CAPÍTULO CINCO

"Ali na sala com meu pai e Nádia, eu não conseguia ouvir ou prestar atenção em nada do que eles falavam. Meu pensamento só estava em Domenica. Se por algum acaso ela ainda está do lado de fora me esperando. Mas não tem um motivo para ela me esperar? É verdade! Após uma pausa, a primeira oportunidade que tive, sai rapidamente da sala e nada. Ela não estava mais ali. Já fora embora."

"Fico triste."

"Confesso que quando Nádia entrou na sala eu não pude deixar de achá-la atraente, como um lobo, qualquer um gostaria de ter uma companheira como ela. Mas não eu! Eu quero Domenica."

Esse desejo por uma humana 'comum' estava em guerra dentro de Valentim.

"Não sei se Nádia sentiu o mesmo por mim, mas se eu não senti nada, nenhuma conexão, ela provavelmente também não deve ter sentido nada. Pode-se criar afeto, mas o sentimento de satisfação, prazer pleno, de desejo, amor, é apenas com seu companheiro destinado."

"Sei que as intenções do meu pai são as melhores possíveis, mas isso não vai dar certo. Ele convidou Nádia para ficar conosco para se acostumar com o ambiente já que após o casamento ela moraria aqui. E principalmente ele fez isso para nos aproximarmos mais."

Após a conversa e a tristeza de Valentim em não ver Domenica, eles partem para casa. Como uma das maiores matilhas, a casa deles é como uma grande mansão. Separada em várias partes, o local é um grande campo em extensão, dividindo famílias.

"Chegando em casa pensei que poderia descansar. Mas outra vez estava enganado. Nádia estava atrás de mim. Ela levou a sério a conversa do meu pai sobre nos conhecermos melhor."

— Podemos conversar um pouco, Valentim? -ela diz.

-- Claro. Só não posso me alongar muito, porque tenho tomar banho e descansar para acordar cedo para o trabalho.

— Vai ser rápido, não se preocupe.

- Ok.

"Vi que sua intenção não é a das melhores e para não ficar sozinho em um lugar fechado com ela, eu a levo para a piscina, onde estão alguns seguranças. Sim, somos lobos e temos segurança. Nunca se sabe.”

— Sei que hoje é o primeiro dia em que conversamos, mas estou muito feliz por estar aqui e ajudar nossos pais a reunirem de novo os lobos.

Ela fala, se aproximando de Valentim que da alguns passos para longe.

"Quando olho Nádia mais de perto vejo o quanto ela é linda. Mas não faz meu coração disparar."

— Sim, é uma obrigação que eles colocaram sobre nós. E gostaria de saber como você se sente sobre isso? -Valentim pergunta.

— Eu não tenho nada contra. Eu quero ajudar meu pai.

— E você não quer encontrar alguém que realmente goste? Você sabe que a conexão não aconteceu conosco.

— Não se sabe ao certo. Pode acontecer depois de estarmos mais próximos. 

Nádia tem a carta na manga. Essa conexão pode vir a acontecer após o sexo. Ou um contato mais íntimo.

"Eu não preciso de um contato íntimo para saber que não é ela."

"Meus sentimentos apontam para Domenica. Mas o fato dela ser uma humana 'comum' me deixa confuso."

-- Sim. Você está certa! Pode acontecer depois.

— Então se você quiser descobrir.

Ela fala passando sua mão pelos botões da camisa de Valentim.

"Ela quer fazer sexo comigo?"

— Não temos porque nos apressar né? Isso é uma coisa bem séria para apenas fazermos sem pensar nas consequências.

"Só quero manter distância dela."

Assim que Valentim diz, rapidamente ele segue para seu quarto deixando-a para trás..

No banheiro ele começa a se despir para tomar um banho.

"O que Domenica fez comigo? Em qualquer outra oportunidade de sexo fácil eu estaria aceitando."

***

Ao descer do carro no estacionamento da empresa, Valentim olha para os lados e sente como se um ímã o tivesse puxando.

"Cada vez que chego aqui é uma coisa diferente."

"Ontem cheiro doce, hoje essa sensação de ser puxado."

No elevador:

"Algum lobo passou por aqui. Espera! Ainda está aqui. É uma mulher."

Saindo do elevador se depara com Domenica.

"Ela parece cansada. Aconteceu alguma coisa."

"Seus olhos intensamente azuis estão pesados, profundos."

O que deixa Valentim preocupado.

Ele a cumprimenta, mas o tom que sai não é o que ele gostaria. Fala de forma seca.

"Merda! Eu sou um tremendo trouxa. Não consegue falar com ela Valentim?"

Ele se questiona. E entra em sua sala.

"Preciso tirar essa impressão, ela pode pensar que estou bravo. Vou pedir um café e com isso posso conversar com ela."

 -Domenica por favor me traga um café. -ele fala pelo telefone.

"Só o som de seu sim me faz arrepiar."

Ela b**e à porta e entra.

"Eu quero saber tudo sobre a vida dela. O que gosta e não gosta e espero ter oportunidade de falar sobre mim também."

"Não tinha como não perceber que ela não está bem, ontem ela estava toda vestida de social, e hoje como se tivesse se arrumado de forma rápida está com um jeans que marca cada parte de seu corpo, revelando que sua bunda está em perfeito estado. Me fazendo animar aqui embaixo. Sua blusa é social branca leve, está solta. Não tinha percebido, mas ela está sem sutiã. Seus mamilos estão eretos. Não consigo me controlar, me animo. Não da para sair de trás da mesa. Ela irá perceber."

"Domenica é o ar puro da vida com flores. Que delicia."

"Em meus devaneios não me controlo e pergunto."

-Você trocou seu perfume hoje, Domenica? - Valentim fala com curiosidade.

--O quê? Não entendi, senhor!

-Você está com um cheiro diferente hoje. Você deve ter mudado!

-Você está enganado, senhor! É o mesmo que usei ontem! Mas se não gostar, posso mudar, senhor.

"De forma alguma ela pode mudar, esse perfume é maravilhoso."

— Não, imagina! Ele é perfeito! Pode manter, ele é ótimo.

"O que eu falei? Ela pode entender errado de novo!"

Domenica olha Valentim assustada. 

"O que ela acabou de dizer?"

"Já tenho tantos problemas, não tenho tempo para relacionamento no serviço."

 — Calma! Não é o que você está pensando! Só disse que ele não me incomoda em nada. Fique tranquila, é isso!

"Que bom. Entendi errado a fala dele."

Domenica da a volta para deixar o café na mesa. Valentim tenta esconder o volume em suas calças e se senta mais para frente. Quando ele vai pegar o café sua mão toca a de Domenica. Fazendo uma eletricidade mais forte passar por ele.  

"Ela é um lobo?!"

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