Já havia muito tempo que eu não me sentia comigo mesma, era como se a tristeza tivesse dado uma pausa, ido embora de repente.Depois da minha conversa com Roberta, eu devia sentir ódio, rancor por ter sido enganada, mas, era justamente o contrário, alguem entendia a minha dor, os meus sentimentos, em relação a perda do meu pai.Finalmente parecia haver alguém como eu, a dor, o peso se dividia entre nós, fazendo com que um olhar se compreendesse diante do caos. Roberta estava me dando o apoio que a minha mãe, não compreendia que eu precisava, e de repente, já não havia mais amigos, ela ocupava o espaço de todos.Me fazendo ri de tolices, e achar alegria onde poderia nem haver, dando conselhos, abraços melancólicos onde pactuamos de uma amizade que eu jurei um dia conhecer, mas não conhecia em nada.A minha alegria também a libertava, Roberta precisava tanto de mim quanto eu dela, uma completava a outra, era o suficiente. Chegamos no morro pela manhã, tão cedo, mas ela queria estar ali.De i
A noite só tinha começado, os problemas eu resolvia depois, no momento o maior era aquele, segurar a minha cadelinha pelo o pescoço, enquanto de costas para mim, de joelhos na cama ela abria a boca me deixando entrar com a minha língua, socando com força, me afundando nela do jeito que eu queria a muito tempo.Senti ofegar em minha boca, mas não parei, Tessália tinha que aprender que no meu morro quem manda sou eu, e no seu corpo também, as ordens tem que ser minhas. — Rodrigo, a sua esposa... — a preta gemeu ofegante em minha boca, me fazendo morder do seu lábio, estava gostoso pra caralho, nem me lembrava mais como era esta dentro dela.Estapei de leve o seu rosto, sentindo esquentar a sua pele negra, deliciosa. — Quem te deu permissão pra falar ahm? — Os olhos verdes me mostravam como estava excitada, ela estava curtindo já tinha me dado um orgasmo e agora, me enfraquecia, ao ponto de me fazer apertar com força o seu pescço.A frenesi veio, lhe agarrei com força em meus braços, quand
Eu odiava sentir a sua falta durante outro beijo, a necessidade da sua lingua invasiva violenta, enquanto a sua mão grande e grossa sabia segurar de forma tão firme o meu queixo, o gosto dele, era único, o que me faz sentir então. Desavergonhada, Rodrigo esteve livre o tempo inteiro, e em nenhum momento eu estava aberta, disposta para ele.O conserto eu desejei que passasse rapido, era beneficente, para ajudar uma colega com leucemia, mas ali naquele teatro eu não conseguia pensar em mais nada, eu queria que a hora corresse, o tempo voasse. — O que vocês conversaram? — Roberta no meu pé, sempre perguntando em sussuro.— Transamos! — Respondo olhando pra frente, sabendo que ela vai surtar, mas me olhou com a boca semi aberta. — Tipo? No meu quarto? Ali... — Negou quando eu só molhei os meus lábios. — Ele vai vir me pegar na saída! — Terminei de dizer sem olha-la diretamente, não quis aprovação ou reprovação.— Tessália, a mulher dele esta gravida! — Sussurou baixo para mim, como se eu não
Tessália dormiu em meus braços outra vez, sem sexo, não sei se ela acreditou que eu não matei o pai dela, na verdade, era complicado olhar pra a cama, ver a mulher que amo deitada, e ao mesmo tempo ver a filha de Hernan, ele surtaria se tivesse vivo.O mundo pode ser grande, mas é pequeno, muito pequeno, como ela veio parar na mesma cama que eu, não faço ideia, mas veio e vai ficar. Seria até motivo de chacota de onde moro e venho, olhar pra o céu, imaginar o pai dela nas estrelas, mesmo imaginando que ele não deve estar por lá, mas olhei para lá.O que não é de costume, o meu lugar sempre foi o chão, o escuro, quero que ele saiba que se depender de mim, ela sempre vai ficar segura, em paz, não pouparia a minha vida pra isso, talvez fosse castigo, ou uma pegadinha do criador, colocar essa garota no meu caminho logo naquele dia.Justamente naquele dia, o dia que o seu pai foi morto, o dia que poderia ter sido eu. De qualquer maneira parece que os nosso caminhos já estavam entrelaçados, se
