Capítulo 3
Na vida passada, ela teve alguns encontros com Vital, mas nunca ousou tornar isso público, optando por agir apenas nos bastidores.

Não era de se estranhar que, em apenas dois ou três dias, quase todo mundo soubesse da relação deles.

Ao pensar na vida passada, meu olhar ficou um pouco mais frio.

Depois que me casei com a Família Barros, os negócios do Grupo Barros dispararam, e chegaram ao ranking da Forbes.

Os mais velhos da Família Barros ficaram muito satisfeitos comigo, dizendo que eu trazia sorte.

Mesmo que Vital fosse bastante frio comigo, o calor dos mais velhos da Família Barros me fazia sentir muito feliz.

Até que eu quebrei aquela caixa.

E também todos os disfarces.

A porta do quarto foi aberta, e minha mãe me informou que Lélio estava voltando.

Eu pausei meus movimentos e não respondi.

Ela queria dizer algo mais, mas acabou apenas suspirando e saindo.

Eu não acreditava que minha mãe, na vida passada, não soubesse do que estava acontecendo.

Mas ela nunca disse nada.

Embora os mais velhos da Família Barros gostassem de mim, não tinham muitos sentimentos por mim.

Caso contrário, não teriam ajudado Vital a esconder as coisas.

Apenas Lélio, ele era o único que não se encaixava na Família Barros.

Na vida passada, ele acabou se estabelecendo no exterior e nunca se casou.

Eu não tinha muitas impressões sobre ele.

Só me lembrava que ele costumava cuidar de mim e até repreendia Vital, pedindo para ele me tratar melhor.

Por isso, escolhi me casar com ele.

Achei que, se fosse ele, seria pelo menos melhor do que um estranho.

Na verdade, eu não tinha muita confiança nisso.

Como o verdadeiro líder da Família Barros, eu não achava que ele aceitaria um pedido de casamento tão casual.

Mas a realidade foi muito mais tranquila do que eu esperava.

Minha mãe disse que Lélio apenas ficou em silêncio por um momento e concordou com o casamento.

No dia seguinte, cheguei cedo à empresa, preparada para finalizar o projeto em mãos.

Esse projeto era meu presente de casamento para Lélio.

O cliente deste projeto era a maior empresa de produtos eletrônicos do país, o Grupo MI.

Conseguir essa parceria nos colocaria facilmente entre os três primeiros de Cidade Sol.

Eu tinha trabalhado nesse projeto por muito tempo, originalmente era para ser dado a Vital.

Então, todos os detalhes foram projetados com base na situação do Grupo Barros.

Agora, meu noivo era Lélio.

O projeto, naturalmente, precisava ser ajustado para a empresa dele.

Depois de várias noites em claro, finalmente consegui terminar as alterações no projeto.

Esfreguei meus olhos cansados e desci para comprar um café.

Quando voltei para ajustar alguns detalhes do contrato, descobri que o projeto havia desaparecido do computador.

Rapidamente peguei meu celular para verificar as câmeras de segurança. A pessoa estava de máscara e chapéu, sem mostrar o rosto.

Mas o anel de diamante rosa em sua mão revelou sua identidade.

Tremendo de raiva, entrei furiosa no escritório de Miriam.

Logo ao entrar, vi Vital abraçando Miriam, sentados na mesa de escritório.

Ao se separarem, ainda havia saliva conectando os dois.

Sem me importar com minha imagem, agarrei o pulso de Miriam e gritei.

— Miriam, quem te deu o direito de mexer no meu computador?!

Vital me empurrou e gritou furiosamente. — Estela, você está maluca!

Miriam, como uma criança injustiçada, se escondeu atrás de Vital, choramingando.

— Estela, me desculpe, eu não apaguei de propósito.

— Desculpa, desculpa, eu me ajoelho para pedir perdão, por favor, me perdoe...

Antes de terminar, ela se deixou cair, como se fosse se ajoelhar.

Vital, com pena, a puxou para seus braços, impedindo-a de continuar.

— Estela, por que você está fazendo isso?

— Aquilo era um presente de casamento para meu noivo!

Gritei alto, quase perdendo a razão consumido pela raiva.

Vital deu um sorriso de desdém. — Seu noivo não sou eu?

— Aceitei seus sentimentos, já não basta?

— Realmente não entendo o que tem para causar tanto alvoroço.

Meu olhar caiu sobre o computador de Miriam, que tinha uma planilha pela metade.

Peguei o copo d'água na mesa e joguei sobre ele, fazendo o computador soltar fumaça preta e estalar.

Miriam pulou imediatamente, agarrando o braço de Vital. — Vital! Minha planilha!

Soltei uma risada sarcástica. — É só uma planilha, não entendo o motivo de tanto alvoroço.

Vital me examinou, sentindo que algo estava errado.

Quando me virei para sair, ele tentou me segurar, mas Miriam o puxou pela barra da camisa.

— Vital, acho que me queimei com água quente, está doendo...

— Desculpa, é tudo por minha causa, vá procurar a Estela...

Vital hesitou por um momento, e sua mão estendida caiu novamente.

— A culpa não é sua, é a Estela que está criando caso sem motivo.
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