Bridget segurou o telefone por um momento, ouvindo a respiração instável de Callie na mensagem de voz. O pedido dela para que a visitasse parecia carregado de algo mais profundo, algo que ia além de um simples reencontro. Era um pedido de socorro silencioso.Ela terminou seu café apressadamente e se despediu de Maxwell, que, percebendo a urgência no olhar dela, apenas assentiu sem fazer perguntas. Ele a acompanhou até a porta da livraria-café e disse:— Se precisar de alguma coisa, me avise.Bridget sorriu de leve, apreciando o apoio dele, mas sabia que essa era uma conversa que precisava ter sozinha. Pegou um táxi e seguiu para a clínica onde Callie estava internada. O caminho parecia mais longo do que realmente era, talvez porque sua mente estava cheia de perguntas. Por que Callie queria vê-la? O que ela teria a dizer?Ao chegar, Bridget foi recebida por uma enfermeira, que a guiou até o quarto de Callie. Ela respirou fundo antes de entrar.Callie estava sentada na cama, com uma man
Bridget se despediu de Callie com um abraço apertado.— Cuide-se, tá? — disse, afagando os cabelos da irmã.— Pode deixar. E me manda mensagem quando chegar em casa! — Callie respondeu, sorrindo.Bridget assentiu e pegou o celular ao sentir uma vibração no bolso. Era Maxwell ligando.— Oi, Maxwell — atendeu, já sabendo o que ele diria.— Já está na saída? Vou te buscar. Quero ter certeza de que você chega em casa em segurança.Bridget suspirou, mas sorriu. Ele era insistente.— Maxwell, eu posso pegar um táxi…— Eu já estou a caminho, então nem tente argumentar — ele interrompeu de maneira divertida.Ela revirou os olhos, mas no fundo, ficou grata. Depois de se despedir novamente de Callie, Bridget saiu da clínica e caminhou até a calçada. O ar da noite estava fresco, e as luzes da cidade refletiam nos vidros dos prédios ao redor.Do outro lado da do predio, no hospital, duas pessoas observavam a cena através da grande janela de um quarto VIP: Laura e Andrew.Laura franziu a testa ao
Bridget saiu do escritório com passos apressados, sentindo o peso das palavras de vovó Nívea em seu peito. Seus olhos estavam marejados, mas ela respirou fundo para conter as lágrimas. Ao virar o corredor, esbarrou em sua mãe, Melinda, que a segurou pelos braços imediatamente.— Bridget, o que aconteceu? — perguntou Melinda, franzindo o cenho ao ver o rosto abalado da filha.Bridget hesitou, mas ao encarar os olhos preocupados da mãe, não conseguiu segurar por mais tempo.— Vovó quer me mandar para a mansão Miller… — sussurrou, sua voz embargada.Os olhos de Melinda se arregalaram em choque. Antes que pudesse responder, dentro do escritório, Nívea pegou o telefone e discou um número conhecido. Do outro lado da linha, Elizabeth atendeu com um tom formal.— Elizabeth, querida, está tudo certo. Bridget vai para a mansão Miller — anunciou Nívea, cruzando as pernas e acomodando-se na poltrona como se tivesse acabado de fechar um grande negócio.— Ótimo, Nívea. Acho que isso ajudará Andrew
Bridget ainda estava na cozinha, saboreando a canja deliciosa preparada por Cida, quando seu celular vibrou novamente. Ao pegar o aparelho, viu uma notificação da empresa de segurança: havia ocorrido uma invasão na livraria-café. Os invasores tinham danificado algumas coisas, e ela precisava ir até lá para avaliar os estragos e registrar um boletim de ocorrência.Seu coração disparou. O medo e a preocupação tomaram conta dela.— O que aconteceu? — Melinda perguntou, notando a expressão assustada da filha.— Invadiram a livraria… — Bridget murmurou, ainda tentando processar a informação.— O quê? — Melinda se levantou de imediato. — Vamos para lá agora!Cida olhou de uma para a outra com preocupação.— Quer que eu vá com vocês? — perguntou.— Não, Cida, fique aqui. Vamos resolver isso. — Melinda respondeu rapidamente.As duas saíram apressadas, pegando suas bolsas e casacos. Assim que chegaram à garagem, entraram no carro e partiram rumo à livraria. O trajeto parecia mais longo do que
