— Valentim?!! - quando seu pai diz seu nome, Domenica vira seu rosto para Valentim e a rapidez de seu movimento faz seu cabelo que estava no coque se soltar revelando o comprimento dele. Que não é nada pequeno.
— Valentim, essa é Domenica! Ela é a mais nova contratada que irá substituir minha secretária, ela irá ajudá-lo a partir de hoje.
“Ela é uma funcionária nova?”
"Ela vai trabalhar comigo?"
— Pai, nunca imaginei que você contrataria alguém tão diferente assim. - ele diz apontando para o cabelo de Domenica.
— O que aconteceu para mudar sua concepção disso?
— Eu sei. No começo estranhei esse cabelo todo branco e enquanto estávamos caminhando pela empresa, não resisti em perguntar se era natural.
— E então? - Valentim olha para Domenica.
— Olá senhor! Prazer. Eu nasci assim mesmo. Não me pergunte o porquê ou come, que eu também não sei dizer.
— Voltando ao assunto. Não a contratei referente a sua imagem, mesmo porque seu currículo não tinha foto. O que pedi foi que a pessoa nunca tivesse trabalhado antes. E Domenica tem o que estou procurando para te ajudar aqui na empresa. Será ótimo para você também que estará iniciando seu processo como presidente. Espero que vocês se deem bem. Não vou mentir, o cabelo dela me chamou a atenção. Ela é bem diferente das auxiliares que temos aqui, mas depois de um tempo você acostuma.
O alívio que Domenica sente após o discurso do presidente tira um peso de seus ombros.
“Não serei demitida devido à minha aparência.”
Valentim não presta atenção em nada que seu pai fala, e ele foi se aproximando cada vez mais de Domenica, seu cheiro foi ficando mais intenso, o que soava estranho dentro dele.
“Ela não é um lobo. Eu saberia se ela fosse."
— Espero que possamos nos dar bem! - Valentim diz.
“E como eu espero!”
Valentim estende a mão para cumprimentá-la.
— Espero poder ajudá-lo no que precisar, senhor.
O toque de uma mão na outra libera choques em ambas, o que os fazem se entreolharem.
"O que foi isso?" - esse pensamento reflete em ambos. Eles se questionam em segredo.
“Minha conexão é com uma humana?”
Se isso realmente acontecesse, seria um problema para Valentim. Ele como puro-sangue (filho legítimo dos lobos) não poderia ficar com uma humana. Seus pensamentos confusos são interrompidos por Kalua.
— Valentim!? Eu já estava esquecendo. Nádia virá na empresa para vocês se conhecerem pessoalmente, espero muito que se deem bem. Para o melhor de todos. Se é que você me entende.
— Pai! Acho que hoje não seria um bom dia para encontrar alguém.
— Você não precisa achar nada, Valentim! Você conhece suas obrigações!
O que Kalua quer dizer... é sobre o casamento arranjado que está preparando de Valentim com Nádia Holden.
Existem apenas duas matilhas respeitadas em todo o mundo. Do senhor Kalua que está em Wilord e a do senhor Holdem que fica em Countryturgid, um país ao norte.
O conselho dos lobos percebera que muitos deles estavam se casando com humanos e, assim, acabavam deixando o bando. Longe das matilhas, pode acontecer que os filhos desses relacionamentos lobo/humano acabem não se transformando ou quando o fazem por não crescerem sob as regras de uma matilha, acabam se tornando rebeldes e usando seus talentos para prejudicar os outros, colocando em risco a identidade dos lobos.
Sem saber que ordens obedecer, acabam perdidos.
E a decisão mutua é unir as duas maiores matilhas e assim os lobos rebeldes, aqueles que se dizem sem causa, saberão a quem seguir.
Mas uma novidade ainda estava para entrar no caminho deles, na última reunião do conselho ficaram sabendo que uma nova matilha composta por cães vadios (eles se referem assim a lobos meio sangue. Apenas o pai ou mãe é lobo).
Muitos lobos pensam, como Kalua, que um vira-lata não pode se juntar a uma matilha de raça pura, o que leva esses "cães vadios" a serem discriminados.
