"Ali na sala com meu pai e Nádia, eu não conseguia ouvir ou prestar atenção em nada do que eles falavam. Meu pensamento só estava em Domenica. Se por algum acaso ela ainda está do lado de fora me esperando. Mas não tem um motivo para ela me esperar? É verdade! Após uma pausa, a primeira oportunidade que tive, sai rapidamente da sala e nada. Ela não estava mais ali. Já fora embora."
"Fico triste."
"Confesso que quando Nádia entrou na sala eu não pude deixar de achá-la atraente, como um lobo, qualquer um gostaria de ter uma companheira como ela. Mas não eu! Eu quero Domenica."
Esse desejo por uma humana 'comum' estava em guerra dentro de Valentim.
"Não sei se Nádia sentiu o mesmo por mim, mas se eu não senti nada, nenhuma conexão, ela provavelmente também não deve ter sentido nada. Pode-se criar afeto, mas o sentimento de satisfação, prazer pleno, de desejo, amor, é apenas com seu companheiro destinado."
"Sei que as intenções do meu pai são as melhores possíveis, mas isso não vai dar certo. Ele convidou Nádia para ficar conosco para se acostumar com o ambiente já que após o casamento ela moraria aqui. E principalmente ele fez isso para nos aproximarmos mais."
Após a conversa e a tristeza de Valentim em não ver Domenica, eles partem para casa. Como uma das maiores matilhas, a casa deles é como uma grande mansão. Separada em várias partes, o local é um grande campo em extensão, dividindo famílias.
"Chegando em casa pensei que poderia descansar. Mas outra vez estava enganado. Nádia estava atrás de mim. Ela levou a sério a conversa do meu pai sobre nos conhecermos melhor."
— Podemos conversar um pouco, Valentim? -ela diz.
-- Claro. Só não posso me alongar muito, porque tenho tomar banho e descansar para acordar cedo para o trabalho.
— Vai ser rápido, não se preocupe.
- Ok.
"Vi que sua intenção não é a das melhores e para não ficar sozinho em um lugar fechado com ela, eu a levo para a piscina, onde estão alguns seguranças. Sim, somos lobos e temos segurança. Nunca se sabe.”
— Sei que hoje é o primeiro dia em que conversamos, mas estou muito feliz por estar aqui e ajudar nossos pais a reunirem de novo os lobos.
Ela fala, se aproximando de Valentim que da alguns passos para longe.
"Quando olho Nádia mais de perto vejo o quanto ela é linda. Mas não faz meu coração disparar."
— Sim, é uma obrigação que eles colocaram sobre nós. E gostaria de saber como você se sente sobre isso? -Valentim pergunta.
— Eu não tenho nada contra. Eu quero ajudar meu pai.
— E você não quer encontrar alguém que realmente goste? Você sabe que a conexão não aconteceu conosco.
— Não se sabe ao certo. Pode acontecer depois de estarmos mais próximos.
Nádia tem a carta na manga. Essa conexão pode vir a acontecer após o sexo. Ou um contato mais íntimo.
"Eu não preciso de um contato íntimo para saber que não é ela."
"Meus sentimentos apontam para Domenica. Mas o fato dela ser uma humana 'comum' me deixa confuso."
-- Sim. Você está certa! Pode acontecer depois.
— Então se você quiser descobrir.
Ela fala passando sua mão pelos botões da camisa de Valentim.
"Ela quer fazer sexo comigo?"
— Não temos porque nos apressar né? Isso é uma coisa bem séria para apenas fazermos sem pensar nas consequências.
"Só quero manter distância dela."
Assim que Valentim diz, rapidamente ele segue para seu quarto deixando-a para trás..
No banheiro ele começa a se despir para tomar um banho.
"O que Domenica fez comigo? Em qualquer outra oportunidade de sexo fácil eu estaria aceitando."
***
Ao descer do carro no estacionamento da empresa, Valentim olha para os lados e sente como se um ímã o tivesse puxando.
