Quase uma hora depois da partida de Marco e seus pais, uma buzina alegre pode ser ouvida no portão, Mauro e Murilo deram a volta na casa e foram receber as “meninas”, Érica e Rita, no carro logo atrás delas estava o casal que faltava, Douglas e Juliana.
Kátia ouviu a agitação, mas não levantou ela estava realmente se sentindo mal e preferia continuar fingindo que dormia, mesmo sabendo que a Mãe estava sentada na beirada da sua cama acariciando seus cabelos.
- Filha, eu sei que está só descansando, eu te conheço bem. Mas precisamos conversar, afinal meu neto não para de pular e é impossível você dormir com esse barulho todo.
&nb
Aquele sábado ficou marcado na vida de todos as pessoas que foram até a casa de Kátia. A mãe dela encontrou o tio a décadas afastado de sua mãe, e pode contar para ele como tinha sido a vida dela e como ela partiu em paz. Kátia descobriu que era realmente prima dos gêmeos, o que a deixou feliz e fez com que os irmãos ficassem ainda mais cuidadosos com ela. Galo e Mir também ficaram surpresos e felizes, os irmãos tinham feito uma amizade instantânea com os gêmeos e saber do parentesco apenas confirmou o companheirismo intuitivo deles. Os pais de Marco, voltaram para casa em Cascavel, no Paraná e contaram tudo o que aconteceu para a família, que lá era numerosa, mas como o que foi contado era a ver
Enquanto Edgar voava, para Kátia era apenas mais uma quarta-feira como tantas outras. - Bom Dia, Filhote... vamos acorda, a mamãe tem que deixar você na escola antes de ir trabalhar. Ícaro não respondeu, apenas se enrolou outra vez nas cobertas, Kátia então descobriu os pezinhos dele e começou a fazer cócegas. - Vamos dorminhoco.... - Não! - Agora responde, não é? – Kátia ri do pequeno mal-humorado - Não! &nb
Assim que os dois carros estacionaram, Douglas e Edgar foram direto para a sala de espera, onde os outros Exilados estavam. - Oi gente. Cadê a Jú e a Yara? – Foi logo perguntando Douglas. - Subiram com a Kátia, como elas trabalham aqui tem acesso, nós só podemos esperar. – Respondeu Mauro olhando desconfiado para o engenheiro e empresário paulistano. - Oi. Tudo bem com vocês? – Edgar finalmente cumprimentou o grupo. - Oi, tá fazendo o que aqui? – Perguntou Murilo diretamente. -
Saindo da sala de coleta, Edgar procura por Juliana, mas não a encontra, vai então diretamente para Douglas. - Douglas, quando é o aniversário do Ícaro? - O Macaquinho vai fazer dois anos em vinte de outubro. Ainda faltam uns três meses. Edgar então se afasta e encontrando uma cadeira vazia se senta e pegando o telefone, pesquisa o tempo exato de uma gestação, então a data de vinte de outubro, volta no calendário quarenta semanas chegando no dia vinte e um de outubro. Murilo, vendo ele sentado e tremendo se aproxima, dando ao paulistano a chance de faz
Edgar não sabia, mas seus pais naquele momento não eram os únicos que ouviam o que ele dizia, a atual Diretora Contábil da Toniolo Engenharia também estava na casa e assim como a mãe dele ouviu claramente sobre o pequeno Ícaro. - Ah, Déa. Acho que vamos ter que deixar pra conversar sobre os eventos natalinos quando eu voltar, você ouviu não foi? Eu tenho um netinho em Santa Catarina e o Edgar precisa de mim e do meu marido lá para apoia-lo, seja lá qual for o problema. - Tudo bem, Dona Isabel. Eu entendo. Então é melhor eu ir agora, vocês têm muitas coisas para decidir antes de viajarem. Mandem um abraço meu para o Edgar e parabéns pelo netinho.<
Um dia antes, na recepção do hospital, enquanto Ícaro era operado. Kátia queria conversar com Edgar e esclarecer as coisas, mas naquele momento ela estava tonta, sentada numa cadeira com Juliana a apoiando enquanto Mauro segurava um copo de isopor com achocolatado. - Kátia, toma isso primeiro, a Jú pediu pra verem a tua glicemia e tá baixa, se alimenta um pouco depois explica essa história de Sr. Rabisco pra gente, já que o Murilo, o Hector e o Rubens, foram tirar a verdade da Érica. - Bem, não adianta fazer rodeios, eu não sabia até hoje quem era o pai do Ícaro, eu passei a noite com um homem e quando
Dona Isabel, estava olhando o quarto do filho, ela não tinha ideia que Edgar tinha esse apartamento em Santa Catarina, no momento que ela abria a janela, o telefone do filho tocou e ela logo atendeu, para sua surpresa era a mãe do seu neto e ela parecia estar brava com Edgar. Elas conversaram rapidamente e ao desligar, Dona Isabel, estava confusa. - Não parece umas daquelas interesseiras que costumam correr atrás do Edgar. Ela então foi para a sala, onde três homens conversavam sobre o destino de um terceiro que ainda usava fraldas. - Mas filho, assim que organizarmos tudo, já que tem certeza que é meu neto, ele tem que ir pra São Paulo e
Enquanto eles conversavam, Andréa descia do taxi em frente ao prédio de Edgar e caminhava até a portaria, ela usava uma calça jeans e uma camiseta ambas compradas mais cedo numa liquidação, o cabelo preso num rabo de cavalo baixo, sem joias e o rosto sem maquiagem. - Boa tarde, eu vim conversar com o Sr. Edgar Toniolo, é para o cargo de faxineira, meu nome é Sueli. O senhor pode me dizer se ele está em casa? - Ah, bem, ele está aguardando a senhora? – Quis saber o porteiro. - Na verdade não, eu fui enviada pela empresa. – Andréa dissimulou.&nbs