A equipe da Dartmouth voltou ainda de madrugada para Hanôver, apesar da animação pela vitória nas eliminatórias da Ivy League, todos dormiram no voo e no ônibus de volta para a universidade. Nick acordou com o treinador chamando todos para descerem e seguirem para seus quartos no dormitório, a garota olhou para Travis que ainda dormia com a cabeça encostada no vidro e um braço ao redor de seus ombros em uma espécie de conchinha mal feita e sorriu, o acordou com um beijo delicado no rosto do garoto que, ainda sonolento, sorriu ao se virar para ela.
Os dois caminharam de mãos dadas com suas mochilas nas costas seguindo o grupo que se dividia entre o dormitório e fraternidades, o campus deserto e silencioso só mostrava o quão cedo era os questionando se seriam capazes de acordar para as aulas em algumas horas. Subindo para o terceiro andar, ignoraram os sorrisos de
Sophia parou frente a porta de Nick batendo duas vezes para que a garota pudesse abri-la. Sem cerimônia, entrou no quarto observando-a pronta para as aulas e estranhamente diferente o que fez Sophia erguer uma sobrancelha intrigada. Diferente de Travis que cantarolava pelos cantos e parecia um garoto apaixonado, Nick era o total oposto, indiferente e séria com feições de poucos amigos.– Tudo bem? – perguntou a garota que suspirou antes de assentir com a cabeça procurando sua mochila. – Você precisa saber que eu acho que sou um pouco sensitiva e sei quando algo está acontecendo, não é? Como por exemplo, eu já sabia que acontecia algo entre vocês antes que confessassem. Nick parou no momento em que colocava a mochila nas costas
Depois da tentativa fracassada de Dylan em fazer Nick e Travis brigar, os dois chegaram na festa de mãos dadas e sorrisos no rosto, o quarterback acenava para todos que já haviam chegado e acenavam para ele em diferentes pontos da casa, seja na piscina, sentados nas espreguiçadeiras ou enquanto dançavam e bebiam no gramado próximo ao som alto. Pelo símbolo na fachada da mansão de três andares, Nick sabia que a letra significava Phi, apesar de não ser uma boa conhecedora do alfabeto grego, e não disfarçou a surpresa ao ver a grandeza de um quintal bem cuidado apesar de saber que seus moradores eram jovens que passavam mais tempo bêbados e passando trotes nos outros. Vestindo uma das blusas de time
No dia seguinte a festa na piscina da fraternidade, toda a universidade sabia do atual status de relacionamento do quarterback e consequentemente, todos conheciam Nick e não disfarçavam seus olhares para a garota que muitas vezes os decifrou em admiração e intriga, como se a pergunta de como ela conseguiu o quarterback pulasse na mente de algumas pessoas. Diferente de como agiria naquele momento, Nick não pensou e nem mesmo ponderou os riscos em ser um rosto conhecido, que ganhava sobrancelhas arqueadas de algumas garotas e sorrisos fáceis de garotos. Não pensou em como Ken agiria ou como Aidan iria lhe repreender em fazer exatamente o contrário do que ele a aconselhou. Deixou o dilema em decidir qual caminho certo a seguir, entre sua vida pessoal e profissional, para traz e se deixou ser amad
Mais tarde naquele dia estavam os quatro sentados em volta da mesa ouvindo Bon Jovi que parecia tocar todos os dias no Rock'n' Roll Café. Nick percebeu assim que entraram que Sophia não conhecia aquele lugar quando a garota parou para observar a decoração com genuína admiração. Viu quando Travis chamou o garçom ansioso e animado para pedir quatro kits clássicos comentando com os amigos o quanto gostava daquele hambúrguer. Distraída, Nick observou o local reconhecendo os discos de vinil presos na parede e onde ficava os três alvos de dardos lembrando de ter passado bons momentos com Travis.– Nick, você já veio aqui? – Sophia perguntou em uma tentativa descarada em começar um assunto.– Sim, ela vei
– Eu adoro quando isso acontece, sabe. – disse Nick parada frente ao homem que balançava seus punhos frente ao rosto. – Fica muito mais gratificante de dá uma surra. Os olhos do homem desviaram de Nick para algo atrás dela por um segundo antes de voltar para encará-la. Nick virou o suficiente para ver Geórgia apressando os passos para se aproximar.– Chame ajuda! – Nick gritou sob o ombro para Geórgia que parou de repente e pensou por um momento sem demonstrar o quão perdida estava naquele momento antes de dá meia volta e entrar pela mesma porta dos fundos que havia saído. Voltando sua atenção ao homem, Nick investiu uma vez em direç&
A van preta saiu em disparado pelas ruas de Hanôver se misturando com o trânsito nas avenidas até chegar na rodovia dez seguindo para o sul. A garota inconsciente na parte de trás da van não notou a pressa para chegar até a rodovia 89 e sair de Hanôver em segurança, nem mesmo notou quando lhe foi injetado sonífero para que ela dormisse toda a viagem e o motorista pudesse dirigir sabendo que ela não acordaria tão cedo.Nick estava perdida em sonhos e lembranças sem ter consciência da realidade ao seu redor. Não viu quando pararam em um posto de gasolina e o seu sequestrador deixou a van sozinha na bomba de gasolina para ir até a loja de conveniência, nem mesmo pode fazer algo quando um carro da polícia que patrulhava o local passou por eles observando o movimento.
Aidan foi o primeiro a chegar no Departamento de Policia encontrando Geórgia em pé frente a máquina de café na sala principal. Ele ignorou todos os policiais, alguns sentados em suas mesas, outros andando com papéis nas mãos para se aproximar da amiga e lhe puxar para um abraço apertado assustando Geórgia até que ela percebesse onde estava. Geórgia queria chorar sentindo seu coração apertado e a garganta fechada impedindo a passagem do ar para seus pulmões a fazendo respirar com dificuldade, mas pressionou os lábios e os olhos para que se manter forte naquele ambiente, ela sabia que não mostraria muita confiança chorando igual uma criança, apesar de Aidan está lá.&n
Aidan gostaria de ter tido treinamento para aquele momento, em dizer ao seu chefe que um de seus agentes, sequestrado por sabe se lá quem, tinha um envolvimento com o alvo, quem deveria proteger à distância até que a eleição para senador do pai passasse. Ken não disfarçava o choque, encarava Aidan na sala anexo em silêncio como se ainda absorvesse tudo o que ouviu sobre Nick e Travis. A sala que antes estava um gelo, ficou ainda mais fria com o humor de Ken que passou de preocupado para ameaçador. Na sala ao lado, Travis e o pai conversavam um com o outro um assunto que Aidan não conseguiria supor qual era, mas analisando a tranquilidade do senador, diria que o filho não estava contando sua história com a guarda-costas.– Há quanto tempo isso vem acontecendo? –