"Cada vez que chego aqui é uma coisa diferente."
"Ontem cheiro doce, hoje essa sensação de ser puxado."
No elevador:
"Algum lobo passou por aqui. Espera! Ainda está aqui. É uma mulher."
Saindo do elevador se depara com Domenica.
"Ela parece cansada. Aconteceu alguma coisa."
"Seus olhos intensamente azuis estão pesados, profundos."
O que deixa Valentim preocupado.
Ele a cumprimenta, mas o tom que sai não é o que ele gostaria. Fala de forma seca.
"Merda! Eu sou um tremendo trouxa. Não consegue falar com ela Valentim?"
Ele se questiona. E entra em sua sala.
"Preciso tirar essa impressão, ela pode pensar que estou bravo. Vou pedir um café e com isso posso conversar com ela."
-Domenica por favor me traga um café. -ele fala pelo telefone.
"Só o som de seu sim me faz arrepiar."
Ela b**e à porta e entra.
"Eu quero saber tudo sobre a vida dela. O que gosta e não gosta e espero ter oportunidade de falar sobre mim também."
"Não tinha como não perceber que ela não está bem, ontem ela estava toda vestida de social, e hoje como se tivesse se arrumado de forma rápida está com um jeans que marca cada parte de seu corpo, revelando que sua bunda está em perfeito estado. Me fazendo animar aqui embaixo. Sua blusa é social branca leve, está solta. Não tinha percebido, mas ela está sem sutiã. Seus mamilos estão eretos. Não consigo me controlar, me animo. Não da para sair de trás da mesa. Ela irá perceber."
"Domenica é o ar puro da vida com flores. Que delicia."
"Em meus devaneios não me controlo e pergunto."
-Você trocou seu perfume hoje, Domenica? - Valentim fala com curiosidade.
--O quê? Não entendi, senhor!
-Você está com um cheiro diferente hoje. Você deve ter mudado!
-Você está enganado, senhor! É o mesmo que usei ontem! Mas se não gostar, posso mudar, senhor.
"De forma alguma ela pode mudar, esse perfume é maravilhoso."
— Não, imagina! Ele é perfeito! Pode manter, ele é ótimo.
"O que eu falei? Ela pode entender errado de novo!"
Domenica olha Valentim assustada."O que ela acabou de dizer?"
"Já tenho tantos problemas, não tenho tempo para relacionamento no serviço."
— Calma! Não é o que você está pensando! Só disse que ele não me incomoda em nada. Fique tranquila, é isso!
"Que bom. Entendi errado a fala dele."
Domenica da a volta para deixar o café na mesa. Valentim tenta esconder o volume em suas calças e se senta mais para frente. Quando ele vai pegar o café sua mão toca a de Domenica. Fazendo uma eletricidade mais forte passar por ele.
"Ela é um lobo?!"
