Como toda criança sonhadora, sempre acreditei na justiça, por isto escolhi ser uma advogada, tudo seria tão facilmente resolvido em meu mundo, no que idealizo, e sempre acreditei, mas após um mês de perda, de dor e sofrimento, ninguém falava mais no acontecido, meu pai se tornou apenas memória, morreu também na boca das pessoas.Minha mãe a cada dia que passa definha no nosso sofá, os cabelos pretos não estão mais presos como antes, alguns fios escapam do elástico que o prendia,fficando sempre bagunçados, a comida se tornou massas, coisas preparadas rapidamente, nada mais que isso. Tive que assumir a casa, e como a responsável, senti-me pressionada a ser por ela.Levando-ao médico, cinco semanas depois, tive uma notícia que não me agradou em nada. — Sua mãe esta com depressão, senhorita Dourado! — Olhei atentamente para os olhos do médico a minha frente, apenas suspeitar não seria bom, os sinais denunciam. — O que posso fazer por ela?Sentei ajeitando-me na cadeira de vez, ele empurrou
Minha vida em uma semana indo ao clube, fez-me sentir como dupla personalidade, durante o dia, a mocinha delicada, recatada que acabou de perder o pai, meus olhos vagando de um lado a outro no quadro enquanto o mestre falando sobre leis e diretrizes estruturais sem parar, agora não faz tanto sentido assim.Continuei sentada na cadeira tentando acompanhar o roteiro de aula, os olhos assíduos enquanto acompanho escrevo, me faz morder os lábios, pela manhã a aluna dedicada na faculdade, ao sair da aula, alguns olhares me acompanham por onde ando, não faço ideia do que comentam, mas imagino, alguns podem ser frequentadores da boate, outros...–Tess precisamos conversar! – Camilla não diz e espera, sua mão vai me arrastando pelo corredor, até que paro de repente. – O que é Camila? – Indago sem rodeios, apesar dela estar na boate sempre disposta a tudo, não confio, e sua presença não me faz menos venal, menos vadia. – Acabei de falar com o gerente da boate e... – Droga, simplesmente não acred
A medida que a noite se habituava ao céu, a hora se aproxima, não importa se amanhã é terça-feira, se muitos trabalham, se outros produzem, as vinte e duas começa a hora da diversão, da exposição de corpos como meros pedaços de carnes. Após dar o jantar, limpar, vesti-la, coloca-la pra dormir.Caminhei para o meu quarto, a minha mãe se tornou a minha criança, o meu bebê de cuidado. Entrei fechando a porta devagar, sem fazer barulho algum, vestir-me com um vestido habitual, de manguinhas franzidas, borboletas coloridas no tecido azul, salto marrom preto alto.Penteei meus cabelos num rabo de cavalo apenas batom, a intenção não é arrumar cliente algum, apenas ouvir, escutar atentamente a tudo que disserem naquela boate. Peguei a minha bolsa enquanto conferia os documentos, desci os degraus devagar após fechar a porta. – Senhorita Tessália irá sair agora? – O porteiro me perguntou indiscreto, fazendo-me ficar sem graça, porém assenti. – Sim, vou!Olhou-me de baixo a cima, a roupa não denunc
A noite apenas começava, na cama redonda de tecidos vermelhos carmim, cetim brilhantes a mulher de pele morena me olhando com uma aurea tenenbrosa em seus olhos, encarando-me num tom avaliativo, enquanto ofegava, levantei-me, ela engoliu em seco, recolheu o seu corpo nos lençóis.Estava com ela pra um único motivo, satisfação de desejo. Deitei-me com a cabeça mergulhada em problemas, sobre o seu corpo, por que a escolhi? Porque ela? Abri as suas pernas com um único e mero desejo, me desvecilhar de qualquer problema no mundo exterior por aquele momento.Ela não é experiente, e eu sei disso, por isso me bastava, entre cerrei dentro da jovem com um perfume adocicado levemente, enquanto o meu mastro como uma tora de madeira por inteira fora sendo engolida com rebeldia, uma mulher da vida, apertada, isso me trazia mais, muito desejo.Os movimentos em cima do seu corpo magro, bem feito, segurando firme a sua cintura, movi-me continuamente, os seus lábios marrons cerrados, enquanto os olhos ver
