P.O.V. Angel Alguns Dias DepoisOlho para o vestido de noiva que estou usando. Faço uma careta e não sei se é bom o suficiente. Saio do provador e mostro para as pessoas a minha frente. Erika, Kiara e Alex. Kiara e meu irmão serão meus padrinhos. Eu só tenho mais duas semanas para terminar os preparativos do casamento. Então hoje eu resolvi comprar o vestido. Terei que fazer um número maior do meu, porque logo irei fazer três meses, e minha barriga vai crescer. - E então? - fico na expectativa. - Lindo! - Bonito! - Péssimo! - solto um suspiro. Já é o quinto vestido, e todos eles meu irmão desaprovou. Seja por um pequeno detalhe, ou seja por ser brega. - Você não gosta de nada. - É porque não tem nada de bom nessa loja - ele fala sem se importar que a vendedora esteja perto da gente. - Não pode acatar uma opinião sobre moda de uma pessoa que só usa preto - Kiara o cutuca. Alex estava com uma calça e camisa preta. Ele sempre está todo de preto, o que irrita um pouco. - Não
P.O.V. Angel Estávamos todos desesperados. Já vasculhamos a casa inteira, e ainda não encontramos a menina. Alex estava surtando. Ele andava de um lado para o outro e vez ou outra sussurrava coisas em russo. Quando meu irmão começou a chorar, foi ai que eu fiquei preocupada, sem saber o que dizer a ele. - Alex... - Eu perdi a Aurora. O que vou dizer para o Sérgio? Ele já me odeia, agora vai me odeiam ainda mais. - Fica calmo! - Foi o Henrique, ele disse que faria alguma coisa para se vingar do Sérgio, e é isso. Aquele maluco pode matar a minha filha! Eu não estava conseguindo acalmar ele, ninguém estava conseguindo fazer isso. Não tinha muita coisa para fazer agora. Heitor ainda estava incomunicável. Mas ele deixou uma pessoa experiente para ficar comigo e com o Anthony, ele já deve estar chegando. Mas esse homem só irá me ajudar, então não vai atrás da menina, deixando o Alex sozinho nessa. - Liga para o Sérgio, avisa o que aconteceu a ele. - Não consigo, não consigo! - e
P.O.V. Alex Minha cabeça está girando sem parar. Não consigo controlar nem minhas ações. Só penso que preciso achar a Aurora rápido antes que Henrique faça alguma coisa ruim com minha filha. Sérgio deve estar me odiando agora. Ele deve estar me culpando por não ter cuidado da nossa filha. Piso no freio do carro e paro no acostamento da estrada. - O que eu faço agora? - encosto minha cabeça no volante e suspiro. Preciso ficar calmo e descobrir como achar esse maldito filho da puta! Um carro para atrás do meu e eu logo fico em alerta. Não sei quem pode estar ali, então rapidamente pego minha arma. Saio do carro e me viro para trás. Aponto a arma para a pessoa que aparece. - Fique calmo, Alex - Henrique levanta as mãos. Esse cretino me seguiu até aqui? Isso só pode ser brincadeira! Como eu não reparei? Acho que a preocupação com a Aurora me fez ficar desatento. - Cadê a minha filha? - pergunto com raiva. - A menina não é sua filha. Por favor, essa história de família feliz m
P.O.V. Angel Eu estava quase arrancando a unha do meu polegar de tanto que eu mordia. A verdade é que não estou conseguindo ficar parada em um só lugar. Não tenho notícias de ninguém. Heitor está incomunicável, não tem nenhuma forma de falar com ele. Sérgio não atende mais minhas ligações. Já faz horas desde a última vez que eu falei com ele. Alex até agora não apareceu, não tenho a mínima ideia de onde o meu irmão possa estar. Ele não deu sinal de vida. Estou agoniada, sentada aqui sem fazer absolutamente nada. Sei que esse estresse faz mal para o bebê, mas não tem como ficar calma em uma situação dessas. - Paul! - eu grito por ele que logo aparece - Heitor já ligou? A calma dele estava me irritando. Ele está aqui a horas, e simplesmente não fez porra nenhuma. O cretino só fica quieto, as vezes nem parece que está aqui. Não tem a mínima capacidade de me dar uma explicação do que está acontecendo. - Se tivesse ligado, eu teria avisado - fico com vontade de agredi-lo. - Está
