Contra a vontade de Kátia, sábado chegou e prevendo que ia passar mal, ela convocou Yara para ficar com ela em casa, a enfermeira então trouxe uma bolsa com aferidor de pressão arterial e mais alguns itens que talvez pudesse precisar.
Assim que a gestante viu os equipamentos, uma ideia travessa passou pela sua cabeça, Kátia conhecia bem os pais e irmãos e realmente temia passar mal, então resolveram contar uma “mentirinha do bem”, Yara iria receber a família de Kátia e avisar a todos que ela estava tendo episódios de alteração de pressão arterial e que por isso não deveria ficar muito nervosa, pois faria mal a ela e a criança.
É claro que isso
- Marco, abre essa porta, se é que você tá aí. – Rodolfo, pai de Marco insistia. Kátia respondeu, sem se levantar. - Seu Rodolfo, Dona Maria Júlia, o Marco não mora aqui, mas já liguei pra ele e ele está vindo. – Kátia tremia, o que chamou a atenção de todos na sala. - Kátia? Eu sabia... é claro que meu filho não mora aqui, olha bem pra essa casa velha caindo aos pedaços... – Maria Júlia, mãe de Marco desdenhava. - Viu Rodolfo, eu te disse, ela tá na miséria por isso
- Vocês ficam aí conversando à toa, mas o assunto ainda não acabou, o fato é que essa daí tá grávida e diz que é do meu filho. Eu e o Rodolfo não vamos aceitar essa criança a menos que ela faça o DNA. - Mãe... - Fica quieto! Você caiu na conversa dessa aí outra vez! Nem parece um homem de mais de trinta anos! - Mãe, como a senhora falou eu tenho mais de trinta anos, então me deixa cuidar da minha vida. Eu só falei da gravidez por achar que a senhora e o pai ficariam felizes por eu finalmente ter meu filho e dar um neto pra vocês, mas ao contrário disso, vocês
Quase uma hora depois da partida de Marco e seus pais, uma buzina alegre pode ser ouvida no portão, Mauro e Murilo deram a volta na casa e foram receber as “meninas”, Érica e Rita, no carro logo atrás delas estava o casal que faltava, Douglas e Juliana. Kátia ouviu a agitação, mas não levantou ela estava realmente se sentindo mal e preferia continuar fingindo que dormia, mesmo sabendo que a Mãe estava sentada na beirada da sua cama acariciando seus cabelos. - Filha, eu sei que está só descansando, eu te conheço bem. Mas precisamos conversar, afinal meu neto não para de pular e é impossível você dormir com esse barulho todo.&nb
Aquele sábado ficou marcado na vida de todos as pessoas que foram até a casa de Kátia. A mãe dela encontrou o tio a décadas afastado de sua mãe, e pode contar para ele como tinha sido a vida dela e como ela partiu em paz. Kátia descobriu que era realmente prima dos gêmeos, o que a deixou feliz e fez com que os irmãos ficassem ainda mais cuidadosos com ela. Galo e Mir também ficaram surpresos e felizes, os irmãos tinham feito uma amizade instantânea com os gêmeos e saber do parentesco apenas confirmou o companheirismo intuitivo deles. Os pais de Marco, voltaram para casa em Cascavel, no Paraná e contaram tudo o que aconteceu para a família, que lá era numerosa, mas como o que foi contado era a ver
Enquanto Edgar voava, para Kátia era apenas mais uma quarta-feira como tantas outras. - Bom Dia, Filhote... vamos acorda, a mamãe tem que deixar você na escola antes de ir trabalhar. Ícaro não respondeu, apenas se enrolou outra vez nas cobertas, Kátia então descobriu os pezinhos dele e começou a fazer cócegas. - Vamos dorminhoco.... - Não! - Agora responde, não é? – Kátia ri do pequeno mal-humorado - Não! &nb
Assim que os dois carros estacionaram, Douglas e Edgar foram direto para a sala de espera, onde os outros Exilados estavam. - Oi gente. Cadê a Jú e a Yara? – Foi logo perguntando Douglas. - Subiram com a Kátia, como elas trabalham aqui tem acesso, nós só podemos esperar. – Respondeu Mauro olhando desconfiado para o engenheiro e empresário paulistano. - Oi. Tudo bem com vocês? – Edgar finalmente cumprimentou o grupo. - Oi, tá fazendo o que aqui? – Perguntou Murilo diretamente. -
Saindo da sala de coleta, Edgar procura por Juliana, mas não a encontra, vai então diretamente para Douglas. - Douglas, quando é o aniversário do Ícaro? - O Macaquinho vai fazer dois anos em vinte de outubro. Ainda faltam uns três meses. Edgar então se afasta e encontrando uma cadeira vazia se senta e pegando o telefone, pesquisa o tempo exato de uma gestação, então a data de vinte de outubro, volta no calendário quarenta semanas chegando no dia vinte e um de outubro. Murilo, vendo ele sentado e tremendo se aproxima, dando ao paulistano a chance de faz
Edgar não sabia, mas seus pais naquele momento não eram os únicos que ouviam o que ele dizia, a atual Diretora Contábil da Toniolo Engenharia também estava na casa e assim como a mãe dele ouviu claramente sobre o pequeno Ícaro. - Ah, Déa. Acho que vamos ter que deixar pra conversar sobre os eventos natalinos quando eu voltar, você ouviu não foi? Eu tenho um netinho em Santa Catarina e o Edgar precisa de mim e do meu marido lá para apoia-lo, seja lá qual for o problema. - Tudo bem, Dona Isabel. Eu entendo. Então é melhor eu ir agora, vocês têm muitas coisas para decidir antes de viajarem. Mandem um abraço meu para o Edgar e parabéns pelo netinho.<