QUARENTA E DOIS
Andrei

Saímos da minha sala, cumprimentei minha secretária e descemos para a recepção da minha empresa. Acabamos esbarrando em Olga. Para quem não se lembra dela, é a mesma mulher que Melinda estava discutindo quando veio fazer uma entrevista de emprego aqui na empresa.

— Sr. Makarov! — Proferiu sorrindo. Ignorou completamente minha pérola.

— Oi! — Respondi sério.

— O senhor precisa de algo? — Se insinuou. Antes que lhe desse uma resposta, Melinda respondeu.

— Que tal um chá de semancol? Toma vergonha cuca oxigenada. — Saiu me arrastando sem olhar para trás. No carro não parava de resmungar.

— Dá para parar, está me deixando nervoso.

— Na próxima darei uma boa surra nela. Hora essa, dando em cima do meu marido na cara dura.

Aí está a palavra MARIDO. Ainda não me acostumei, no entanto, está tudo tão certo.

— Eu a amo, sabia? — Disse emocionado. Melinda parou de falar e me encarou vermelha.

— Filho da mãe, pare com isso.

— Não estou fazendo nada.

— Está me seduzindo.

— Você está redonda
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