A pesar de todas as mudanças que fiz em minha vida, será que meu passado sempre me assombrará? Eu queria lhe dizer, eu queria lhe explicar que eu não era mais aquela pessoa que eu era, aquele homem mulherengo e frívolo que não pensava nos sentimentos das outras pessoas. Eu não sabia o que havia dito antes, porque não achava necessário, queria que minhas ações falassem por mim, porém, aparentemente, ela não havia notado.Ela continuou.-É só… É só… - Acho que ela viu minha rejeição chegar e pareceu desesperada. – Fazendo o que você faz, é mais difícil do que eu pensava. É estranho para mim me envolver com outra pessoa, me sinto intimidada… Sempre estive com Chris, ninguém mais além dele. E se você me ajudar… Quebre o gelo. Será só uma vez, só sexo e amanhã esqueceremos tudo. – Ele agarra meu braço com força, me puxando para mais perto.-Não acredito que você está me contando tudo isso. – Aproximei meu rosto dela, falei com gentileza, serenamente. – Bel, você não precisa fazer nada
Eu dei a volta à peça. Agora era eu em cima dela.Eu a havia deixado tomar o controle por um bom tempo e entre os beijos e carícias, eu estava ficando louco. Eu queria mais.Em retrospectiva, eu tinha feito sexo com muitas mulheres em minha vida e tinha gostado com todas elas. Mas com Bel, eu nem sei como começar a descrever isso. Seu cheiro, sua pele macia e clara, cada toque dela, enviava uma espécie de corrente através do meu corpo. Eu sentia como se minha virilha fosse explodir.Empurrei entre suas coxas carnudas, pressionando-me dentro dela, esfregando-me uma e outra vez. E ela estremeceu a cada empurrão, gemendo, ronronando. Esses sons me fizeram vibrar e responder com meus próprios gemidos. Novamente, eu a beijei, mas de uma maneira um pouco mais desesperada, com mais intensidade, mordiscando seus lábios deliciosos, eu não conseguia controlar meu desejo, era muito, era intenso.Anabel me amarrou com suas pernas, puxando-me com mais força ao seu corpo. Ela soltou meus lábios
-Há algo errado? – perguntou ela, com o hálito entupido e os olhos cheios de desejo, confusa ao ver-me ali parada, apenas observando-a.Ela não tinha percebido o que eu tinha feito, não é mesmo?Eu a peguei pela mão e a levei comigo para o quarto. Bel ficou atordoada, mas depois sorriu enquanto eu a levava para o meu quarto. Concluí que ela não tinha realmente percebido o que tinha feito quando deu o nome de seu exnamorado ao meu ouvido, assim como ela terminou. Ela se sentou na beira da cama.-Eu preciso de um momento. – Eu expliquei.Foi tudo o que eu disse, tentando emular um sorriso terno, embora eu não ache que tenha saído bem. Eu a deixei ali sentada e fui ao banheiro.Parei em frente ao espelho e uma luta comigo mesmo começou.“Que diabos há de errado com você?”“O soldado ainda está de pé e mais do que disposto, por que você não pode?”.“É a Anabel! A mulher que você sempre quis, aquela com quem você sempre sonhou”.“Ela está esperando por você lá fora!”“Ela está
Mais uma vez, eu estava de férias. Eu estava na casa de meus pais há vários dias. Uma noite, como qualquer outra noite, estávamos jantando como uma família. Meus pais e minha irmã estavam à mesa e estávamos conversando agradavelmente.Eu estava conversando com minha irmã, Susana, sobre anedotas da universidade; ela estava começando a faculdade de direito e estava muito animada.Ao contrário de toda nossa família, Susana havia se concentrado em uma carreira que nada tinha a ver com medicina. Meus pais não concordavam no início, porque queriam que seus filhos trabalhassem no hospital que um dia teriam.No entanto, minha irmã tem grandes poderes de persuasão e, depois de muito pleito, ela convenceu nossos pais da importância que um advogado poderia ter à frente dos negócios de nossa família. Penso que, mais do que por causa de seus discursos, meus pais concordaram com meu estudo dessa carreira por causa de sua determinação.De qualquer forma, o jantar estava indo bem, até que, de rep
