Segunda-feira, 8 de janeiro de 2024
Londres, Inglaterra
— Você se divertiu esta noite? — pergunto, pegando o pedaço de abobrinha que ele estava evitando.
— Sempre me divirto — responde ele, com a boca cheia de macarrão.
— Conheceu alguém de quem você gostou?
Ele encolhe os ombros.
— Uma diretora de uma escola de meninos ofereceu-me três mil libras para ir para casa com ela.
— E você desperdiçou essa oportunidade?
— Eu já tenho uma dor na minha bunda. Eu não preciso de outra.
Estreito meus olhos para ele, encarando-o até que um sorriso aparece em seus lábios.
— E o Natan? — pergunto.
— Ele é um pé no saco — Harry murmura. — Ele literalmente participou de duas
— Você está quase lá — Harry diz. Ele conhece meu corpo de uma maneira que eu nunca pensei que outra pessoa pudesse.Um frio suave percorre meu corpo quando ele se inclina em meu ouvido, sussurrando que ele sabe que eu estou pronta antes que ele me desacelere, parando meus quadris contra o dele.Ficamos assim por um momento, tão presos um ao outro.Sem fôlego, trocamos beijos quentes de boca aberta enquanto nossos corações disparam juntos.Finalmente, depois daqueles poucos segundos agonizantes, ele me levanta dele apenas o suficiente para me virar de costas, suas mãos nunca me deixando, com um brilho selvagem em seus olhos.Eu mal estava acomodada quando ele se senta de joelhos e me puxa para frente para que nossos quadris se encontrem novamente.***— Nunca me canso disso também — Harry diz, presunçosamente. Descanso minha cabeça
6 anos atrásSegunda-feira, 15 de outubro de 2018St. Thomas HospitalLondres, InglaterraDói respirar.Tudo está muito claro e fora de foco, as vozes e rostos aparecem em explosões de cor e som. Quero fechar os olhos, dormir. Mas estou em algum tipo de movimento constante. — Precisamos localizar a fonte da hemorragia. — Ela tem fratura nas costelas. Os azulejos brancos do teto embaçam. Máquinas apitam. Mãos enluvadas me tocam. — Grace? Grace. Olhe pra mim. — Tento focar na voz e vejo que ela vem de uma mulher. Seu cabelo preto está preso em um rabo de cavalo feito às pressas e algumas mechas caem em volta de seus olhos que rapidamente entram no foco. — Bom. Iss
Dias atuaisSábado, 13 de janeiro de 2024Londres, InglaterraEstou vinte minutos atrasada para a primeira partida da temporada.O Centro Comunitário de Hampstead está fazendo um programa de futebol de inverno, então quando Hannah inscreveu Teddy, inscrevi Harry também.Ela achou que era uma ótima ideia, então ela adicionou seu marido Michael à lista, e de repente eles estavam treinando os pequeninos. As crianças têm entre quatro e cinco anos, então os treinadores passam mais tempo garantido que todos tenham uma chance com a bola do que realmente treinando.O apito soou enquanto caminho pelo campo até as arquibancadas.Harry está vestindo um suéter e uma calça de moletom, com um gorro cinza em sua cabeça.Eu ia fazer um comentário sobre como ele está fofo, mas en
Jhuly e Louis não ficam muito tempo depois que Natan se senta ao meu lado.O nariz de Peter estava ficando um pouco rosa demais e Jhuly estava preocupada que ele pegasse um resfriado.Hannah e as meninas cruzam o campo.De longe consigo ver os fones de ouvido nas orelhas de Jenny, que está com aquela carranca permanente em seus lábios.Katherine parece indiferente ao lado da irmã.Ela usa meia-calça e polainas, o collant escondido sob a jaqueta.Ela está tendo aulas particulares na esperança de conseguir um teste paraO Quebra-Nozesem julho.— Ah, meu pequeno raio de sol! — Natan sorri para Jenny, e ela sobe até o topo da arquibancada, sentando-se o mais longe possível de nós.Ela nem mesmo olha na direção de Natan.Ele ri para Hannah.— É uma ótima idade, não é?Hannah suspira
Como ambos tínhamos vindo em carros separados, optamos por ir a pé até o bistrô mais próximo.— Falou com o Natan? — Harry pergunta enquanto atravessamos a rua.— Sim — suspiro.— Ele não está bem.— Mas deve ser difícil — Harry diz, apertando minha mão suavemente.— Ele perdeu um grande amor, perdeu vários amigos e depois que se apaixonou novamente, perdeu de novo.Ele deve se sentir sozinho.— É por isso que eu quero ajudar. Achei que, se ele conhecer novas pessoas...— Grace, você só pode ajudar as pessoas que querem ajuda.Você está fazendo tudo que pode por ele.Suspiro novamente.— Eu sei.Eu apenas sinto que deveria estar fazendo mais.— Você não pode salvar o mundo, meu amor.— Eu
Antes que ele possa pensar em algo mais para dizer, eu o encurralo contra a parede e ataco, lutando para colocar sua jaqueta e gorro.Desde que ele aprendeu a andar, passo a maior parte dos meus dias perseguindo-o ou brigando com ele para sentar no assento do carro.Sua aversão a roupas sempre mantém as manhãs interessantes.Assim como seu gosto por barras de manteiga.No caminho até minha padaria, ele expressa seu desejo de construir um boneco de neve. Odeio ser a portadora de más notícias, mas não há neve suficiente no chão e eu tenho uma reunião às dez e meia que não posso remarcar.Tentar encontrar um arquiteto que possa concretizar minha visão com o orçamento que eu tenho é mais difícil do que eu pensava inicialmente.Há muitas coisas essenciais para começar um negócio.Além da papelada fiscal
Sinto o cheiro da mistura de ervas, alho e madeira queimada antes de sair do meu carro à noite, o que me deixa intrigada, mas também muito preocupada.Uma pequena parte de mim espera que o cheiro persistente venha da casa ao lado, mas assim que entro, percebo que vem da minha própria cozinha.Vejo Harry enquanto caminho pelo corredor.Ele está encostado no fogão com uma colher de pau na mão, sem camisa e uma calça de moletom.Um gorro preto esconde a maior parte de seu cabelo, mas alguns cachos rebeldes ainda escapam na parte inferior.Eu disse a ele uma e outra vez que não é seguro ficar tão perto de uma chama acesa do fogão sem camisa.Ele nunca ouviu.— O que é isso? — pergunto, entrando na cozinha.Harry vira a cabeça, me dando um sorriso torto.— Estou fazendo o jantar.— Qual é a ocasião? &m
Viro-mecom um sorriso forçado para ele:— Sem vacas.Ele faz beicinho quando pego sua tigela e levo até a pia.Lavo a pilha de pratos que ele deixou, ignorando o suspiro que ele faz.Ele fala sobre essa vaca desde que comprou a casa de campo, mas, já que moramos em Londres em tempo integral, não precisamos ter uma vaca para ficar lá sozinha.— Não me olhe assim — estreito meus olhos para ele quando termino de organizar a cozinha. Ele se encosta na ilha com os braços cruzados.— Assim como?— Com esse beicinho que eu conheço muito bem. E tudo o que você está pensando em fazer para me convencer, não vai funcionar.Não vamos comprar uma vaca — dou um último olhar antes de me virar, me abaixando para colocar a sopa na prateleira de baixo da geladeira. — Já conversamos sobre isso — falo, ig