P.O.V. Heitor Eu estava estressado. Minha reunião não saiu exatamente da forma que eu queria. Os filhos da puta realmente queriam me estressar. Bato a porta do meu carro e respiro fundo. Preciso conversar com a minha esposa. Tenho certeza que a Angel vai ficar chateada. Mas não tinha muito o que eu pudesse fazer nessa situação. Eu pelo menos posso tentar fazer ela entender isso. Para que não fique muito irritada comigo. Olho para meu celular e vejo as chamadas perdidas. Tinha da Angel, mas principalmente do Paul. Então resolvo ligar para ele primeiro, alguma coisa pode ter acontecido. Porque a última ligação é dele. - O que aconteceu, Paul? - Sua esposa saiu de casa com um carro, eu não sei para onde ela foi - aquilo me faz paralisar, entrar em pânico. - Como assim você não sabe? Não ficou de olho nela? - Ninguém entrou na casa, ela saiu sozinha. Não achei que fosse fazer isso. Eu também não imaginei. Angel está esperando um filho meu, ela não pode simplesmente sair dessa f
P.O.V. Heitor - Pode ficar parado aí - Henrique aparece e aponta a arma para Angel. Para não colocar Angel em risco, eu fico parado no mesmo lugar. Olho ao redor para ver se não tem nenhuma saída. - Você está bem, Angel? - Ele quer matar nosso filho, Heitor - dou um passo a frente, mas logo me lembro que Henrique está apontando uma arma para Angel. Henrique estava louco. Ele não tem a mínima noção do que eu vou fazer com ele se tocar na Angel. - Não inventa, Henrique. Você ficou louco? - A culpa disso tudo é sua e do seu maldito pai. Eu não estava entendendo a raiva dele. Henrique não tem motivo nenhum para estar fazendo isso e se tem, eu não sei. - Você não quer saber o motivo Heitor? - ele pergunta. Henrique pisa em cima da Angel e ela geme de dor. Não penso duas vezes antes de apontar a arma para ele. Mas é óbvio que Henrique não é nenhum estúpido. Não demora muito para que tenha 5 homens envolta, aponta metralhadoras para mim. Mesmo assim eu não abaixo a minha arma.
P.O.V. Angel Henrique estava prestes a acertar minha barriga quando a porta é aberta com força. Meu corpo inteiro treme de medo. O corpo do meu irmão cai pra frente, mostrando que ele estava exausto. - Alex... - sussurro baixinho. Meu irmão estava cansado e destruído. O sangue ainda escorrendo do rosto dele. - Esse inúteis. Como deixaram ele sair? - Henrique fala com raiva. Ele puxa Alex pelo braço e o deixa no canto daquele lugar. Eu estava com tanto medo que não conseguia nem falar nada. O que ele faria com o meu irmão? - Já me cansei de você - Henrique aponta uma arma para ele. Antes que ele atirasse, barulhos de disparos podem ser ouvidos. - Heitor... - sussurro. Eu tenho certeza de que meu marido está aqui. Eu não tenho dúvidas. - Senhor - a porta é aberta de uma só vez - ele está aqui. Henrique da uma risada seca e sem nenhum humor. - É claro que está. Veio buscar você - a arma é apontada para mim - será a isca perfeita. Henrique me solta e me puxa pelo cabelo. E
P.O.V. Angel _ Como assim, Heitor? - o medo toma conta de mim. Eu acabei de passar por algo parecido, para voltar a passar por isso? Não pode ser, isso é um pesadelo. _ Ele fez alguma coisa de errado, eu não sei ao certo. Só fui informado sobre isso. _ Eu quero ir para a Rússia, quero ver ele - Sérgio me olha confuso. _ Angel, você está grávida, acabou de passar por um momento... _ É o meu irmão, eu estou preocupada. _ Estamos falando do nosso bebê, pense nele um pouco. Fico com raiva do Heitor. Eu penso sim no meu bebê, não é justo ele falar isso. Eu só estou preocupada. Alex se tornou uma parte importante da minha vida, eu o amo e me preocupo com ele. Ficar sem saber como ele está, me deixa ansiosa. _ Tudo bem, Heitor. Eu não vou fazer nada, conversamos quando você chegar - me despeço dele e encerro a ligação. Coloco as mãos no rosto e suspiro irritada, meu marido sabe como me irritar. Deus... Todos os homens são assim? _ O que aconteceu com o Alex? Ele está bem? Me vir