A criação da nova matilha é uma ameaça para todos pois pode deixa-los expostos.Nunca passou pela cabeça de Valentim que ele teria que se casar com alguém escolhido por seu pai. No entanto, ele acredita que Nádia possa ser a sua destinada companheira.
— Alguns estranhos do grupo novo, está causando grandes problemas!
"O que meu pai está falando?”
Vendo que Valentim não entende o que disse.
— Domenica?! Deixe-nos sozinhos por um momento, por favor! -Kalua pede.— Claro senhor! - Domenica sai deixando-os sozinhos.
"Nossa!!! O que aconteceu quando toquei a mão dele?"
"Como vou me concentrar tendo um chefe como ele?" -Domenica se vê perdida em pensamentos.
Após a saída de Domenica:
— O que você quis dizer com aquilo, pai?
— Aqueles vadios do novo bando estão fazendo uma tremenda bagunça por onde passam. Atacam humanos por prazer e não têm interesse em manter nosso segredo guardado. Precisamos nos livrar deles logo. E a melhor maneira que Holden e eu podemos encontrar para acabar com isso, como você já sabe, é você e Nádia se tornarem Alfa e Luna.
Do lado de fora da sala, Domenica sentada em sua mesa está pensativa. Quando seus olhos se encontraram com os de Valentim, ela se sentiu estranha, com uma sensação de pertencimento. Ela sabia que ali seria o seu lugar, o lugar onde ela poderia crescer. Ela sentia.
Ali na mesa esperando e organizando suas coisas, uma mulher ruiva com cabelos curtos enrolada em um vestido a vácuo preto sai do elevador, passa por ela e a grávida, e simplesmente entra sem bater a porta.
"Que mulher mal-educada."
— Não se preocupe, Domenica, o senhor Kalua disse que uma mulher iria vir falar com ele.
"Esta deve ser a mulher que ele comentou na sala."
A conversa dos três no escritório demora mais do que o esperado. Domenica começa a assumir seu posto e ajudar a outra secretária. Não vendo como o tempo passou rápido. Era a hora de ir. A escuridão já havia descido sobre a terra.
A lua cheia pairava sobre sua cabeça, iluminando seu caminho para o orfanato onde ela cresceu e ainda vive. Ela não queria deixar o orfanato e simplesmente ir embora, por mais que já tivera alcançado a maioridade. Domenica criou amor pelas irmãs que a criaram e por cada criança e adolescente que chegava ao orfanato. Lá ela criou suas raízes. Com crianças que, como ela, acabaram ficando para trás na vida de alguém.O caminho que Domenica fizera até o orfanato sempre fora tranquilo, com pressa para relatar o seu dia para Dulce ela corta caminho passando por um dos parques que circundam o convento. Cheio de árvores que cobriam o céu acima, fazendo com que apenas os postes iluminassem o caminho.
De relance, ela olha para a lua brilhante e cai se contorcendo de dor.
Uma dor que ela nunca sentira antes, como se seus ossos estivessem sendo quebrados, sua pele rasgada, seus dentes arrancados.
Essa é a melhor foma de descrever a sensação daquele momento. Com sua queda e arrastando-se pela terra, ela fica completamente suja. Lapsos de memória e pensamento a atingiram como flechas como se um animal sedento quisesse sair dela.
Um escuro.....