Ir cada noite a boate, tornava-se cada vez mais vergonhoso, em uma semana, meu corpo não era mais o mesmo, a cada saída, a cada encontro com um cliente, tornando-me venal, estranhos tendo acesso a meu corpo, para o seu prazer, o seu uso como se fosse um objeto.No inicio de qualquer envolvimento com qualquer tipo, o meu corpo, o meu rosto a cada aperto, a cada apalpar, parecia imoral levada pela necessidade de conseguir informações, a sede de vingança era grande, apesar de saber que o meu pai jamais voltaria, no início era fácil relevar tal interresse dos homens no meu corpo como objeto, mas depois do prazer, do saciar-se, tornava-se imoral, suja.Como um prato usado, alguns ainda reclamava do valor, na última noite, sair do hotel após ter um encontro com um jogador, ele não me traria informação alguma, de forma alguma iria ajudar na investigação indo para cama com desconhecidos, Camilla, a minha amiga desde sempre, talvez eu a visse assim, parecia encontrar o seu universo.Sempre rindo,
Não há nada melhor pra mim do que olhar do meu monte, e ver toda a minha favela na paz, tranquilaça, gente indo e vindo, meus moleque passando seus produtos, o comércio rolando de boa. As gúrias até sobe fazendo uma gracinha, mas o ruim de comer uma cria daqui é isso. — Tu tá pegando Camilla, chefe? — A gente mal fica com uma da quebrada, já quer virar fiel.Passei a mão na barba, ajeitando o cavalhanque, Leleo riu assentindo. — Tô ligado nas ideia aí, mas é o seguinte, geral tá sabendo que tu vai assumir como fiel. — Ri fraco, eu com mulher? Nem a pau. — Tô comendo, veio cheia de caô aí pra cima de mim, mas não é nada certo não parcero, tu tá ligado que se tem uma coisa que eu não colo é ne ficante.Assentiu, a mesma cria voltou algumas vezes, não neguei sexo, dando sempre um agrado. — Posso mudar pra cá se tu quiser. — Me disse depois do love, os dois suado no cafofo, no sofá. Dei risada, a garota até bonitinha, filezinha mesmo, o que ela acha que tem? Mel nessa porra? — Tu não tem ca
Eu não ia mais me vender, o melhor a se fazer é cuidar da minha mãe, arrumar a minha vida, cheguei a essa conclusão, depois de tudo, a campainha tocou atendi a porta, vendo um oficial com uma caixa de papelão nas mãos, dando vida a minha curiosidade. — O que é isso? — Perguntei fechando a porta para que a minha mãe não o visse.—Tudo que pertenceu ao major, senhorita. — Peguei a caixa com o coração em pedaços, anos de serviço do meu pai cabia naquela caixa, examinei por cima com os olhos, mas queria chorar. — Obrigado. — Agradeci, vendo que um substituto poderia até ocupar a vaga dele, ou deles, de todos que morreram, mas o quem os substituirão em nossas vidas? Faltas?[...]Olhei para as nossas fotos, cartões, caneta, caneca que ele usava no trabalho, até mesmo uma escova de dentes há dentro a caixa, a blusa preta com o seu cheiro, chorei vendo tudo que ele deixou no trabalho, enquanto o trabalho o levou de nós, de mim deixando um vazio.Após acompanhar minha mãe a mais uma consulta, fom
Me senti insaciavél pressionando o corpo da mulher contra a parede da banheira, as espumas da hidro fazendo bolhas, mordi o seu lábio me afundando ainda mais nela, de tudo havia um pouco, mas nada preenchia o desejo, mais uma vez ela estremeceu em meus braços, sentei, lhe trazendo ao meu colo.Não seria fácil aguentar a noite inteira, sem drogas, apesar de oferecer não quis, também não usei, segurei-lhe contra meu corpo, estando os dois limpo terminando de aproveitar mais do seu corpo. — A gente transou a noite toda. — Assenti, ao ouvir o seu sussurro beijei o seu ombro com um pouco de espuma, sua pele morena, quente, arrepiada além de molhada.Os cabelos molhando de um lado, meu moleque morreu dentro do casulo, sem movimento de nenhum dos dois corpos. — Eu ainda não sei seu nome. — Balbuciou um pouco sonolenta. — Mia, todos me chamam assim. — Olhou-me os olhos quebrados denunciando que esta cansada.Eu também não estou inteiro, terminamos o banho na hidro, lhe levei para a cama, tirei u