Eu os observei saindo. Maxwell abriu a porta do carro para Bridget com aquele maldito sorriso no rosto, aquele ar de cavalheirismo forçado que me irritava profundamente. Eu sabia que ela não precisava disso. Bridget sempre foi independente, decidida. Mas ali estava ele, bancando o príncipe encantado enquanto ela... enquanto ela sorria de volta.Eu apertei o maxilar. Aquilo me incomodava mais do que eu queria admitir. Quando Maxwell fechou a porta do carro, senti minhas mãos se fecharem em punhos automaticamente.Droga.— Senhor, vamos? — um dos policiais perguntou, me tirando do meu transe. Assenti com a cabeça, mas antes de me virar, meus olhos ainda seguiram o carro partindo rua abaixo.No carro, Melinda observava tudo do banco de trás. Ela era uma mãe protetora e, como boa mãe, não deixaria passar a oportunidade de descobrir quais eram as verdadeiras intenções de Maxwell com sua filha.— Então, Maxwell... — ela começou, se inclinando um pouco para a frente. — Qual é a sua, hein?Ma
Em seu escritório, Andrew escrevia mais um capítulo de seu romance. Afinal, era assim que mantinha sua vida, sem o estresse de negócios. Enquanto escrevia, ele notou através de sua grande janela uma jovem encantadora. O que Andrew não sabia era que seu destino iria se traçar ao dela. Ele ficou fascinado com o jeito dela, a forma como andava, o jeito que se movia enquanto cuidava do pequeno jardim.— Preciso descobrir quem é essa mulher — pensava ele.No momento do devaneio, ele nem notou que seu amigo e braço direito, Marcos, bateu na porta. Havia um bom tempo que Marcos o chamava.— E aí, amigão, notei que anda bem distraído hoje. Ah, pelo visto já viu a neta abastada de Sandro Jones. A garota se mudou há poucas semanas, depois de um longo tempo morando no exterior.Ainda em seus devaneios, Andrew achava aquela moça muito familiar, como se já a conhecesse de outra vida.— Bom, me poupou o tempo de investigação, Marcos. Você sempre atento às últimas fofocas.— Não, também não é assim.
Bridget aproveitava uma linda tarde de verão para admirar o jardim. Aquele espaço era mais do que um refúgio; era um lugar cheio de memórias. Durante anos, ela e sua mãe, Melinda, haviam cuidado daquelas flores juntas. Na época, Bridget não fazia ideia dos segredos obscuros que rondavam sua família, segredos que se conectavam diretamente ao comportamento de seu pai. Por causa dele e de sua amante, Agnes, ela e sua mãe enfrentaram anos de sofrimento.Agnes, com suas constantes tramoias, acabou sendo responsável pelo colapso emocional e físico de Melinda. Sua mãe não resistiu às pressões e faleceu, deixando Bridget devastada. No momento em que Melinda partiu, Bridget jurou por sua vida que se vingaria de todos aqueles que desacreditaram de sua mãe, especialmente de Agnes, a maior vilã de toda a sua história.Após a morte de Melinda, Bridget enfrentou maus-tratos constantes na casa dos Jones. Tratada como menos do que uma empregada, sua única salvação foi sua avó, Nívea, que decidiu envi
Naquele momento o celular de Bridget tocava, era seu pai Taylor Jones.-Alô, Bridget sou eu seu pai- Oi, Pai, como tem passado faz tempo que não nos falamos.(na verdade o pai de Bridget havia cortado os laços com sua filha e ficado relapso aos cuidados dela, tudo por conta do plano de Agnes.)-Vou bem, Preciso que venha em casa, Agnes preparou um almoço de boas vindas pra você.-Tudo bem, irei marcar aqui na minha agenda até breve.Com isso ela encerrou a ligação. Na mansão Jones, Agnes e Callie encarava o matriarca ao telefone,na espera de que pudesse fechar o acordo, já que Callie não queria casar com o filho da família Miller pela a fama que ele carregava de mulherengo e vadio,e se diziam também que ele era o filho abastado da família Miller, mas devido a um contrato feito pelos os avós de ambas as famílias, o primogênito da família Miller teria que casar com a legítima Senhorita Jones.-Então querido ela vira? Farei a melhor refeição para o retorno de Bridget a nossa casa.-Si