Domenica acorda nua, e em seu corpo há sangue e lama.Olhando ao redor, percebe que está perto do orfanato e o sol ainda não começou a nascer."O que aconteceu comigo?""Cadê minha bolsa? Minhas roupas?"Ela se esgueira pelos cantos para que ninguém a veja, não quer chamar a atenção. Estava indo tudo bem, até ela conseguir abrir a porta e se deparar com a irmã Dulce, que a estava esperando no escuro.— Criança?! O que aconteceu com você? - conhecendo sua voz, Domenica cai de joelhos e chora. Confusa com o que acontecera com ela.— Não sei irmã! - suas palavras e lágrimas se misturavam. As lembranças do que aconteceu a atingem como facas."O sangue... o sangue, era de um animal.""Eu comi um animal?""Espera!""Eu me tornei um cachorro gigante. Estou ficando louca, é a única explicação."— Você não se lembra de nada? -Dulce pergunta. — Algumas coisas estão vindo à minha mente. Mas é impossível ser real. Comi um animal!!! E virei um cachorro gigante?? Isso é loucura...- irmã Dulce não
"Ali na sala com meu pai e Nádia, eu não conseguia ouvir ou prestar atenção em nada do que eles falavam. Meu pensamento só estava em Domenica. Se por algum acaso ela ainda está do lado de fora me esperando. Mas não tem um motivo para ela me esperar? É verdade! Após uma pausa, a primeira oportunidade que tive, sai rapidamente da sala e nada. Ela não estava mais ali. Já fora embora.""Fico triste.""Confesso que quando Nádia entrou na sala eu não pude deixar de achá-la atraente, como um lobo, qualquer um gostaria de ter uma companheira como ela. Mas não eu! Eu quero Domenica."Esse desejo por uma humana 'comum' estava em guerra dentro de Valentim."Não sei se Nádia sentiu o mesmo por mim, mas se eu não senti nada, nenhuma conexão, ela provavelmente também não deve ter sentido nada. Pode-se criar afeto, mas o sentimento de satisfação, prazer pleno, de desejo, amor, é apenas com seu companheiro destinado.""Sei que as intenções do meu pai são as melhores possíveis, mas isso não vai dar ce
VALENTIMDomenica rapidamente tira sua mão suave de perto da minha.— Me desculpe senhor. -ela pede desculpas e sai da sala.O quê? Ela é um lobo?Ontem, quando me encontrei com ela, não foi desta forma. Tinha certeza de que ela era uma humana ‘comum’. E hoje Domenica é uma loba!? Foi ela que me puxou para cá!Muitas possibilidades passam por minha cabeça.Ela é meio-sangue?! Só pode ser isso!Ontem foi lua cheia. Ela se transformou pela primeira vez?Um puro-sangue se transforma entre os 10 e 16 anos. Um mestiço entre 18 ou nunca.Domenica já passou de seus 18 anos, o que é estranho. Mas é uma possibilidade!Ela é uma loba mestiça que está atrasada!Se está foi a primeira vez que ela sofreu a transformação, ela deve estar precisando de ajuda. Tenho que encontrar uma maneira de ajudá-la a passar por isso.Como me aproximar sem expor meu bando e a mim mesmo?Passo a manhã toda pedindo documentos para Domenica, café, que são apenas desculpas para poder vê-la.Ela deve achar que sou a pe
DOMENICAQuando minha mão toca a de Valentim, todos os fios possíveis de meu corpo se acendem. Sem jeito e desastrada, peço minhas singelas desculpas e saio. Sento em minha mesa, me abanando. A pouco tempo meu pensamento era de não me envolve com ninguém em serviço. Mas como não gostar de um homem como meu chefe. Valentim é encantador, e eu devo estar ficando louca, só pode.Tenho muitas coisas em minha cabeça. Isso de ter virado um cachorro está me tomando por completo. Meu serviço servirá para me distrair desta situação. E o senhor Valentim me faz ficar bem ocupada. Me pede tanta coisa que esqueço de tudo, do cansaço, de ser um cachorro gigante, comer bicho. Ai, credo.O telefone de minha mesa toca. Com a gentileza em que fui passada para ter, atendo. Uma voz sexy de mulher está do outro lado.— Olá! Meu nome é Nádia, sou a mulher de Valentim. Avise-o que estarei indo até o escritório para o almoço. Tchau!Não consegui dizer nenhuma palavra. Ela simplesmente desligou na minha cara.