Não olhei para cima, apenas coloquei minha mão na parte de trás do pescoço para massagear a súbita tensão que me havia tomado conta.- A sério? - Todos olharam para mim com surpresa. Eu acenei, ainda massajando meu pescoço. - Desde quando? - continuou minha mãe.- Há vários meses. - Eu discuti rapidamente.- E como não sabemos sobre ela? - perguntou ela.- Porque eu preferi ser discreto. - Soltei meu colarinho enquanto saía outra risada estranha.- Qual é o nome dela? - Meu pai perguntou com uma certa suspeita em seus olhos.- Anabel. - Eu a esbati tão rapidamente e de forma tão precisa que me pareceu completamente credível.- Gostaríamos de conhecê-la. - Minha mãe acrescentou com alegria.- É claro que sim! Vou apresentá-los a vocês em algum momento. - Eu encolhi os ombros e comecei a mexer a comida no meu prato para frente e para trás.- Não, não, não. Eu realmente gostaria de conhecê-la. Eu realmente gostaria de conhecê-la. - Minha mãe insistiu.- Sim, mamãe. Eu cuidarei
Embora tenhamos sido poupados do interrogatório, por enquanto, houve uma situação incômoda, minha mãe nos informou que Anabel passaria a noite no meu quarto. Todos os quartos de hóspedes estavam ocupados devido à festa e como meus pais "de acordo com eles" são pais modernos, vendo que somos um casal e de idade legal, eles decidiram que iríamos dividir o quarto.Anabel ficou ainda mais chateada quando soube deste contratempo, embora ela tenha conseguido escondê-lo muito bem. Só eu pude perceber, eu a conhecia bem e bem, era óbvio que ela ficaria chateada com esta circunstância.Nós combinamos naquela noite de usar o quarto sem nos deixarmos desconfortáveis, primeiro eu me preparava, depois ela se preparava. Até que fosse hora de ir para a cama, não deveria haver nenhum problema.Depois de terminar de me preparar para a festa, deixei Bel sozinha no quarto para me preparar. Caminhei lentamente pelo corredor, a dor nas costas estava me matando, eu não só estava tenso, mas também descon
Depois de sair de toda a agitação, levei Bel à mesa de meus pais, onde nossos assentos nos aguardavam.- Oh, Annabel! Querida, você está linda. - Minha mãe levantou-se de seu assento e apertou um beijo em sua bochecha.- Obrigada. - Bel respondeu, corando. Ambos tomaram seus lugares, e eu tomei meu lugar ao lado de Bel.- Linda, há muito tempo que quero pedir desculpas a você, temos sido péssimos anfitriões de nossa nora. - Minha mãe falou com ela de perto, enquanto ela corria a mão pelo braço de Anabel.- Não, está tudo bem, eu entendo. - A Bel sorriu ternamente para ela, ainda corando.- Não, não, não. Eu não tenho sido capaz de cuidar bem de você com toda esta festa. Eu vou compensá-la.- Você não precisa fazer isso. - Ela respondeu, sorrindo.Por muito tempo, meus pais se concentraram em Bel, perguntando sobre sua vida e contando-lhe anedotas embaraçosas de minha infância. Aquelas histórias que sempre me irritaram, que contam e me envergonharam, nesta ocasião, me entretiver
Estávamos dançando, toda a atmosfera tinha sido incendiada e a sala estava cheia de casais pulando alegremente para a música.Eu não podia parar de observar Anabel, estudando cada expressão, cada movimento, procurando por algum significado. Eu queria descobrir alguma pista, uma pequena dica, de que tudo o que ela dizia à mesa para meus pais era verdade.E, ao mesmo tempo, não podia levá-la a algum lugar sozinha, para confrontá-la e perguntar-lhe cara a cara, porque tinha medo. Eu já havia dito isso antes, não é verdade? Eu estava com medo.Sim, eu a reconheci. Sempre a tive e foi isso que me impediu de dar o mergulho.Milhares de vezes eu me propus confessar meus sentimentos a Anabel e milhares de vezes meu medo me paralisou.Eu tinha medo de sua rejeição, de afetar nossa amizade, de nos distanciar, de perdê-la. Porque, apesar de tudo, naquele momento ela estava ao meu lado, como minha amiga, mas ela estava ao meu lado.Se eu confessasse, corria o risco de levá-la para longe de