CAPÍTULO 96 Valéria Muniz Theodoro queria ter pago o laser, mas mal sabe ele, como estou feliz com o início do tratamento com essas pomadas, já é um passo enorme pra mim. A minha vida tem mudado muito desde que reencontrei o meu eterno soldado, tenho esperança de que melhore mais. Me sinto tão feliz em ver meus irmãos felizes, estudando, comendo bem, e tendo o Theodoro com eles. Falando em Théo, ele fez uma ligação e logo disse que precisava sair, já faz um tempinho, ainda não voltou. Acho que foi buscar os meninos, amanhã veremos uma condução para ambos. De repente, ouvi o barulho do carro, Edineia havia acabado de me ajudar a colocar o café na mesa, devem estar com fome. Ouvi o barulho da porta abrir e os meninos entraram correndo e falando alto. — VAL, VAL! VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR! THEODORO COMPROU UMA BOLA E UM CARRINHO DE CONTROLE REMOTO! — Adam contou quase gritando, com uma alegria sem igual na voz. — SEGURA VAL, SEGURA PRA VOCÊ VER, É O CARRINHO MAIS LINDO QUE
CAPÍTULO 97 Theodoro Almeida Fiquei louco de raiva com a coragem daquela Raquel! Ela conseguiu me deixar mais irritado que o Aaron e o Ezequiel juntos, agora tive é vontade que ela realmente conseguisse chegar até aqui. Daria um jeito nela, pessoalmente, a mandaria para a prisão, fazendo com que a transferissem para o pior presídio, por ousar fazer tudo o que fez com as crianças, e ainda ameaçar a Val. — Calma, minha menina... ela não vai conseguir nada, pode ficar tranquila. Já vou deixar avisado com meus conhecidos na delegacia, sobre ela. Quando chegar, se é que vai conseguir, eles já tenham as intenções dela sobre a mesa. — a Valéria tremia, a abracei, trazendo pra perto, a acalmaria antes que os meninos notassem que algo tinha acontecido. — Vem, toma um banho e descanse! Eu vou precisar trabalhar agora, vou ajudar o Vicente com o novo hotel, mas olho os meninos tranquilamente. — Obrigada... — a acompanhei até o quarto, depois tirei as coisas da mesa e num caderno come
CAPÍTULO 98 Theodoro Almeida Fui para a casa, acabei chegando tarde, Edineia acabou fazendo hora extra para a Val não ficar sozinha com os meninos. Brinquei um pouquinho com eles, e também com o Snoopy, então a Val arrumou a mesa enquanto eu tomava banho, e fui direto terminar aquele desenho do projeto do hotel. — Você está trabalhando mais, está tudo bem? — Valéria perguntou, me tirando da linha de pensamento. — Sim, mas eu já havia combinado com o Vicente, fica tranquila. — Valéria sorriu, e chamou os meninos para a sala, o que me ajudou a me concentrar. Levei muito tempo no projeto, fui dormir bem tarde, Valéria já estava dormindo. Outra vez, acordei cedo pela manhã, tomei um banho rápido para acordar melhor, fui trabalhar no projeto novamente. A minha rotina e da nossa família, mudou bastante. Os dias e as noites ficaram mais curtos, era mais complexo de fazer o projeto do que eu pensava, e me esforcei muito para chegar à um nível parecido com o do engenheiro, apen
CAPÍTULO 99 Theodoro Almeida Que loucura está a minha vida nesses dias, mas vai valer a pena, muitas coisas irão se resolver com isso, e já fico feliz. Hoje percebi que o tenente Soares está na cola do soldado Messias, tenho certeza que quer me alcançar, ver se cometo algum erro ao vê-lo exagerar no treinamento sem necessidade nenhuma, mas como sempre... estou agindo pelas regras. Ao sair do quartel, passei no escritório do Vicente, já que agora, os meninos estão vindo de condução, já que meus horários estão tão diferentes. Abri a pasta preta perante ele, e enquanto ele observava, fiquei apreensivo, se havia alcançado o objetivo e ele me traria a resposta sobre o tenente, e me entregaria mais serviços como esse para que eu pagasse o tratamento à laser da Val. — Você realmente é muito bom! Fico me perguntando, porque não segue a minha ideia e se forma em engenharia. — sorri, pois mesmo que eu não quisesse, era um elogio. — Prefiro ser um oficial, quem sabe quando eu me a
