POV LinneaMinha barriga estava pesada, meus pés inchados que eu apenas enxergava quando os colocava para cima. Kael tentava passar o máximo de tempo comigo, mas ser o Rei alfa demandava muito de seu tempo, o que o forçou até mesmo a colocar um representando no seu lugar na empresa. A princípio ele tentou colocar Carter, mas ele se recusou, dizendo já ter muito trabalho acumulado.Minhas consultas já eram mais constantes, vendo que estava perto de completar oito meses de gestação. O meu pequeno lobo não parava de chutar minha barriga, às vezes me deixando sem ar. Enquanto eu estava ansiosa pelo parto, aqueles que me rodeavam tinham outras preocupações. Bárbara já não saia mais do meu lado, se tornando a mãe gentil que eu sempre sonhei, cuidando de mim e todas as minhas necessidades. Por outro lado, ela parecia ter se tornado mais rígida com relação a Kael.― Ela precisa descansar e dormir a noite, meu senhor. ― Parecia que Barbara apenas usava o título de Kael por obrigação, enquanto
LinneaA casa na floresta era simplesmente perfeita. Longe o bastante para não ser facilmente encontrada, porém, ainda era próxima de uma estrada, em caso de alguma emergência. Também possuía eletricidade e água, coisas pelas quais fui muito grata.Enquanto Bárbara coordenada as lobas que vieram conosco, indicando onde cada coisa deveria ficar e o que elas tinham de fazer, aproveitei para subir até o quarto principal. A casa era encantadora, por fora e por dentro, com o ar rústico e decoração aconchegante, com muita madeira e tecidos mais pesados. O quarto possuia uma grande cama e um banheiro privado, assim como uma poltrona grande de estampa florida linda.Sentei-me na poltrona, observando pela janela, que dava para a lateral da casa. Aquele lugar transmitia muita paz, algo que eu estava precisando na reta final da gravidez. Acariciei minha grande barriga e comecei a cantarolar uma canção de ninar que minha avó costumava cantar para o meu irmão e para mim. Vários pensamentos começa
LinneaMe afastei mais da porta, então corri para o banheiro, pegando algumas toalhas e tentando colocá-las nas fendas, mas foi inútil. A fumaça parecia ficar ainda mais densa e forte, invadindo o quarto. Me aproximei da janela, batendo contra o vidro.― Alguém! Tem alguém aí! Socorro! ― Gritei com todas as minhas forças, batendo com a mão aberta contra o vidro grosso, mas não havia ninguém daquele lado da casa. ― O que está acontecendo? Onde estão todos?Olhei ao redor, tentando encontrar alguma coisa para abanar a fumaça ou que pudesse usar para cobrir meu nariz. Voltei para o banheiro e molhei uma toalha de rosto, a segurando contra o nariz e a boca. Tentei me acalmar, pois aquele estresse poderia ser perigoso para mim e o bebê. Analisei com cuidado a situação, que era completamente fora do normal.Para a quela quantidade absurda de fumaça, o fogo deveria estar na casa, mas não havia calor. Sem contar que todos sabiam que eu estava no quarto e viriam verificar se não me encontrasse
LinneaEstava claro que a pessoa por trás de tudo era Fiora. Porém, até onde me lembrava, ela era incapaz de usar magia como suas ancestrais. Uma bruxa que apenas usava poções e ervas seria incapaz de algo tão agressivo. Respirei profundamente algumas vezes, sentindo a dor no abdômen diminuindo. Barbara me ofereceu um copo com água gelada e o coloquei na testa, sentindo o frescor ajudando a relaxar minha mente em meio a todo aquele caos.― O rei alfa partiu hoje cedo. ― Barbara parecia falar consigo mesma. ― A essa hora já deveria estar retornando, tendo em vista que, supostamente, estava indo encontrar com você, senhor… ― Ela gesticulou, girando a mão no ar para o senhor Lief, que sorriu e fez uma reverência dramática.― Lief Thewron, mestiço bestial e o melhor em seu trabalho. ― Barbara revirou os olhos e suspirou.― Muito bem, senhor Thewron. Como não sabemos o paradeiro do rei alfa, acredito que, o mais sensato a ser feito, é que fique e espere. Ele não deve estar demorando, já qu