VALENTIMDomenica rapidamente tira sua mão suave de perto da minha.— Me desculpe senhor. -ela pede desculpas e sai da sala.O quê? Ela é um lobo?Ontem, quando me encontrei com ela, não foi desta forma. Tinha certeza de que ela era uma humana ‘comum’. E hoje Domenica é uma loba!? Foi ela que me puxou para cá!Muitas possibilidades passam por minha cabeça.Ela é meio-sangue?! Só pode ser isso!Ontem foi lua cheia. Ela se transformou pela primeira vez?Um puro-sangue se transforma entre os 10 e 16 anos. Um mestiço entre 18 ou nunca.Domenica já passou de seus 18 anos, o que é estranho. Mas é uma possibilidade!Ela é uma loba mestiça que está atrasada!Se está foi a primeira vez que ela sofreu a transformação, ela deve estar precisando de ajuda. Tenho que encontrar uma maneira de ajudá-la a passar por isso.Como me aproximar sem expor meu bando e a mim mesmo?Passo a manhã toda pedindo documentos para Domenica, café, que são apenas desculpas para poder vê-la.Ela deve achar que sou a pe
DOMENICAQuando minha mão toca a de Valentim, todos os fios possíveis de meu corpo se acendem. Sem jeito e desastrada, peço minhas singelas desculpas e saio. Sento em minha mesa, me abanando. A pouco tempo meu pensamento era de não me envolve com ninguém em serviço. Mas como não gostar de um homem como meu chefe. Valentim é encantador, e eu devo estar ficando louca, só pode.Tenho muitas coisas em minha cabeça. Isso de ter virado um cachorro está me tomando por completo. Meu serviço servirá para me distrair desta situação. E o senhor Valentim me faz ficar bem ocupada. Me pede tanta coisa que esqueço de tudo, do cansaço, de ser um cachorro gigante, comer bicho. Ai, credo.O telefone de minha mesa toca. Com a gentileza em que fui passada para ter, atendo. Uma voz sexy de mulher está do outro lado.— Olá! Meu nome é Nádia, sou a mulher de Valentim. Avise-o que estarei indo até o escritório para o almoço. Tchau!Não consegui dizer nenhuma palavra. Ela simplesmente desligou na minha cara.
VALENTIM— O quê? Você é um lobo também? -Domenica me pergunta.Balanço a cabeça dizendo que sim.— Vou te falar tudo o que quiser, mas venha comer. Por favor.Levo-a até a mesa. O silêncio que fazemos durante a refeição é mortal.Domenica quebra o silêncio.— Esse filé está maravilhoso. Eu realmente estava com muita fome. — Imaginei. -digo. Me delicio em cada mordida e com suas expressões, o que acabam conosco nos entreolhando.— Você deve ter muitas dúvidas! Não?! -falo.— Algumas. E nem sei, por onde devo começar.— Vamos começar do início. Me diga tudo sobre você. Sobre seus pais, quando foi sua transformação, se conhece mais alguém como você.Vejo que ela começa a tentar organizar seus pensamentos antes de falar algo.— Bem, a história é um pouco longa...— Temos todo o tempo do mundo. E estou aqui para te ouvir.— Bem... Sou órfã, desde meus cinco anos moro em um orfanato/convento, meus pais morreram após um incêndio acontecer em nossa casa, não me lembro de muita coisa, foi i
DOMENICA Descobrir que meu chefe é um lobo é um tanto quanto assustador. Saber que existe alguém além de você é uma coisa que me deixa feliz também. Um misto de sentimentos.Ele me trata com um carinho que ninguém antes me tratou, como se eu fosse o seu mundo. Enfim, conto para Valentim tudo o que ele me pede. Dizendo que pode me ajudar, apenas acredito, preciso confiar em alguém e com ele é diferente. Como se pudesse colocar minha vida em suas mãos e descansar. Quando me diz que sou linda meu coração acelera me fazendo sentir coisas estranhas. A conexão que estavamos tendo é atrapalhada quando seu telefone toca. Seu pai. Devo estar atrapalhando algo. E isso não é meu interesse. — Desculpe senhor, você tem seus compromissos e está aqui perdendo seu tempo comigo.Me levanto para ir embora e deixá-lo seguir seu caminho. Sinto um puxão. E meu Deus eu caio em seu colo quente. — Você ainda não entendeu não é? Não tem outro lugar que eu queira estar além daqui. -seu hálito é doce e sin
