Demorou ainda alguns dias para Oliver me convencer a sair com ele. Eu não estava me fazendo de difícil, eu tinha medo, na verdade.
Enquanto os dias passavam, trocamos mensagens e ligações. Ele não tentou ser sedutor, simplesmente manteve uma conversa amigável comigo. Falávamos principalmente de música e surfe. Ele disse que gostaria de me levar para surfar; eu falei que haveria um concerto ao ar livre de bandas legais de rock que tocam cover, mas não queria ir sozinha. Lee não iria comigo, então entramos em um acordo: eu iria surfar com Ollie – sim, eu o chamava assim, mas ele não sabia – e ele me acompanharia no show.
Eu tive uma sensação desagradável quando ele perguntou se o show era a noite. Eu disse que não, era um festival pequeno na orla principal de San Diego e aconteceria durante o dia. Eu sabia o porquê da sua pergunta. E esse era
– Eu quero um cachorro quente! – Exclamei, animada enquanto me preparava para levantar.– E eu preciso de mais uma cerveja. Vamos. – Oliver se levantou e estendeu a mão, me colocando em pé na sua frente.– Cerveja e cachorro-quente, posso ter um orgasmo agora mesmo. – Falei antes de perceber o que estava dizendo. Meus olhos saltaram imediatamente, e olhei para ele com evidente embaraço. Ollie sorriu da mesma forma de quando está no palco, mas não se aproximou.– Paige, se você ficar desconfortável a cada conversa ou piada que envolver sexo, nossa amizade ficará realmente tensa. Relaxe, não pensarei que você quer pular em meu colo quando falar algo sobre isso.Aí estava o “x” da questão.Eu queria muito pular em seu colo. Pra caralho!Não apenas quando falávamos sobre sexo, mas o tempo todo. Eu
– Segure com força. – Ouvi sua voz rouca em meu ouvido. Procurei algo em que me segurar, mas só tive a borda superior da cama, então foi ali que me segurei enquanto o sentia puxar minha bunda para cima e se afundar em mim com força e rapidez.Closes, de Nine Inch Nails, tocava e enchia seu quarto com uma atmosfera quente e erótica. A luz estava desligada e as janelas fechadas, mas a claridade do dia entrava entre as frestas da janela, tornando tudo muito claro. A música estava me deixando desconfortável. Como se lesse meu pensamento, Oliver parou de se mover e se esticou para o lado da cama. Segui seu movimento e vi que ele pegara o controle remoto de algo. Rapidamente Sex on Fire, de Kings of Leon explodiu no local, e Ollie se moveu novamente. Eu gemi um pouco quando o senti investir mais duro em mim enquanto segurava meus quadris e os puxava de encontro a ele. Estávamos fazendo isso h&aacu
– O que significa isso? – Leeta levantou o cartão preto com escrita laranja diante dos meus olhos, quase esfregando o objeto em meu rosto.– Nada. Onde conseguiu?– No seu quarto, quando fui pegar seu secador de cabelo emprestado. Você tem passe livre na Orange Kiss desde quando?– Desde que Oliver me deu. Não importa. Não vou usá-lo, se é por isso que você está saltitando como louca na minha frente. – Passei por ela e fui até a cozinha, abrindo a geladeira para desviar do assunto.– Como assim, não vai usá-lo?– Exatamente da forma que falei. Você é retardada?– Eu só estou achando ridículo você não usar o passe que lhe foi presenteado porque o cara...– Foi um imbecil.– Vamos lá, P, você sabe que exagerou um pouco.– N&at
