Capítulo 7
— Nada. — Alva respondeu, com os olhos vermelhos fixos na janela.

No instante seguinte, o céu se iluminou com uma explosão de fogos de artifício, enfeitando a noite com cores deslumbrantes.

Alva lembrou-se imediatamente das palavras de Ivana mais cedo: “Frederico vai soltar fogos por toda a cidade esta noite.”

Ao vê-la hipnotizada pelos fogos, Frederico a abraçou com ternura, seus olhos brilhando de afeto:

— Gosta disso? Eu posso preparar uma exibição de fogos só para você, ainda mais grandiosa. Que tal?

Ele apertou Alva gentilmente em seus braços, tentando agradá-la com sua voz suave.

Alva esboçou um sorriso melancólico, seus olhos cheios de tristeza e lágrimas contidas:

— Frederico, eu não gosto de coisas que já foram usadas.

Seja fogos de artifício... ou pessoas.

Embora suas palavras parecessem se referir aos fogos, Frederico sentiu uma pontada de ansiedade inexplicável. Seu coração acelerou.

Depois de um instante de silêncio tenso, ele a abraçou com mais força:

— Vou preparar algo especial, algo único... Algo que faça você nunca precisar invejar outra mulher.

Alva permaneceu em silêncio, seus olhos distantes fixos no horizonte, sem dar resposta.

Nos dias seguintes, Frederico saía cedo e voltava tarde, sempre envolto em segredos. Até os empregados notaram e começaram a brincar:

— Sr. Castilho está planejando uma surpresa especial para a senhora!

— Ele realmente a adora! Primeiro, as joias personalizadas, e agora outra surpresa... Ele nunca para!

Alva ouviu tudo com uma expressão inexpressiva, sem reagir.

Até que, em um dia qualquer, Frederico pegou sua mão com um sorriso misterioso:

— Alva, tenho algo para te mostrar. Tenho certeza de que você vai adorar.

Ela estava prestes a recusar quando seu celular vibrou.

Era uma mensagem de Ivana:

“Alva, adivinhe quem é mais importante para ele agora... você ou eu?”

Quase ao mesmo tempo, o celular de Frederico também vibrou. Sem querer, Alva viu a tela do celular dele.

Ivana havia enviado uma foto de suas pernas em meias arrastão, seguida de uma mensagem provocante:

“Não se atrase... Estou esperando.”

Frederico ficou visivelmente inquieto, seu olhar carregava uma luta interna enquanto sua garganta se movia em seco.

Guardando o celular no bolso, ele disse com pressa:

— Alva, surgiu um problema urgente no trabalho. Preciso resolver agora. Prometo mostrar a surpresa para você outra hora, está bem?

Alva manteve os olhos fixos nele por alguns segundos antes de soltar uma risada suave.

O som daquela risada fez um calafrio percorrer a espinha de Frederico. Antes que pudesse reagir, ela já havia descido do carro sem dizer nada.

Apenas três segundos de hesitação, e o carro dele já disparava pela estrada, sem olhar para trás.

Horas depois, o celular de Alva vibrou novamente. Era uma mensagem de Ivana com uma foto nojenta de um lixo cheio de preservativos usados:

“Alva, você perdeu de novo. Mesmo grávida, ele ainda não consegue resistir a mim. Isso não é amor?”

Ivana estava triunfante. Alva encarou as imagens sem qualquer reação.

Nada mais podia feri-la agora.

Nos dias seguintes, Frederico não voltou para casa. Alva não perguntou nada.

As mensagens de Ivana, no entanto, continuaram chegando. Fotos de frutas delicadamente cortadas, roupas de grife empilhadas, refeições feitas à mão — tudo mostrando o quanto Frederico “a amava”.

Alva permaneceu em silêncio. Ela estava ocupada... apagando qualquer vestígio de sua existência naquela casa.
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