CAPÍTULO 100 Theodoro Almeida Na saída da clínica, Vicente me olhava quando ajudei a Val entrar no carro. — Vem Vicente, te levo até o escritório! — Não precisa, meu motorista está aqui, e meus seguranças vieram atrás de mim, vou com eles. Leva a sua esposa para descansar, você também, deve ter trabalhado duro por esses dias! — assenti. — Tem razão, hoje preciso descansar! — percebi que ele abriu o celular para ler uma mensagem e sua expressão mudou. — Estranho... — Está tudo bem? — Sim, mas meus pais estão dizendo que amanhã bem cedo estarão aqui, disseram que é algo relacionado às últimas investigações, mas... — As últimas são minhas, não são? — me olhou diferente, guardou o celular no bolso. — Nem todas... bom, os conheço bem, não vão dizer nada por telefone! Eu também vou descansar, amanhã vou viajar para Campina do Simão, ficarei algumas horas, fora. Vou chegar em casa, e eles já estarão lá. — Ah, boa viagem! Obrigado por tudo, Vicente! — estiquei a mão, ele
CAPÍTULO 101 Valéria Muniz Não consegui ver o que estava acontecendo, mas entendi muito bem. Eu já sabia que os meninos haviam ido lá levar os bombons, e fiquei feliz, porquê é uma evolução deles, não me lembro de comerem chocolates enquanto eu morava com eles em Israel, e agora preferiram dar para a gente. Eu só não esperava, que Théo cuidaria tão bem deles, me emociona saber que os dois terão um futuro diferente do Aaron e da Raquel. — Quem quer jantar? — perguntei mais animada, e todos sentaram à mesa. Depois do jantar, os meninos brincaram com o Snoopy e os colocamos para dormir mais cedo, Théo parecia cansado, embora eu soubesse muito bem o que estava acontecendo. Quando fechei a porta, ouvi um movimento na cama. Me aproximei contando os passos, e senti suas pernas encostarem nos meus joelhos, ele havia deitado e deixado as pernas pra fora. — Ah! — me expressei quando ele me puxou para a cama, me fazendo cair sobre ele, e me deixou ao seu lado — O que você tem, Th
CAPÍTULO 102 Ezequiel Costa Junior Sou o Don da máfia Zion Triad, porém a minha identidade é secreta. Todos sabem do “Don”, poucos sabem que sou eu. Faço tudo por trás dos panos, e quem aparece são meus dois soldados de confiança, que atuam como agentes, para não serem expostos em Israel ou países onde preciso de cobertura... inclusive, um deles ainda está preso, vim para buscá-lo. . Encostado em uma cadeira giratória, uma das minhas agentes limpa a minha boca do pequeno corte que Theodoro me fez. — Don Ezequiel, porque permitiu que lhe fizessem isso? Todos aqui, sabem que o derrubaria facilmente se quisesse. Eu deveria ter ido com vocês e... — Já chega! Isso é problema meu, não gosto que se metam nos meus negócios! — falei a empurrando, ficando em pé frente à janela, daquele hotel. — Pelo que ouvi por aí, não foi bem um “negócio” que veio resolver! — ela falou com a voz provocativa e odeio mulheres pegajosas, bastou uma noite que passei com ela, e pensa que de agente
CAPÍTULO 103 Valéria Muniz Theodoro estava tendo outra crise? Ou era um pesadelo? Ele não tentou se esconder debaixo da cama como de costume, parecia com dificuldades em se mover, mas suas palavras eram pedindo ajuda, e que eu não o deixasse. O apoiei no meu colo e o trouxe de volta aos poucos, porém quando me disse que viu meu rosto, me deixou em choque. — Vo... você lembrou? — respirei com dificuldades, segurando na manta que nos cobria. — Você estava lá, Val! — senti ele se levantar do meu colo, porém o senti perto — Me diz que não estou ficando louco, porque agora... agora começo a juntar os pontos, e tudo b**e! Você não tinha visão, por isso me pediu para cuidar dos olhos — a sua voz estava apreensiva demais, num tom mais alto, e comecei a me preocupar. — Eu... é, Théo, eu te toquei, soube parcialmente que estava ferido, que seus olhos... — ele não parecia me ouvir, continuou falando, como se eu não tivesse o respondido. — Val, alguém me puxou da terra preta, me c