No momento em que abri meus olhos, eu sabia onde estava. O cheiro, o tecido do lençol, as buzinas gritando do lado de fora e a luz entrando pela janela de forma completamente diferente me deixaram extremamente familiarizada com o local em que eu estava.A casa de Oliver.Eu girei na cama macia, procurando por ele, mas estava sozinha. Que horas eram? Pela altura do sol, era tarde. Eu tinha que trabalhar, porra! Saltei da cama rapidamente e corri pelo quarto, procurando por minhas roupas. Jesus!, pensei, olhando em volta. A festa de ontem definitivamente foi grande.Nossas roupas estavam espalhadas, a mesa de escritório estava completamente quebrada e as coisas estavam no chão. Lembranças de como elas foram parar lá invadiram a minha mente, me deixando completamente excitada novamente.A forma como não paramos de nos tocar, mesmo enquanto ele dirigia. Meu cabelo voando com o vento forte, nossas l&i
O filme que eu havia escolhido desta vez fora “The Duffy”. Uma comédia romântica adolescente de baixo orçamento que resolvi assistir pelo simples fato de o final ser o mesmo de sempre.A mocinha fica com mocinho.A segunda caixa de chocolate que eu estava comendo nem tinha mais gosto de chocolate, e meu estômago estava começando a doer.– Que porra é essa, Paige? – Ouvi Lee gritar enquanto olhava em volta. – O que aconteceu com o seu quarto? Por que suas roupas estão todas no chão?– Acho que estou gorda, Lee. – Funguei sem tirar os olhos da televisão. – Experimentei elas e couberam, mas, de alguma forma, devo estar gorda.– Por que diz isso, querida? – Seu tom mudou completamente quando ela me viu naquele estado. – Paige, o que está acontecendo?– Deve ter algo de errado comigo, Leeta. –
– O filme é bom. – Ouvi Oliver dizer quando os créditos finais de Diário de uma Paixão começaram a subir. – Mas chorar por ele, quando você mesma disse que já assistiu esse filme um milhão de vezes, é meio exagerado, Princesa. – Sua risada me fez sorrir. Eu funguei e limpei minhas lágrimas, olhando para ele.– Eu não me controlo com coisas muito românticas.– Anotado. – Ele assentiu sorridente.– Você pretendia ser muito romântico comigo, Oliver Mason?– Não muito. – Respondeu, me puxando para perto de seu corpo nu e me abraçando. – Eu preciso ir, Paige.Sorri e assenti, tentando parecer tranquila com o fato de que ele iria dançar e se despir para outras mulheres.– Claro. – Beijei-o com vontade e mordi seu lábio inferior, trazendo Ollie para pe
Os passos ficaram mais altos à medida que ele se aproximava.– Paige? – Perguntou, espantado ao me ver ali, em frente ao seu carro.Eu não esperei por explicações de Rebecca e não parei quando Leeta me chamou. Eu apenas precisava ouvir aquilo dele. Diretamente dele. Se fosse verdade, tudo estaria acabado. Tudo o que não tínhamos, de qualquer forma.Meu lado racional tentou me dizer que até ele largar parte daquela vida, provavelmente dormiria com minha mãe, se ela pagasse. Porém eu não conseguia suportar o fato de Rebecca tê-lo conseguido depois de tudo. Portanto peguei o primeiro táxi e fui direto para a Orange Kiss. Pensei por um momento em entrar, mas era provável que Peter me visse e contasse para Oliver. Eu queria pegá-lo de surpresa. Então contornei o prédio grande, imponente e negro e fui para a parte de trás.O c
– Me fale sobre Mark.Olhei espantada para um Oliver aconchegado, com a cabeça em minhas pernas e esticado em uma toalha de praia no chão. O som das ondas batendo e das pessoas conversando em nossa volta embalava nosso mundo particular. O sol estava lindo e brilhante, não sendo possível enxergar uma nuvem sequer no céu.Contei mais sobre a minha família, e ele falou da sua. De certa forma, eu sempre era induzida a falar mais do que ele. Forçar a barra, após aceitar dar a ele o tempo que precisava, pareceria que eu não era confiável, e eu queria ser confiável. Deus, eu queria tanto que ele confiasse em mim.– Por que diabos quer saber sobre o meu ex-namorado?– Curiosidade de atual namorado, talvez? – Meus olhos se arregalaram, e baixei a cabeça, fitando-o espantada. – O quê? Você não quer ser minha namorada?– E