VALENTIM— O quê? Você é um lobo também? -Domenica me pergunta.Balanço a cabeça dizendo que sim.— Vou te falar tudo o que quiser, mas venha comer. Por favor.Levo-a até a mesa. O silêncio que fazemos durante a refeição é mortal.Domenica quebra o silêncio.— Esse filé está maravilhoso. Eu realmente estava com muita fome. — Imaginei. -digo. Me delicio em cada mordida e com suas expressões, o que acabam conosco nos entreolhando.— Você deve ter muitas dúvidas! Não?! -falo.— Algumas. E nem sei, por onde devo começar.— Vamos começar do início. Me diga tudo sobre você. Sobre seus pais, quando foi sua transformação, se conhece mais alguém como você.Vejo que ela começa a tentar organizar seus pensamentos antes de falar algo.— Bem, a história é um pouco longa...— Temos todo o tempo do mundo. E estou aqui para te ouvir.— Bem... Sou órfã, desde meus cinco anos moro em um orfanato/convento, meus pais morreram após um incêndio acontecer em nossa casa, não me lembro de muita coisa, foi i
DOMENICA Descobrir que meu chefe é um lobo é um tanto quanto assustador. Saber que existe alguém além de você é uma coisa que me deixa feliz também. Um misto de sentimentos.Ele me trata com um carinho que ninguém antes me tratou, como se eu fosse o seu mundo. Enfim, conto para Valentim tudo o que ele me pede. Dizendo que pode me ajudar, apenas acredito, preciso confiar em alguém e com ele é diferente. Como se pudesse colocar minha vida em suas mãos e descansar. Quando me diz que sou linda meu coração acelera me fazendo sentir coisas estranhas. A conexão que estavamos tendo é atrapalhada quando seu telefone toca. Seu pai. Devo estar atrapalhando algo. E isso não é meu interesse. — Desculpe senhor, você tem seus compromissos e está aqui perdendo seu tempo comigo.Me levanto para ir embora e deixá-lo seguir seu caminho. Sinto um puxão. E meu Deus eu caio em seu colo quente. — Você ainda não entendeu não é? Não tem outro lugar que eu queira estar além daqui. -seu hálito é doce e sin
— Senhor. Por favor. Não devemos fazer isso.— Você não entendeu o que acabei de falar Domenica? Eu não tenho isso com Nádia e sim com você. Meus pensamentos são só para você, minha respiração, cada momento da minha vida a partir de agora é seu.— Mas o senhor vai se casar com ela!!— Não!! Eu não vou me casar com ela. Vou acabar isso o mais rápido possível. É que tem algumas coisas que estão em jogo agora.— Como o quê?Valentim faz silêncio.— Se não quiser falar tudo bem.Eles percebem estar conversando ali no meio do escritório colados. E não querem sair disso.— É que existe mais de nós. Lobos... Existem mais lobos por aí. — Como assim? — É... formamos matilhas… existem dois grandes bandos no mundo. O do meu pai que logo serei o alfa.— O que é alfa? -ela pergunta.— Alfa é o líder da matilha. Todos os outros lobos devem obedecê-lo. Continuando… tem outra grande matilha, a do pai de Nádia. — E por que vocês devem se casar?— Então... temos um conselho de lobos. Lá se discutem
"Ela ajeita cada perna que está em volta do meu corpo. Sua boca rosada se aproxima da minha. E… nossa finalmente sinto seu gosto, nossas línguas se encontram me deixando cada vez mais sem ar. Suas mãos vão até minha camisa com desejo de ter meu corpo perto do dela. Um botão fica emperrado e não quer ser soltar. Ela acaba puxando com força estourando ele e os outros botões restantes"."A camisa dele se abre e seu peito peludo sobe e desce mostrando que sua respiração está rápida. Me esfrego mais em seu colo sentindo a dureza de seu corpo embaixo de mim, me fazendo molhar ainda mais meu centro. Ele abaixa uma alça do meu sutiã, com meu ombro a mostra ele morde". — Hum! É o seu escritório, e se alguém entrar? — Tranquei a porta. Isso não vai acontecer."Me segurei demais. Já era hora de me livrar de todas minhas amarras do passado". -ela pensa."Solto seu sutiã liberando seus seios, que são do tamanho exato das minhas mãos. Passo minha língua levemente em sua aréola e rápido sugo seu s