Rodrigo mais uma vez me deixou em casa, na porta do condomínio, na verdade, eu não lhe disse uma palavra se quer no trajeto que fizemos, depois de uma noite sem sexo, e por fim uma proposta nada indecente, em que eu me tornaria a sua mulher sem contexto ou pedido, ele queria e pronto.Desci do carro sem lhe dizer um tchau, um oi, nada disso, ele ficou do volante batendo os seus dedos no couro do volante como sempre, não era díficil saber os seus jeitos e modos, na verdade estranho, muito estranho que um homem como ele, de repente estivesse me obrigando a ter um relacionamento sério, quando eu não tenho intenção alguma.— Bom dia! — Entrei cumprimentando o porteiro, que sempre gentil comigo segurou o portão para que eu passasse. — Bom dia senhorita! — Sorri em resposta, passando pelo portão, olhei para trás rapidamente e ele ainda estava lá, sentado dentro do carro me olhando com os seus olhos felinos.Não demonstrei importância, apenas entrei seguindo o meu caminho condomínio a dentro, r
Depois de deixar Tessália em casa, ela saiu do carro sem dizer uma palavra e nem eu, senti que me tornei um chiclete dela, mesmo que eu a quisesse não devia ter agido assim, mas sempre foi assim no morro, a lei é a minha, só esqueci que estou lidando com uma mulher do asfalto, cheia de possibilidades e condições.Cheguei em casa e de cara Roberta saia com uma tromba no lugar dos lábios, estava zangada comigo, isso era notável, mas pra a sua birra, eu tenho o remédio, só é ignorar que ela fica mais possessa ainda. — Pelo menos deixou ela em casa? — Ergui a sobrancelha, ao ouvir que me perguntou.Não virei pra lhe olhar. — Deixei. — Uma se preocupa com a outra, o problema é que deviam se odiar, Roberta por ser amante do pai dela, deveria não gostar de Tessália, porque com certeza, Hernan faria outro mundo por aquela filha, ela devia ficar em ultima posição, e Tessália, por saber que a razão do fim da sua família é a minha irmã.— Agora de manhã ou de noite? — Virei olhando para a garota de
Após a saída do meu tio, batendo a porta com força, fazendo as paredes do apartamento tremerem, a minha mãe estava nervosa, a mão dele marcava bem o seu rosto, eu estava em choque, quando a violência vem de um estranho, é estranho, mais por não ser do seu meio, ainda assim, mais fácil, não saber do mundo do outro, da situação. Mas aquele era o meu tio, o meu tio e a minha mãe, eu estagnei no sofá, vendo a minha tia cuidar dela. As minhas mãos tremiam, como todas as minhas partes do corpo, talvez fosse possível sentir o pulsar do meu coração em meus ouvidos. — Tacy você se arriscou demais. Tudo que eu conseguir compreender a minha tia dizer, a minha mãe colocando gelo no rosto, eu pisquei em forma de voltar a normal. — Tessa a partir de hoje não quero você falando com o Isaac esta me ouvindo? — Engoli em seco ao ouvir. — Esta me ouvindo? — Assenti pressionada, mas queria saber o que estava acontecendo. — Tá mãe, me deixa ver isso! — Ela tirou a toalha, o lugar inchava e avermelhava. —
Delphine não estava ajudando, eu não queria pressionar por causa do moleque, mas ela não ia ao médico, nem falava no assunto.Pensei que Tessália ia esperar, mas que nada, ela desceu a ladeira correndo sem me dar tempo. Desci a ladeira correndo, e quando peguei no braço dela, o olhar era triste.Eu queria que ela entendesse o quanto queria ficar com ela, que a minha prioridade seria ela. Segurei o seu rosto lhe vendo pedir pra ir embora. - Por favor me deixa falar.- Por favor digo eu Rodrigo, aí droga a sua mulher está olhando, me solta por favor. - Olhei pra cima vendo Delphine olhando pra gente, não me importava com ela.Colei os meus lábios nós de Tessália, que se afastou, ela me recusou no meio do morro, e saiu correndo, sem me dá condição de explicar bem nada.Roberta chegava e ali era a oportunidade perfeita, ela buzinava pra Tessália parar, e acho que pela situação, não chegou a ver, eu não pensei em tudo, não sabia que ela ia sair naquele estado.Quando bateu no carro, caiu no meio