— Senhor. Por favor. Não devemos fazer isso.— Você não entendeu o que acabei de falar Domenica? Eu não tenho isso com Nádia e sim com você. Meus pensamentos são só para você, minha respiração, cada momento da minha vida a partir de agora é seu.— Mas o senhor vai se casar com ela!!— Não!! Eu não vou me casar com ela. Vou acabar isso o mais rápido possível. É que tem algumas coisas que estão em jogo agora.— Como o quê?Valentim faz silêncio.— Se não quiser falar tudo bem.Eles percebem estar conversando ali no meio do escritório colados. E não querem sair disso.— É que existe mais de nós. Lobos... Existem mais lobos por aí. — Como assim? — É... formamos matilhas… existem dois grandes bandos no mundo. O do meu pai que logo serei o alfa.— O que é alfa? -ela pergunta.— Alfa é o líder da matilha. Todos os outros lobos devem obedecê-lo. Continuando… tem outra grande matilha, a do pai de Nádia. — E por que vocês devem se casar?— Então... temos um conselho de lobos. Lá se discutem
"Ela ajeita cada perna que está em volta do meu corpo. Sua boca rosada se aproxima da minha. E… nossa finalmente sinto seu gosto, nossas línguas se encontram me deixando cada vez mais sem ar. Suas mãos vão até minha camisa com desejo de ter meu corpo perto do dela. Um botão fica emperrado e não quer ser soltar. Ela acaba puxando com força estourando ele e os outros botões restantes"."A camisa dele se abre e seu peito peludo sobe e desce mostrando que sua respiração está rápida. Me esfrego mais em seu colo sentindo a dureza de seu corpo embaixo de mim, me fazendo molhar ainda mais meu centro. Ele abaixa uma alça do meu sutiã, com meu ombro a mostra ele morde". — Hum! É o seu escritório, e se alguém entrar? — Tranquei a porta. Isso não vai acontecer."Me segurei demais. Já era hora de me livrar de todas minhas amarras do passado". -ela pensa."Solto seu sutiã liberando seus seios, que são do tamanho exato das minhas mãos. Passo minha língua levemente em sua aréola e rápido sugo seu s
— Ela não é... — Não quero saber! Não ouse estragar tudo. Ele sai deixando Valentim sozinho. "O que eu vou fazer? Não posso continuar com isso." Nádia o espero do lado de fora. — Como foi hoje Valentim? — Não estou bem Nádia, depois conversamos. "Seu suor está diferente." -Nádia pensa. Valentim pega seu celular e manda mensagem para Domenica. NÃO CONSEGUI CONTAR PARA ELES SOBRE NÓS, MEU PAI ESTÁ ME PRESSIONANDO PARA ME CASAR. Domenica olha triste para aquela mensagem. "E o que irá acontecer com a gente?" -ela se questiona. Valentim gira, gira e gira na cama. Sua cabeça quente com o dever e o seu amor. Sim, amor. Ele a ama. Rápido assim. ATUALIDADE Valentim chega. Domenica o espera em frente o endereço que passara para ele, sua casa. Ansioso para encontrá-la Valentim desse rapidamente do carro. Mas a cena que ele encontra não é a que ele mais gostaria. Um homem está ao lado dela. Valentim já o vira antes. Nikolai. O líder da matilha de vira latas. "O que ele faz aqui c
Domenica dá um tapa em seu rosto, deixando o vermelho de seus dedos marcados. — Me respeite!!— Desculpe! Me desculpe mesmo. Eu sei que você não mentiria sobre isso. Ela chora. — Por que eu diria algo para você? Se você me pediu para sumir da sua vida e que não me amava mais, que toda aquela coisa de conexão era mentira. Que disse apenas para me levar para a cama. Após ouvir tudo isso, como diria algo para você? E estragar a sua vida? Sua felicidade?— Eu nunca disse que não te amava, nunca falei nada disso!! — Negar não adianta nada!— Domenica, eu nunca mais fui feliz depois que você saiu da minha vida. Depois que nos separamos no lugar do meu coração se abriu um buraco. Mas....mas quando pude ouvir sua voz pelo telefone, meu ser sorriu, meus olhos se alegraram quando te vi. Senti que havia esperança para minha vida. Por mais que nos separamos eu venho te procurando em segredo. Por onde você andou? E nossos filhos? — Valentim não existe nós, esperança, nem nada... Hoje você tem