Thaynara aceitou nossa proposta, porém se despediu para se encontrar com seu amigo Felipe. Eles moram juntos e são como irmãos, até porque da fruta que ela gosta, ele também gosta, palavras dela.
Ficamos em um papo descontraído por um tempo, mas fico estática com quem para a nossa frente, com cara de poucos amigos.
- Você não tem filhos para cuidar, Carolina? – Daniel solta sem nem ao menos nos cumprimentar. – Más companhias dão nisso. – Completa com cara de nojo para Nat.
- Não te devo satisfação da minha vida Daniel. – Faço cara de pouco caso. – Você perdeu esse direito quando me colocou chifres. – Ele tem a decência de demonstrar constrangimento.
- Os mortos reviveram? &n
Estou em casa em meu escritório, é domingo de manhã e hoje faz exatos 30 dias que estou em um relacionamento com Carolina. Nunca pensei que pudesse me sentir completo, que minha libido ficaria 24 horas em alta e que meu pau daria sinal de vida apenas com a lembrança de seu sorriso luminoso. Minha avó tem me importunado todos os dias, quer que leve Carol e os meninos para morar comigo o mais rápido possível. Segundo ela, já não sou mais adolescente e ela precisa ficar próxima de seus bisnetos. Ao contrário do que foi com Mônica, que ela nunca escondeu detestar, com Carolina e seus filhos foi amor à primeira vista. Como exigência sua, todos a chamam de vó Isa e ela parece
Volto ao presente com uma batida na porta e vejo o objeto dos meus devaneios entrar com seu ar angelical.- Achei você. – Senta-se em meu colo. – Não vai tomar café?- Sim. Estava respondendo alguns e-mails enquanto aguardava você e as crianças. – Dou-lhe um beijo casto.- Vamos então, eles já estão a mesa com sua avó e uma Antônia muito dispostas. – Gargalha. Nos encaminhamos a sala de jantar e nos acomodamos junto aos demais. Vovó está esbanjando saúde e animação, como a muito tempo eu não via. As obras da réplica de sua casa estão na metade e isso a tem animado bastante. Mas, o que realmente tem lhe dado vida, são Luiz Miguel e Ana Carolina.- Onde est&a
Como se meus pensamentos a invocassem, pelas paredes envidraçadas da frente do restaurante, vejo-as descer do banco do carona de um carro elegante e ser acompanhada por um homem até o interior do restaurante. Ela mantém uma distância respeitável do homem, mas é possível ver, mesmo a distância, os olhos de cobiça dele para ela. Sinto meu sangue ferver e sou acometido por uma sensação dolorosa de aperto no peito, a simples imagem me faz querer socar qualquer um que chegue perto dela. É uma verdadeira tortura, ver que todos os homens do restaurante a olham com cobiça. Desço meus olhos por seu corpo e fecho minha mão em punho. Ela usa um vestido vermelho, com decote respeitável, ajustado ao corpo e comprimento até os joelhos.
- Tenho certeza de que não vou precisar, obrigado pela oferta. – Escuto Olavo responder, ao mesmo tempo em que seu corpo se encosta mais ao meu, a sirigaita se levanta e pega suas coisas com cara de poucos amigos.- Foi um prazer atendê-lo senhor. Tenham uma boa tarde. – Sem um segundo olhar, vejo que deixa o restaurante pisando duro, afinal ela levou um fora épico. Relaxo um pouco, porém não muito. Esse dia hoje está sendo difícil, na verdade a semana toda tem sido uma tortura. Somente agora que estou próxima a ele, é que entendi a saudade e a necessidade que estava de sua companhia. No domingo senti seu distanciamento quando sua avó tocou no assunto que pelo que entendi é a morte de sua ex. Acredito que é um muito delicado e doloroso,
Estamos no carro indo em direção a construtora. Mantivemos o silêncio durante o trajeto e Rodrigo deixou o som do carro ligado. Olavo segura minha mão fazendo movimentos circulares com o polegar, como se tentasse me acalmar. Começa a tocar uma música do Kid Abelha, da qual gosto muito e vejo que ele a cantarola. Sua voz é grossa e levemente rouca, fazendo meus pelos se arrepiarem, será que esse homem tem que ser perfeito em tudo?Eu perco o sono e choroSei que quase desesperoMas não sei por queA noite é muito longaEu sou capaz de certas coisasQue eu não quis fazerSerá que alguma coisaNisso tudo faz sentido?A vida é sempre um riscoEu tenho medoLágrimas e chuvaMolham o vidro da janelaMas ningu&ea
Hoje é sexta feira, o dia foi corrido ao extremo, nem almoçar consegui, comi apenas um sanduíche que Nat levou para mim, pois ao sair mais cedo, quis compensar. Nunca precisei fazer isso, mas como Edgar tem mudado sua forma de tratar a todos, preferi não abusar, então fiquei meu horário de almoço trabalhando.Ontem também não consegui jantar com Olavo, tive que me programar para hoje e ele pareceu desapontado, apesar de aceitar, porém, sabe que tenho dois filhos pequenos e que precisam de minha atenção constante. O tempo entre fazer as malas, organizar com Hortência e as crianças sobre o fim de semana, passar as orientações sobre regras e punições, foi longo e quando vi, já era quase uma da manhã, por isso estou esgotada. Agora estou indo para casa, são 16 horas e co
Fico olhando para meu ex durante um bom tempo, sem acreditar no que acabo de ouvir. Jesus, esse homem é de outro planeta, só pode. Como assim, conversar em um restaurante ou bar, como se estivéssemos em um encontro? Decido ignorar essa parte e tentar me livrar dessa conversa maluca.- E qual é mesmo a finalidade dessa conversa? – Questiono novamente.- Estou preocupado com o bem-estar dos nossos filhos e queria que você entendesse que inserir esse homem em suas vidas é perigoso. – Eu o olho perplexa.- Jesus Daniel, você está se ouvindo? – Passo as mãos no rosto em sinal de exasperação. – Depois de dois anos, agora você se preocupa com seus filhos? E o Olavo é uma pessoa maravilhosa, que trata Ana e Luiz muito bem.- Quer saber Carolina, não tem como ter uma conversa civil
Nesse momento duas crianças com olhar assustado adentram o apartamento já chamando por mim.- Mamãe! – Grita Ana Carolina, fechando a porta.- Estou aqui, minha filha. – Tento limpar as lágrimas, para que não percebam que chorei, mas é quase impossível, nunca consigo esconder minha cara de choro.- Mamãe, vi que o papai saiu daqui. A van que nos trás da escola, passou por ele no fim da rua. – Diz já me abraçando. – É muito raro ele vir aqui e a senhora não chorar depois. – Fala com a voz embargada e uma lágrima escorre por seu rosto.- Não quero que ele venha mais aqui. – Luiz Miguel também fala, já me abraçando.- Meus amores, não falem assim do pai de vocês. O que acontece entre nós dois não pode afetá-los. – Sento-me no sofá e os coloco na