Apesar de o trajeto até o meu prédio ser razoável, levamos 15 min para chegarmos, mas como o dia foi cansativo vejo que meu caçula se encontra em um sono pesado, com a cabeça em meu colo. Foi um dia também cansativo para mim.
O motorista para o carro em frente a portaria do prédio e antes que eu perceba Olavo já está com a porta do carro aberta. Vejo-o se abaixar e um leve sorriso surgir em seus lábios.
- Parece que esse rapaz não conseguiu esperar chegarmos. – Faz um movimento com o queixo indicando Luiz.
- É, parece que não. – Olho para Ana Carolina e vejo que nos observa calada. – Você consegue levar minha bolsa, para que eu leve seu irmão? – Ao mesmo tempo em que ela balança a cabeça em
- Eu também quero você. – Minha voz sai apenas um sussurro e endireitando os ombros, tento aparentar alguma dignidade. – Mas tens razão, não podemos fazer nada agora. Seu motorista está aguardando e eu estou exausta. – Desvio meu olhar constrangido.- Ei, olhe para mim. – Sinto seus dedos em meu queixo e sou virada com delicadeza impressionante para ele. – Vejo que você se encontra confusa e que está cansada, mas não confunda as coisas. – Sinto um gelo tomar o meu corpo a imaginar a rejeição que enfrentarei, mas sou surpreendida com suas próximas palavras. – Eu te desejo demais, mas dessa vez não vou atropelar etapas, vou conquistá-la e quando a tiver, não será somente seu corpo, mas você por inteira. Sem me dar espaço para dizer nada, se vira abre
Em frente fica uma praça, onde há uma quadra de futebol e vários quiosques e por ser horário de almoço, se encontra habitada com poucas pessoas. Descemos do carro e percebo mais veículos estacionados, incluindo alguns modelos bem luxuosos e me lembro que não sei nada sobre os homens com quem saí ontem. Toco a campainha e logo vejo a figura de Rita vindo pela lateral da casa em nossa direção, fico impressionada em como está linda e elegante, mesmo vestida casualmente de jeans, regata azul celeste, tênis brancos, cabelos em um rabo de cavalo comprido e o rosto totalmente sem maquiagem.- Que bom que chegaram, já estão todos esperando por vocês. Inclusive meu pai. – Fala já abrindo o portão e me dando um abra&cce
Quando vi Carolina chegar acompanhada de seus filhos e a simpática senhorinha, precisei de alguns momentos para me equilibrar, o vestido que ela usa não é curto, porém deixa boa parte de suas coxas maravilhosas a mostra, o que fez com que uma parte do meu corpo acordasse na mesma hora. Para não passar vergonha precisei desviar os olhos e focar no susto que o senhor Manoel levou. Como esse mundo é pequeno, Rita a amiga da morena atrevida, é filha do dono da Padaria que fica bem próxima da casa da vó Isa, e se não bastasse é bem perto da casa deles também. Ao estacionar o carro aqui na porta, já que meu carro chegou hoje e aproveitei para ter um pouco de liberdade, lembrei-me rapidamente dos momentos em que passei na pracinha aqui em frente.&n
Antes que ela chegue em sua cadeira a música acaba e começa a tocar outra, então me levanto e pego sua mão seguindo em direção onde os outros dançam, sem dar chances para que ela recuse. Enlaço sua cintura com o braço esquerdo, deixando pouco espaço entre nós dois, olho em seus olhos e começo a me mover no ritmo do forró. Realmente os primeiros passos que damos saem meio capengas, mas depois conseguimos dançar muito bem. A letra da música é bem sugestiva e faz com que um sorriso se abra em minha boca, aproveito o refrão para olhar em seus olhos fixamente, fazendo com que a promessa que o homem canta, seja também minha promessa para ela.Sei que você não ama mais ninguémE nem quer amar
- Eu não sei se estou apaixonado, a verdade é que eu quero muito proteger essa mulher. Toda vez que a vejo demonstrar sua fragilidade em meio a tanta força, sinto um aperto, que não tem explicação, em meu peito. – Ele levanta a sobrancelha e sorri para mim. – E respondendo a sua pergunta, sou neto da Dona Isabel, ela mora perto da padaria.- Hum, sabia que te conhecia. Como está sua avó? Soube que caiu e está hospitalizada.- Se recuperando bem, amanhã ela terá alta.- Fico muito feliz filho. – Se levanta para ir em direção a senhorinha que reviu, mas para e aperta de leve o meu ombro. – E preciso te informar, que esse aperto no peito, nada mais é que amor. Você está definitivamente apaixonado. Sem esperar por resposta, se afasta e me deixa de olhos arregal
Ao chegarmos em casa depois de um dia maravilhoso em que tivemos gratas surpresas, me sinto leve e feliz, como a muito tempo não me sentia. Ver a alegria de Hortência por reencontrar seu amor do passado, meus filhos animados e sorrindo e que posso fazer novas amizades, isso não tem preço. Assim que tomo banho e me deito para finalmente encerrar o dia, sou surpreendida com a chegada de uma mensagem de um número desconhecido e sinto minhas mãos tremerem por ter uma noção de quem seja o remetente.(Desconhecido) Hoje foi um dos melhores dias que passei nos últimos tempos e isso se deve a sua presença nele. Correndo o risco de parecer piegas aqui, rsrsrsrsrsrs. Mas, mal posso esperar por nosso jantar, pode ser na quarta-feira? Olavo.&
O caminho até em casa foi milagrosamente rápido, o trânsito que normalmente é intenso estava realmente tranquilo, acredito que é pelo feriado de amanhã, todos estenderam seus horários hoje. Chego e a sensação de frio no estomago me toma assim que fecho a porta do apartamento. Com o horário marcado se aproximando, sinto-me cada vez mais nervosa. Assim que me encaminho para a cozinha posso sentir o cheirinho de algo assando no forno e sou surpreendida por encontrar o Senhor Manoel sentado com Hortência na cozinha.- Boa tarde Flor. – Dou-lhe um abraço e um beijo em suas faces que estão levemente avermelhadas, sorrio para o senhor e vejo seus olhos brilhantes para minha amiga. – Boa tarde Senhor Manoel, tudo bem com o senhor?-Boa tar
- Boa Noite Edgar. Cassandra. – Dirige um rápido olhar para a megera e retorna para meu chefe, endurecendo o olhar propositalmente e vejo Edgar levantar uma sobrancelha em sua direção. – Na verdade, não estamos tratando de negócios, estamos tendo um jantar entre amigos. Não sabia que controla a vida pessoal de seus funcionários. Vejo meu patrão se empertigar, finalmente apresentando um semblante culpado e ao seu lado a Cobra Mor estreitar seus olhos em minha direção.- Na verdade Senhor Lykaios, isso é problema de Edgar sim, uma vez que se vocês resolverem ter uma briga, poderá atrapalhar o andamento do projeto, não acha? – Ela fala com cara de deboche.- Não, não acho! – Respondo finalmente, intercalando o olhar entre os dois. – Sempre fui muito profissiona