LinneaAbracei minha barriga, virando o corpo em uma tentativa de protegê-la daquela mulher. Não tinha força suficiente para enfrentá-la, as contrações estavam cada vez mais fortes e próximas, tirando minhas forças. Olhei para Barbara, ainda caída e desacordada no chão. Precisava de tempo até que Lief retornasse ou Kael voltasse.― Está usando magia, como? ― Minha pergunta pareceu agradar Fiora, que abriu um grande sorriso.― Na verdade, eu sempre os tive. ― Ela se sentou na beirada da cama, cruzando suas pernas tentando uma pose sedutora. ― De maneira inconsciente, meu corpo estava usando a magia contida nele para me manter jovem e bela. Quando descobri isso, precisei fazer uma escolha difícil. ― Ela parou, erguendo sua mão e a observando. ― Mas, sei que Kael me ama por quem sou, não pela minha beleza. Tudo ficará bem quando tivermos nosso bebê e você estiver morta.A mesma mão que Fiora observava se voltou para mim, uma fumaça cinzenta saindo das pontas de seus dedos, se arrastando
LinneaTentei me arrastar até a cama, mas a dor me consumia, gritos escapavam da minha boca junto as ondas de dor. O medo crescia em meu peito, me dominando por completo. Meu corpo, já exausto pela luta contra Fiora e as contrações, o suor escorria pela minha testa enquanto tentava controlar meu corpo, que arqueava em mais uma onda de dor. Estava sozinha. Longe de Kael e isolada naquela casa. Se continuasse daquele jeito, Fiora teria o que morreu para conseguir, matar a mim e ao meu bebê.Fechei meus olhos, tentando respirar fundo enquanto o corpo lutava contra a minha mente.― Kael...― Murmurei, quase como uma oração. Estava assustada de mais, sem saber o que deveria fazer, e nem como fazer aquela horrível dor passar. Foi então que Lua apareceu, como uma resposta as minhas preces.A pequena menina, com sua presença serena e olhos cintilantes, emergiu silenciosamente das sombras. Seus pés descalços pisavam leves, e uma luz prateada emanava ao seu redor, suave e tranquilizadora. Lua,
LinneaEnquanto Barbara me ajudava, Kael ficou com nosso pequeno Nolan. Por conta da perda de sangue, tínhamos de ir ao hospital, além de confirmar que Nolan estava bem. Kael entregou nosso filho para Bárbara e me pegou em seus braços. Fomos e centro das atenções quando chegamos, os olhares de todos nos seguiam e até as enfermeiras pareciam perdidas enquanto nos atendiam. Após sermos colocados em um quarto muito elegante, vários médicos vieram ver a mim e o Nolan.― A senhora parece bem e seu pequeno também está muito bem. Vamos apenas fazer alguns testes, mas sugiro que passem a noite, para observação. ― Kael rosnou baixinho ao meu lado e toquei seu braço, sorrindo para o médico que tremia com a prancheta em suas mãos.― Obrigada, ficaremos por essa noite. ― O médico passou mais algumas informações e instruiu sobre os horários das refeições antes de sair. ― Não seja assim, Kael.― Não quero estranhos perto de vocês. ― Ri de sua expressão séria.Enquanto amamentava Nolan, Carter e Li
Linnea― Acha que vou ficar parada vendo levar a Luna e o bebê? ― Barbara rosnou ferozmente. Os homens ao redor engatilharam suas armas, prontos para disparar apenas para que eu fosse levada sem problemas por eles.― Espera, Isolde. Mande todos esses homens baixarem as armas e eu vou com você. ― Isolde sorriu ao ver meu desespero. Abracei meu bebê com força e o estendi para Barbara.― O que pensa que está fazendo, irmã. O menino vem conosco. ― Senti todo o sangue fugir do meu corpo.― Não! Você não precisa dele, somente de mim.― Pelo contrário, já que a joia primordial já foi passada para essa criança, ele precisa vir conosco. ― Isolde pegou a arma de um dos homens dele e a apontou diretamente para a cabeça de Barbara. ― Ou será que preciso explodir a cabeça dessa loba para que você entenda?Em meus braços, Nolan chorava, assustado com tudo o que acontecia ao seu redor. Apertei seu pequeno corpo contra o meu, sentindo meu coração apertar. Não havia alternativa. Isolde me levaria de q