas, usamos muitos emoticons e adesivos, não vejo a utilidade de colocá-los aquí ou descrevê-los, você acha?-O quê? Por quê? O que aconteceu? – Ele respondeu imediatamente.-Jossie não poderá vir amanhã e meus pais só chegam no sábado, então eu tenho que ficar sozinho.-Debe ser horrível, especialmente porque você está doente. – Assim que li a mensagem, uma idéia veio até mim.-Sim, eu realmente preciso de uma enfermeira, ou pelo menos de alguém que me faça companhia.-G
Conversamos muito, um pouco sobre tudo, nada de importante. Depois sugeri assistir a alguns filmes, pedi algumas pizzas e refrigerantes, ela fez algumas pipocas e quando tudo estava no lugar, nos instalamos juntos no meu sofá.Assistimos “Os Jogos da Fome”, achei que era uma boa escolha porque tem alguma ação e algum romance. Um bom complemento para nós dois. Estávamos comendo e fazendo comentários. Não é um filme que eu adoro, mas foi muito divertido vê-lo com ela.O filme terminou. Anabel olhou para seu telefone, acho que ela respondeu mais algumas mensagens enquanto eu ainda estava no sofá, fingindo assistir aos créditos. Depois ela voltou para sentar-se.-Vamos assistir a próxima? – perguntou ela, pois já estava procurando o filme no menu. Mais uma vez, ela parecia nervosa. Eu olhei para a hora, já eram quatro da tarde. Ela parecia perceber o porquê, acrescentou ela. – Ainda é cedo.Ela interpretou o filme e imediatamente se levantou para ir ao banheiro. Após alguns minutos e
Por alguns segundos, pela primeira vez, desde que nos beijamos no jogo da garrafa, ela olhou para meus lábios, olhou para eles e depois voltou para meus olhos. Ela sabia o que iria acontecer. Eu sabia o que iria acontecer.Lentamente, aproximei meu rosto dela, minha pulsação acelerada e não me importei com sua possível reação. Por um lado, eu sabia que era errado, era óbvio que o álcool a havia afetado, mas seria possível que o álcool pudesse trazer à tona seus verdadeiros sentimentos? Sim, para mim, era uma possibilidade.Eu estava a segundos de beijá-la, de lhe dar um beijo de verdade. Não um para um jogo bobo envolto em súplicas. Era minha primeira chance real, mesmo se eu estivesse bêbado. O som do filme estava no fundo, não havia mais nada naquele espaço a não ser ela e eu, todo o resto era um borrão, efêmero.Alguns segundos a menos.Cada vez mais perto.BRRRRRRRRRRRRRRRRRRR.Um som alto me assustou.-Você consegue vê-lo? Diante de você, eu posso fazê-lo. – As palavras d
Pela primeira vez em muito tempo, estávamos sozinhos, sentados em uma das mesas do pátio, esperando que as meninas saíssem da aula.Estávamos conversando sobre futebol, quando Paul mudou de assunto em um minuto.-Como estão indo as coisas com Anabel?Eu sabia que isso iria acontecer, eu estava pronto para isso. Paul é geralmente um cara muito discreto, ele não gosta de se envolver nos negócios de outras pessoas, sua filosofia é “Todos fazem com sua vida o que ele quer”; no entanto, desde muito jovens, somos melhores amigos, então, eu não fiquei surpreso, nem aborrecido, por ele ter levantado o assunto.Ele provavelmente esperava que eu lhe contasse de minha livre vontade, e como eu não toquei no assunto, ele decidiu tomar a iniciativa.-Bem… Bem, normal, como sempre. – Respondi sem lhe dar muita importância.-Sabe, eu realmente pensei que você havia esquecido de toda a conquista dela. – Eu queria interrompê-lo, mas ele não me deixou, ele me parou com um aceno de mão. – Claro,
-Phew. Você está até o pescoço. – Paul declarou, olhando para a paisagem. Eu segui seu olhar e olhei em volta, aliviado, como se tivesse largado um peso, relaxado, pensando. – Ouça. – Com alguma hesitação em seu tom, Paul interrompeu meu minuto de paz interior. – Eu não deveria lhe dizer isto, mas você é meu melhor amigo.-O que você está dizendo? – Eu olhava para ele, confuso.-Você sabe que não gosto de me envolver nestas coisas, não é da minha conta. Mesmo assim, acho que você debe saber. – Ele argumenta um pouco precipitadamente. – Anabel é muito reservada com sua vida pessoal, no entanto, ela passou a considerar Melissa como uma grande amiga, então às vezes Anabel conta coisas sobre seu namorado… Mel é muito discreta, ela ocasionalmente faz alguns comentários para mim, muitas vezes vagos, no entanto, há momentos em que, sem querer, eu escuto a conversa deles. E eu não pude deixar de chegar a certas conclusões e confirmações.-Vamos lá, Paul, vá direto ao assunto. – Eu me o
Eu olhei o mapa em meu telefone mais uma vez. Eu já estava perto, a apenas um quarteirão do local que Anabel me enviou. Estou dirigindo devagar, não quero me perder e seria imprudente dirigir muito rápido, com a ressaca que estava carregando e também observando meu telefone para me guiar.A poucos metros de distância, vejo a silhueta de uma mulher que imediatamente chamou minha atenção. Ela estava de costas para mim, suas curvas eram de coração batendo, seu andar era um pouco familiar, embora suas roupas parecessem um pouco vulgares.A menina estava usando saltos agulha pretos, com os quais, creio, era difícil para ela andar, porque ela se movia lentamente, como se estivesse pensando no próximo passo que iria dar. Ela mostra belas pernas graças a uma mini-saia de ganga um pouco apertada. E para completar a roupa, um top preto mostra sua cintura esbelta. Com seu cabelo marrom puxado para tras em um rabo de cavalo alto, ela tem um decote esbelto e ombros lindos, e uma bolsa preta pequ