AndreiSaímos da minha sala, cumprimentei minha secretária e descemos para a recepção da minha empresa. Acabamos esbarrando em Olga. Para quem não se lembra dela, é a mesma mulher que Melinda estava discutindo quando veio fazer uma entrevista de emprego aqui na empresa.— Sr. Makarov! — Proferiu sorrindo. Ignorou completamente minha pérola.— Oi! — Respondi sério.— O senhor precisa de algo? — Se insinuou. Antes que lhe desse uma resposta, Melinda respondeu.— Que tal um chá de semancol? Toma vergonha cuca oxigenada. — Saiu me arrastando sem olhar para trás. No carro não parava de resmungar.— Dá para parar, está me deixando nervoso.— Na próxima darei uma boa surra nela. Hora essa, dando em cima do meu marido na cara dura.Aí está a palavra MARIDO. Ainda não me acostumei, no entanto, está tudo tão certo.— Eu a amo, sabia? — Disse emocionado. Melinda parou de falar e me encarou vermelha.— Filho da mãe, pare com isso.— Não estou fazendo nada.— Está me seduzindo.— Você está redonda
Melinda Bem de humilde não tem nada. A casa principal é imensa, na cor amarelo mostarda, tem várias janelas, deduzo que tem vários quartos. Na frente da casa tem muito verde. Várias pequenas árvores bem podadas. Quando entramos fiquei ainda mais com o queixo caído. A casa é toda rústica por dentro do chão aos móveis.— Melinda, quero que conheça Florence, ela é a governanta de nossa casa — Satisfação! — Saudei lhe dando um abraço apertado. A peguei de surpresa, pois não conseguiu esconder seu sentimento.— Uma honra conhecê-la, senhorita Melinda! — Disse em inglês com um sotaque maravilhoso.— Por favor, apenas Mel. — Pedi. Andrei continuou me mostrando a casa e explicando sobre cada lugar, eu já estava apaixonada e fazendo grandes planos. Imagina um fim de semana dia com todos os nossos amigos e familiares? Será sensacional.— Esse é o nosso quarto. — Mostrou. Olhei para ele marotamente tirando minha roupa.— Que tal um banho, marido?— Não precisa falar duas vezes. — Disse imitand
Andrei— Como quiser, senhorita, Mel! — Mion respondeu desviando os olhos. Acredito, que estou perdendo o meu posto para minha mulher. Chegamos rápido a boate, ela foi a primeira entrar.— Senhor Makarov, é sempre bom vê-lo. — Karol Saudou. Ela é a gerente responsável pelo funcionamento da casa.— Reúna todos os funcionários, quero todos aqui em cinco minutos. — Melinda ordena chamando atenção da mulher para ela. Karol a mediu de cima a baixo com um olhar de escárnio. Não gostei nadinha.— Quem é você?— Sou a dona desse lugar, então faça o que mandei. — Avisou. Ela está tão decida, firme. Isso me dá um tesão absurdo. A gerente olhou-me pedido ajuda.— O que está esperando? — Questionei. Sem mais delongas, reuniu todos os funcionários em uma fila indiana em nossa frente. Melinda parou de andar de um lado para o outro e encarou todos minuciosamente.— São todos? — Inquiriu calma.— Sim, senhorita! — Karla falou a contragosto. Bom que ela sabe quem é que manda, sei que não sou eu, nesse
Melinda— Mel, para de chorar, por favor! — Nat me pediu, quer dizer, implorou. Pior que não consigo. Todas às vezes que aquele dia na Itália vem a minha mente, começo a chorar. As lembranças vêm em minha mente como se fosse ontem.— Acredito, que estou perdendo nosso bebê, Andrei…— O que disse? — Questionou. Havia confusão em seus olhos.— Passei mal em meu aniversário, e depois também.— Por que não me contou? — Perguntou de forma acusatória.— Eu só queria ter certeza o que era antes de falar algo, não fiz por mal. Fiz uns exames antes da viagem e recebi o resultado pelo meu e-mail. Estou grávida de oito semanas.— Grávida… — Repetiu.— Grávida! Na verdade, acho que ainda estou. — Pisa na porra desse acelerador, Mion.— Estou no máximo, senhor Makarov, se eu for mais rápido podemos provocar um acidente.— Faça o que puder, Mion. — Pedi. Não sou tola de provocar um acidente, ainda tenho chance, mesmo que sejam mínimas. Chegamos ao hospital, comecei a chorar de novo. Não posso sent
