Não sei quais as reais intenções de Olavo, principalmente com essa canção, que durante todo o tempo ele me encarou de forma deliberada, sem se preocupar que todos percebessem seu interesse.
Me pergunto o que estou fazendo aqui junto com essas pessoas, mas principalmente me assusto realmente porque estou cogitando aceitar caso ele proponha que passemos a noite juntos.
Em um rompante, me levanto e sigo para o banheiro. Aguardo em uma fila e quando chega a minha vez sinto mãos firmes em minha cintura e quando dou por mim, estou dentro do banheiro, entre a porta e o corpo quente de Olavo.
- Ficou maluco? – Arregalo os olhos para ele. – Aqui é o banheiro feminino.
- Acredite eu notei isso. – E sem
- Vamos apenas acertar a conta e iremos para o hospital. – Afirma Rodrigo ao mesmo tempo em que todas as cabeças balançam em concordância. – Mande o endereço por mensagem e logo estaremos lá. Faz um movimento afirmativo com a cabeça e seguimos para o carro. Entramos e ele se vira para mim e pergunta qual o hospital e ao ouvir, seu motorista coloca o carro em movimento. Ele não solta minha mão durante todo o trajeto, faz movimentos reconfortantes em minha pele ao mesmo tempo em que me fala palavras de consolo. Nem havia percebido que estava chorando. Quando o carro para em frente ao hospital, percebo que ele não espera pelo motorista para abrir a porta e sem soltar a minha mão, nos encaminha para a sala de espera do pronto socorro.&n
- Hum, entendi. – Sorri de volta para ele e segue para a porta. – Sua avó terá alta na segunda, você ficou sabendo?- Claro que sim, já fui informado. Já preparei tudo para que tenha alguém para cuidar dela quando eu não puder estar por perto.- Muito bem então. – Rebeca me olha e pisca um olho. – Pode levar essa moça para casa. – Vira-se e para, virando apenas o pescoço em nossa direção. – Ana Carolina, aproveite e peça seus amigos para assinar seu gesso.- Claro doutora e muito obrigado. – Diz minha filha já descendo da cama, com pressa para ir embora. Seguro em sua mão boa e seguimos para a recepção sendo seguidas por Olavo, não vejo mais Genivaldo em nenhum lugar, até que chegamos à recepção, p
Apesar de o trajeto até o meu prédio ser razoável, levamos 15 min para chegarmos, mas como o dia foi cansativo vejo que meu caçula se encontra em um sono pesado, com a cabeça em meu colo. Foi um dia também cansativo para mim. O motorista para o carro em frente a portaria do prédio e antes que eu perceba Olavo já está com a porta do carro aberta. Vejo-o se abaixar e um leve sorriso surgir em seus lábios.- Parece que esse rapaz não conseguiu esperar chegarmos. – Faz um movimento com o queixo indicando Luiz.- É, parece que não. – Olho para Ana Carolina e vejo que nos observa calada. – Você consegue levar minha bolsa, para que eu leve seu irmão? – Ao mesmo tempo em que ela balança a cabeça em
- Eu também quero você. – Minha voz sai apenas um sussurro e endireitando os ombros, tento aparentar alguma dignidade. – Mas tens razão, não podemos fazer nada agora. Seu motorista está aguardando e eu estou exausta. – Desvio meu olhar constrangido.- Ei, olhe para mim. – Sinto seus dedos em meu queixo e sou virada com delicadeza impressionante para ele. – Vejo que você se encontra confusa e que está cansada, mas não confunda as coisas. – Sinto um gelo tomar o meu corpo a imaginar a rejeição que enfrentarei, mas sou surpreendida com suas próximas palavras. – Eu te desejo demais, mas dessa vez não vou atropelar etapas, vou conquistá-la e quando a tiver, não será somente seu corpo, mas você por inteira. Sem me dar espaço para dizer nada, se vira abre
Em frente fica uma praça, onde há uma quadra de futebol e vários quiosques e por ser horário de almoço, se encontra habitada com poucas pessoas. Descemos do carro e percebo mais veículos estacionados, incluindo alguns modelos bem luxuosos e me lembro que não sei nada sobre os homens com quem saí ontem. Toco a campainha e logo vejo a figura de Rita vindo pela lateral da casa em nossa direção, fico impressionada em como está linda e elegante, mesmo vestida casualmente de jeans, regata azul celeste, tênis brancos, cabelos em um rabo de cavalo comprido e o rosto totalmente sem maquiagem.- Que bom que chegaram, já estão todos esperando por vocês. Inclusive meu pai. – Fala já abrindo o portão e me dando um abra&cce
Quando vi Carolina chegar acompanhada de seus filhos e a simpática senhorinha, precisei de alguns momentos para me equilibrar, o vestido que ela usa não é curto, porém deixa boa parte de suas coxas maravilhosas a mostra, o que fez com que uma parte do meu corpo acordasse na mesma hora. Para não passar vergonha precisei desviar os olhos e focar no susto que o senhor Manoel levou. Como esse mundo é pequeno, Rita a amiga da morena atrevida, é filha do dono da Padaria que fica bem próxima da casa da vó Isa, e se não bastasse é bem perto da casa deles também. Ao estacionar o carro aqui na porta, já que meu carro chegou hoje e aproveitei para ter um pouco de liberdade, lembrei-me rapidamente dos momentos em que passei na pracinha aqui em frente.&n
Antes que ela chegue em sua cadeira a música acaba e começa a tocar outra, então me levanto e pego sua mão seguindo em direção onde os outros dançam, sem dar chances para que ela recuse. Enlaço sua cintura com o braço esquerdo, deixando pouco espaço entre nós dois, olho em seus olhos e começo a me mover no ritmo do forró. Realmente os primeiros passos que damos saem meio capengas, mas depois conseguimos dançar muito bem. A letra da música é bem sugestiva e faz com que um sorriso se abra em minha boca, aproveito o refrão para olhar em seus olhos fixamente, fazendo com que a promessa que o homem canta, seja também minha promessa para ela.Sei que você não ama mais ninguémE nem quer amar
- Eu não sei se estou apaixonado, a verdade é que eu quero muito proteger essa mulher. Toda vez que a vejo demonstrar sua fragilidade em meio a tanta força, sinto um aperto, que não tem explicação, em meu peito. – Ele levanta a sobrancelha e sorri para mim. – E respondendo a sua pergunta, sou neto da Dona Isabel, ela mora perto da padaria.- Hum, sabia que te conhecia. Como está sua avó? Soube que caiu e está hospitalizada.- Se recuperando bem, amanhã ela terá alta.- Fico muito feliz filho. – Se levanta para ir em direção a senhorinha que reviu, mas para e aperta de leve o meu ombro. – E preciso te informar, que esse aperto no peito, nada mais é que amor. Você está definitivamente apaixonado. Sem esperar por resposta, se afasta e me deixa de olhos arregal