Melinda— Está tão na cara assim? — Perguntou sem jeito. Isso é novidade para mim.— Não faz questão de disfarçar. — Olhei do lado de fora e vi meu pai olhando nessa direção. Será que o sentimento é mútuo? — Por que não chegou nele?— Ele é o seu pai, Mel, jamais lhe magoaria.— Isso não me incomoda. Sinta-se à vontade para tentar algo.— Se ele não querer nada comigo? Olha a diferença de idade, provavelmente tentará algo com uma mulher mais madura.— Não existe idade em relação ao amor. Olha eu e Andrei, ele é muito mais velho. — Apenas nas estou receosa. — Admitiu.— O quê? — Gritei. Nunca em todos esses anos vi minha amiga com esse comportamento.— Fala baixo, sua vaca.— Desculpa, apenas estou custando a acreditar. — Dei de ombros.— Também, não faço ideia do que está acontecendo comigo. — Revelou frustrada.— Não se preocupe amiga, lhe darei uma pequena ajuda.— Como?— Deixa comigo. — Disse empolgada. Sair do provador, Lara veio até mim e colocou a presilha que Andrei me deu no
MelindaEstou vendo toda a minha vida, passando em meus olhos. Saber que você morrerá não é tão assustador como pensei. Por que será? Deve ser porque não penso que isso realmente acontecerá. O que sinto é muita raiva acumulada.— O que fez ao meu segurança?— O matei. — Deu de ombros. Pobre Mikhail, não merecia esse fim. Esse maldito terá o que merece. Enxuguei as lágrimas que teimam em cair. — Deveria pensar no que farei contigo. — Meirelles falou interrompendo meus pensamentos. O máximo que fará comigo, será apenas ameaças vazias. — Suas tatuagens são bem instigantes. — Foda-se, Meirelles! — Expus enojada. — Não se preocupe, foderei cada pedacinho do seu corpo, esse pedaço de mal caminho que me pertence desde que você era pequena. — Transpareceu velhaco. Tenho aversão a esse velho asqueroso. — Cale a boca, vadia! — Mandou colérico. Me calei não porque mandou, mas para me poupar até chegar a hora. Pensei no transmissor que Andrei me deu. Preciso apertá-lo no momento oportuno, ou
Melinda — Porque ela era minha! EU A VI PRIMEIRO — Gritou — Como uma vadia preferiu outro ao invés de mim. Não podia deixar ela ser feliz, não com aquele desgraçado. — O que você fez para ela deixar meu pai? — Ameacei. Disse que se ela não deixasse Saldanha o mataria. E para comprovar estar falando sério matei um homem em sua frente. — Deu de ombros, como se o que me contou agora, é corriqueiro em sua vida. Não duvido nada. Coitada da menina nua rainha. — Forçou o casamento com ela. — Disse controlando minha fúria. — Descobri que Saldanha voltaria, então a forcei a se casar e, para não contar nada a ele, levei vocês duas para o Brasil. Bastou ameaçar que mataria você na frente dela que a idiota foi pianinha. Se tivesse feito isso, não estaríamos nessa situação. — Destruiu a minha vida! — Exclamei não conseguindo segurar as lágrimas. Tudo por causa de uma obsessão. — Fiz pouco, faria de novo se houvesse outra chance. — Gargalhou. Fui até minha bolsa onde guardo meu canivete que
Andrei— Ela fez um estrago e tanto nele! — Boris disse orgulhoso — Nunca duvidei que ela não o mataria. Mel é muito boa para fazer isso, jamais se rebaixaria ao nível dele.— Tem toda razão. — O abracei. O delegado se aproximou de mim e meu chefe de segurança se afastou.— Quero agradecer pela ajuda, delegado Volkova.— Vi o dano que ela fez nele. Estávamos com medo dele a machucar, mas estávamos errados. Sua mulher é uma guerreira.— Obrigado! — Disse apertando sua mão. Entrei na ambulância e segurei a mão de minha mulher. Não me afastarei dela tão cedo. Para falar a verdade não iria conseguir nem se quisesse.(...)Passaram-se dois dias depois do sequestro de Melinda, então para quem não se lembra hoje é sexta-feira o dia do nosso casamento. Até tentei remarcar, mas ela não deixou. Disse que não deixaria o desgraçado arruinar a nossa felicidade. Estou muito nervoso, nem conseguir escrever meus votos.— Calma, respira filho. — Minha mãe pediu rindo às minhas custas.— Pode rir, senh